terça-feira, 22 de junho de 2021
EUA já não impõem seus desígnios à China
Os Estados Unidos acabam de lançar um ultimatum à China para que franqueie a seus agentes de espionagem o acesso a todos os seus dados relacionados com o aparecimento do vírus da covid-19, sob pena de sofrer fortes represálias. Os chineses responderam deixando claro que vão retrucar com igual ou maior violência às tentativas de ingerência inamistosa por parte dos Estados Unidos.
Até pouco tempo atrás, as ameaças de sanções feitas pelos representantes do imperialismo estadunidense tinham o poder de intimidar e encurralar a seus países desafetos, por maiores que estes fossem. Para fazer valer seus pontos de vista em detrimento do que aspiravam os demais, além de sua enorme superioridade militar, os Estados Unidos contavam com a força incomparável e a pujança de sua economia. Sim, assim eram de fato as coisas até recentemente.
A ignorância e a estupidez não são eternas
Por Tarso Genro, no site Sul-21:
Em um conhecido livro de literatura infantil está o relato sobre o “Pequeno Príncipe” (Saint-Exupéry, 1943), que chegou a um diminuto planeta, onde habitava um “faroleiro”, que cuidava de um farol a ser aceso quando caía a noite. Embora a rotação do pequeno planeta – nos últimos tempos – tivesse aumentado “vertiginosamente”, passando da noite para dia “em breves instantes, as regras para acendê-lo e apagá-lo”, queixava-se o faroleiro, “continuavam as mesmas”.
A realidade material mudava, portanto, mas as normas que o faroleiro deveria cumprir permaneciam estanques. No pequeno e valioso livro “La eficacia del derecho” (Centro de Estudios Constitucionales, Madrid 1990, pg. 96) onde está a referência a Saint-Exupéry, o Professor Pablo Navarro, ao escrever sobre a “dinâmica da realidade” sobre o Direito, construiu uma brilhante parábola – a partir da literatura – sobre as mudanças do mundo real e os seus efeitos sobre as normas.
Em um conhecido livro de literatura infantil está o relato sobre o “Pequeno Príncipe” (Saint-Exupéry, 1943), que chegou a um diminuto planeta, onde habitava um “faroleiro”, que cuidava de um farol a ser aceso quando caía a noite. Embora a rotação do pequeno planeta – nos últimos tempos – tivesse aumentado “vertiginosamente”, passando da noite para dia “em breves instantes, as regras para acendê-lo e apagá-lo”, queixava-se o faroleiro, “continuavam as mesmas”.
A realidade material mudava, portanto, mas as normas que o faroleiro deveria cumprir permaneciam estanques. No pequeno e valioso livro “La eficacia del derecho” (Centro de Estudios Constitucionales, Madrid 1990, pg. 96) onde está a referência a Saint-Exupéry, o Professor Pablo Navarro, ao escrever sobre a “dinâmica da realidade” sobre o Direito, construiu uma brilhante parábola – a partir da literatura – sobre as mudanças do mundo real e os seus efeitos sobre as normas.
segunda-feira, 21 de junho de 2021
19 de junho: Um dia emblemático
Por Adilson Araújo, no site da CTB:
Sábado, 19 de junho, virou uma data emblemática e histórica. Completaram-se, então, 900 dias do governo do senhor Jair Bolsonaro. O principal saldo da administração neofascista foi revelado por outro funesto número. O Brasil alcançou no mesmo dia a pavorosa marca de meio milhão de mortes pela covid-19.
O presidente poderia e deveria ter feito um pronunciamento lamentando as 500 mil vidas de brasileiros e brasileiras ceifados pela doença e aproveitar a ocasião para pedir desculpas ao povo brasileiro. Mas não o fez. Continua com o comportamento criminoso de desestimular o uso de vacinas, difundir mentiras e defender a chamada imunização de rebanho.
Encontro de Direito bane Moro por violar leis
Por Fernando Brito, em seu blog:
Quem, quatro anos atrás, imaginaria Sergio Moro sendo vetado como palestrante num encontro de estudiosos do Direito, após protestos e ameaça de boicote de outros palestrantes e participantes do evento?
