terça-feira, 25 de maio de 2021

Barbárie a serviço do capital

Por Antônio Augusto, no site Carta Maior:


No seu depoimento à CPI o general Pazuello empenhou-se em mentir, omitiu evidências, tudo para livrar a própria responsabilidade, e de seu chefe, Jair Bolsonaro.

Uma passagem mostrou-se reveladora: segundo o general, Bolsonaro não usa máscaras, promove aglomerações, por tratar “a parte do psicossocial”, pois como presidente “tem que ver todos os prismas”.

O “psicossocial” significa botar o povo para trabalhar como se não houvesse pandemia.

Que importam centenas de milhares de mortes?

Isolamento social, ou qualquer medida de saúde pública, passaram a ser vistas como “crime” pelo governo. Nada de testagem em massa da população. Vacinas não foram compradas, e sim rejeitadas. Quem as tomasse, segundo Bolsonaro, “poderia virar jacaré”, “mulheres criariam barba”. Fez-se campanha contra o uso de máscaras, “coisa de maricas”.

Pazuello comete transgressão militar

Por Jeferson Miola, em seu blog:


A sessão da CPI da Pandemia nos dias 19 e 20 de maio com o ex-ministro da Morte Eduardo Pazuello foi um festival de mentiras desbragadas do general da ativa do Exército brasileiro.

Esta conduta farsesca e diversionista do general revela muito sobre um padrão de cultura lamentavelmente muito comum nas Forças Armadas.

Depois do senador Eduardo Braga exigir que ele parasse de tergiversar e respondesse objetivamente a respeito da relevância do uso de máscaras, Pazuello respondeu: “Bem, então, respondendo: sim, eu concordo plenamente, e fui divulgador pessoal sobre as medidas preventivas quanto ao uso de máscaras, quanto aos cuidados pessoais e ao distanciamento social seguro em ocasiões específicas”.

segunda-feira, 24 de maio de 2021

Contrabando chamusca Ricardo Salles

Bolsonaro escorre pelo ralo da História

O destino de Pazuello

Por Manuel Domingos Neto

Notícias e opiniões se amontoavam quando fui dormir. Pazuello transgredira o regulamento. Atendera ao Presidente, desonrara a farda e irritara o Comando, reunido extraordinariamente. Quatro integrantes da cúpula pretenderiam sua prisão. O general Paulo Sérgio teria dito que o mandaria para a reserva. Até comunistas, preocupados com a imagem da Corporação clamavam tal providência reparadora. A CPI o chamaria novamente para desmascarar suas mentiras... Noite animada.

Acordei pensando ser útil alinhar pontos eventualmente obscurecidos no fragor do noticiário caudaloso. Vai que ajudem a refletir sobre os fatos...

Bolsonaro teme crise, ele só vive nela

Por Fernando Brito, em seu blog:

Como os vírus oportunistas, Jair Bolsonaro só é capaz de fazer mal em situações onde a sociedade, por alguma crise que atravesse, baixe sua “resistência imunológica” e reduza sua capacidade de reação à sua ação maligna.

Já disse aqui, e faz tempo, que Bolsonaro é um elemento desagregador.

“À falta de ideias, programas e ações de governo, Bolsonaro tenta mover a sociedade a ódios, acusações e xingamentos”, algo dito antes da pandemia, desde que ela surgiu tornou-se uma evidência com a Covid-19.

Mais: ficou claro que essa é a estratégia com que conta para permanecer no poder, dentro ou mesmo fora da ordem democrática.

A urgência de conter Bolsonaro

Editorial do site Vermelho:


A conduta do presidente da República, Jair Bolsonaro, e de seu governo, se concentra, fundamentalmente, no objetivo de obter a reeleição e dar continuidade ao que tem sido chamado de projeto de poder autoritário e de submissão do Brasil aos interesses do sistema financeiro. Na CPI da Covid-19, a bancada governista e os depoentes ex-integrantes ou ainda integrantes do governo têm feito de tudo para proteger Bolsonaro.

