terça-feira, 20 de abril de 2021

Destruição e morte como ação de Estado

Por José Reginaldo Inácio


Mateus 23, 27-32:

Naquele tempo, disse Jesus: “Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós sois como sepulcros caiados: por fora parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda podridão! Assim também vós: por fora, pareceis justos diante dos outros, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e injustiça. Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós construís sepulcros para os profetas e enfeitais os túmulos dos justos, e dizeis: ‘Se tivéssemos vivido no tempo de nossos pais, não teríamos sido cúmplices da morte dos profetas’. Com isso, confessais que sois filhos daqueles que mataram os profetas. Completai, pois, a medida de vossos pais!”

Quando executivo, legislativo e judiciário se juntam para pactuar sobre o mal-estar social, acende o alerta de que esse mal pode ser mais letal: a destruição, além de sumária, pode ser legitimada definitivamente. A história tem mostras variadas disso. É como se fosse um rastilho de pólvora com capilaridade espalhada para atingir a todos estratos vulneráveis e necessitados de proteção em uma sociedade.

As pedaladas de Guedes & Bolsonaro

Por Paulo Kliass, no site Outras Palavras:


Lá se vão mais de cinco anos daquela trágica noite, quando o plenário da Câmara dos Deputados decidiu pela abertura do processo de impeachment contra a Presidenta Dilma Rousseff. Para além da mais pura ausência de provas para justificar aquele golpe, a sessão presidida pelo deputado Eduardo Cunha revelou-se um verdadeiro show de horrores. Um espetáculo degradante para qualquer sociedade que se pretenda minimamente democrática e civilizada. Dentre os inúmeros absurdos e crimes proferidos ao longo das inúmeras declarações de voto, chamou a atenção a fala do então deputado federal, Jair Bolsonaro. Ele rendia homenagem ao reconhecido assassino e torturador confesso da época da ditadura militar, Coronel Brilhante Ustra, dedicando à memória do carrasco o seu voto a favor do afastamento de Dilma.

Bolsonaro e a imunidade do rebanho

Por Lygia Jobim, no site Carta Maior:


Ao querer provocar a imunidade de rebanho, admitindo que fosse essa apenas a sua intenção e não a de fazer uma limpeza darwiniana no país, Bolsonaro aumenta a desumanidade do seu rebanho, tornando-o cada vez mais imune a qualquer sentimento que se possa chamar de humano.

A morte sob tortura, pois foi isso o que ocorreu, do menino Henri, de apenas quatro anos, comoveu o país por sua brutalidade, mas mais que tudo por se tratar de uma criança branca, ao que tudo indica morta por seu padrasto e torturador bolsonarista branco, casado com uma mulher narcisista branca, barbie da Barra da Tijuca onde todos moravam. Eles não faziam parte dos excluídos e por isso essa violência chama a atenção.

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segunda-feira, 19 de abril de 2021

CPI da Pandemia e Lula ameaçam Bolsonaro

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As faces ignoradas do uberismo

Eldorado do Carajás e milícias de Bolsonaro

Editorial do site Vermelho:

A passagem dos 25 anos do massacre de Eldorado de Carajás, em 17 de abril de 2021, se dá em um momento de declarado apoio, pelo governo de Jair Bolsonaro, da violência no campo. Aquela chacina no Sul do Estado do Pará demonstra a gravidade do incentivo do bolsonarismo ao uso de armas de forma indiscriminada, que chega aos conflitos agrários com o aberto intuito de impedir a organização dos trabalhadores pela democratização da posse da terra. Por trás da guerra ideológica da extrema direita contra essa luta está a armação de um cenário de desbragada violência.

Renan Calheiros na CPI assombra Bolsonaro

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

Desde a semana passada, o governo Jair Bolsonaro sofreu sucessivas derrotas políticas associadas à CPI da Covid. Começou pela determinação de criação da comissão pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), na terça-feira (13). A ordem foi ratificada pelo plenário da Corte na quarta (14). Na quinta, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), leu em plenário os nomes dos membros da CPI, de maioria oposicionista ou “independente” em relação ao Planalto. E nesta sexta (16), mais uma má notícia referente à CPI da Covid, embora relativa: a quase confirmação de que o senador Renan Calheiros (MDB-AL) será o relator e Omar Aziz (PSD-AM) presidirá a comissão.

Porta dos fundos no meio ambiente

Por Fernando Brito, em seu blog:

Será esta semana a “Cúpula do Clima”, na qual o Brasil tentará arrancar alguns milhões de dólares dos EUA com compromissos hipócritas de defesa do meio-ambiente que, todos sabem, não se realizarão.

É possível que Joe Biden, apesar das pressões de organismos civis, de lá e de cá, acabe por conceder algum pequeno crédito (literalmente) de confiança ao governo brasileiro.

Como uma esmola que se dá sabendo que aquilo nada mudará a situação do mendigo.

Paga, talvez, o ingresso de uma sessão de teatro, de um presidente devastador fazendo juras de combate ao desmatamento, que todas sabem falsas, para receber, ali pela porta dos fundos, algumas sobras dos enormes recursos que o seu colega norte-americano tem a oferecer.

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O lugar do jornalismo na crise brasileira