Pois é exatamente o que aconteceu, conta Monica Bergamo esta manhã, na Folha, narrando a revolta dos participantes do 3º Encontro Virtual do Conpedi, o Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Direito do Brasil , no qual Moro dirigiria um dos debates sobre “políticas anticorrupção e de integridade”.
Quem, quatro anos atrás, imaginaria Sergio Moro sendo vetado como palestrante num encontro de estudiosos do Direito, após protestos e ameaça de boicote de outros palestrantes e participantes do evento?
Pois é exatamente o que aconteceu, conta Monica Bergamo esta manhã, na Folha, narrando a revolta dos participantes do 3º Encontro Virtual do Conpedi, o Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Direito do Brasil , no qual Moro dirigiria um dos debates sobre “políticas anticorrupção e de integridade”.
A federação partidária e a democracia
Por Jorge Gregory, no site Vermelho:
A entrada do projeto de lei que institui as federações partidárias em regime de urgência coloca em pauta mais um capítulo da luta pela democracia no Brasil. Ao contrário do que afirma a grande imprensa e reverberam várias correntes políticas, de que é a tábua de salvação dos partidos nanicos, a proposta trata, na verdade, de assegurar umas das principais conquistas da redemocratização pós regime militar.
Desde 1985, antecedendo o processo constituinte, conquistamos o direito de ampla liberdade de organização partidária. Ou seja, liberdade para que as diferentes correntes de opinião possam se organizar nacionalmente, disputar pelo voto popular os cargos eletivos e interferir, na proporção de sua representatividade, pelas regras eleitorais vigentes, nos rumos da sociedade e do Estado Brasileiro. Natural, como em todo o processo, nossa democracia não nasceu pronta e está sujeita, em sua construção, a avanços e retrocessos.
A entrada do projeto de lei que institui as federações partidárias em regime de urgência coloca em pauta mais um capítulo da luta pela democracia no Brasil. Ao contrário do que afirma a grande imprensa e reverberam várias correntes políticas, de que é a tábua de salvação dos partidos nanicos, a proposta trata, na verdade, de assegurar umas das principais conquistas da redemocratização pós regime militar.
Desde 1985, antecedendo o processo constituinte, conquistamos o direito de ampla liberdade de organização partidária. Ou seja, liberdade para que as diferentes correntes de opinião possam se organizar nacionalmente, disputar pelo voto popular os cargos eletivos e interferir, na proporção de sua representatividade, pelas regras eleitorais vigentes, nos rumos da sociedade e do Estado Brasileiro. Natural, como em todo o processo, nossa democracia não nasceu pronta e está sujeita, em sua construção, a avanços e retrocessos.
O Fora Bolsonaro não é uma hashtag!
Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:
O dezenove de junho, ou 19J foi um dia marcado na história do Brasil. Foi o dia em que atingimos mais de 500 mil mortes por covid-19, mas foi também um dia de resistência, de grandes mobilizações em todo território nacional.
Segundo reconhecem os veículos de comunicação do Brasil, o 19J pelo #ForaBolsonaro, foi maior – muito maior – que o 29M. Foram mais de 750 mil brasileiras e brasileiros que ocuparam as ruas em diversas cidades, em todos os estados, além de protestos em 17 outros países.
Os atos, convocados por entidades da Campanha Fora Bolsonaro, como a Frente Brasil Popular, Frente Povo sem Medo, centrais sindicais, movimentos populares, partidos políticos, instituições religiosas e torcidas organizadas, conseguiu alcançar todo território nacional, e sem dúvida nenhuma, foi um grande sucesso.
O dezenove de junho, ou 19J foi um dia marcado na história do Brasil. Foi o dia em que atingimos mais de 500 mil mortes por covid-19, mas foi também um dia de resistência, de grandes mobilizações em todo território nacional.
Segundo reconhecem os veículos de comunicação do Brasil, o 19J pelo #ForaBolsonaro, foi maior – muito maior – que o 29M. Foram mais de 750 mil brasileiras e brasileiros que ocuparam as ruas em diversas cidades, em todos os estados, além de protestos em 17 outros países.