A presença militar no governo Bolsonaro

Mitômanos na CPI e Salles na mira da PF

Pazuello pode ser preso pela CPI?

A China é socialista?

A derrubada da estátua da Havan

A fome nas periferias brasileiras

As fake news dos "pastores" evangélicos

domingo, 23 de maio de 2021

Exército vai punir o general Pazuello?

Por Altamiro Borges

O general Eduardo Pazuello – que ganhou dos senadores o título de "campeão das mentiras" na CPI do Genocídio – achou que estava com a bola toda, foi à provocação liderada pelo "capetão" Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro e agora pode sofrer uma punição do Exército. O site Congresso em Foco garante que ele irá para a reserva em breve.

Segundo a matéria, "o comandante-geral do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, vai enviar o general e ex-ministro da Saúde para a reserva. A decisão foi tomada após o general da ativa participar de manifestação política a favor do presidente Jair Bolsonaro, no Rio de Janeiro, na manhã deste domingo (23)".

Horda bolsonarista ataca repórter da CNN

Por Altamiro Borges

As hordas fascistas não toleram a democracia. Na aglomeração promovida por Jair Bolsonaro neste domingo (23), no Rio de Janeiro, elas voltaram a atacar e investiram contra o repórter Pedro Duran, da CNN-Brasil. O jornalista foi xingado, cutucado e teve que sair escoltado pela polícia para não ser linchado.

Os milicianos babaram ódio – nem vacina antirrábica curaria a raiva. "Lixo", "lixo", rosnavam os fascistas ensandecidos. Pelas redes sociais, as milícias também disparam mensagens contra a CNN-Brasil – até outro dia vista como aliada do "capetão" – e contra a mídia em geral. “Crie corvos e eles te arrancarão os olhos”, diz um velho provérbio espanhol.

Milícia bolsonarista ameaça senadores da CPI

Barão debate mídia negra e periférica


No 11º aniversário do Barão de Itararé, trazemos para o centro do debate a importância das mídias negras e periféricas e os desafios para mantê-las em meio à pandemia do coronavírus e ao pandemônio bolsonarista. O debate terá mediação de Anderson Moraes, coordenador do Barão de Itararé, do Jornal Empoderado e da Frente Nacional Antirracista, e contará com os seguintes convidados:

O objetivo oculto da austeridade

Por Yanis Varoufakis, no site Carta Maior:


Atenas – Na década de 1830, Thomas Peel decidiu emigrar da Inglaterra para o Rio Swan, no estado da Austrália Ocidental. Um homem de posses, Peel levou com ele, além de sua família, “300 pessoas da classe trabalhadora, homens, mulheres e crianças,” assim como “meios de subsistência e produção no valor de £50,000.” Mas logo depois de chegar, os planos de Peel foram arruinados.

O motivo não foi doença, nem desastre nem solo ruim. A força de trabalho de Peel o abandonou, pegou lotes de terra na região selvagem das redondezas e assumiu seu próprio “negócio”. Apesar de Peel ter levado trabalhadores, dinheiro e capital físico com ele, o acesso dos trabalhadores a alternativas significou que ele não podia levar o capitalismo.

MP do Apagão e a privatização da Eletrobrás

Da Associação dos Empregados da Eletrobras, no site Brasil Debate:


A privatização da Eletrobras ganhou novo impulso com a apresentação do parecer do relator da MP 1.031, também conhecida como MP do Apagão, na Câmara dos Deputados. Essa medida absurda, que coloca em risco a segurança energética do país, está sendo votada em regime de urgência, de forma inconstitucional, já que não cumpre os requisitos para tal. A rápida tramitação exigida pela MP impede que o tema seja debatido com o devido cuidado e, por isso, traremos ao leitor pontos importantes desse debate, como alguns dos principais impactos da medida para o consumidor e para o país, a fragilidade dos argumentos utilizados pelos defensores da privatização e quem ganha e quem perde com a medida.