Os atos, convocados por entidades da Campanha Fora Bolsonaro, como a Frente Brasil Popular, Frente Povo sem Medo, centrais sindicais, movimentos populares, partidos políticos, instituições religiosas e torcidas organizadas, conseguiu alcançar todo território nacional, e sem dúvida nenhuma, foi um grande sucesso.
Programas sociais e os mitos da direita
Por César Locatelli, no site Carta Maior:
“A inclusão da população carente, nos governos do PT, foi feita pelo consumo.”
“O Bolsa Família é um cartão de débito.”
“FHC é o pai do Bolsa Família.”
“Milton Friedman é o avô do Bolsa Família.”
“As famílias são negligentes com a educação e a saúde.”
“O Bolsa Família promove aumento da taxa de fecundidade das famílias pobres.”
“O Bolsa Família promove o efeito preguiça, o não trabalho.”
“Os programas sociais não cabem no orçamento do governo.”
As máquinas publicitárias a serviço, muito bem remunerado, da direita conservadora são muito eficientes na criação e na divulgação de mitos. Especialmente em um dos sentidos do termo trazido pelo dicionário Houaiss: afirmação fantasiosa, inverídica, que é disseminada com fins de dominação, difamatórios, propagandísticos, como guerra psicológica ou ideológica. O dano é agravado, aponta Tereza Campello, quando “a ideia vendida pela direita é comprada pela esquerda”.
“A inclusão da população carente, nos governos do PT, foi feita pelo consumo.”
“O Bolsa Família é um cartão de débito.”
“FHC é o pai do Bolsa Família.”
“Milton Friedman é o avô do Bolsa Família.”
“As famílias são negligentes com a educação e a saúde.”
“O Bolsa Família promove aumento da taxa de fecundidade das famílias pobres.”
“O Bolsa Família promove o efeito preguiça, o não trabalho.”
“Os programas sociais não cabem no orçamento do governo.”
As máquinas publicitárias a serviço, muito bem remunerado, da direita conservadora são muito eficientes na criação e na divulgação de mitos. Especialmente em um dos sentidos do termo trazido pelo dicionário Houaiss: afirmação fantasiosa, inverídica, que é disseminada com fins de dominação, difamatórios, propagandísticos, como guerra psicológica ou ideológica. O dano é agravado, aponta Tereza Campello, quando “a ideia vendida pela direita é comprada pela esquerda”.
domingo, 20 de junho de 2021
500 mil mortos e protesto repercutem no mundo
Av. Paulista, 19/6/21. Foto: Ricardo Stuckert/Fotos Públicas |
Segundo levantamento publicado pelo site britânico da BBC News, "o trágico número de 500 mil brasileiros mortos em decorrência da Covid-19 registrados no sábado (19) e os protestos contra o presidente Jair Bolsonaro ocuparam as páginas dos principais veículos internacionais neste fim de semana".
"Brasil ultrapassa marco sombrio de 500 mil mortes por Covid-19 em meio a protestos contra a resposta de Bolsonaro", estampou o título do jornal britânico The Independent. A foto que ilustrou a matéria é de uma mulher em uma manifestação com a frase "Fora Bolsonaro" estampada na sua máscara.
O abutre Guedes não merece nem as sobras
Por Altamiro Borges
O abutre financeiro Paulo Guedes defendeu nesta quinta-feira (17) “que as sobras dos restaurantes sejam destinadas a mendigos e pessoas fragilizadas, de modo a encadear o que chamou de 'excessos' da classe média” – relata a Folha. O czar da Economia, que no passado serviu ao sanguinário ditador chileno Augusto Pinochet e hoje é serviçal do neofascista Jair Bolsonaro – é um sujeito elitista, insensível, arrogante... e asqueroso. Ele não merece nem as sobras!
O piriri verborrágico do ministro foi disparado no 1º Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento, um evento promovido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Após criticar os “exageros” da classe média, que deixam “sobras” em seus pratos, ele obrou: “Toda aquela alimentação que não for utilizada durante aquele dia no restaurante, aquilo dá para alimentar pessoas fragilizadas, mendigos, desamparados. É muito melhor do que deixar estragar essa comida toda”.
O abutre financeiro Paulo Guedes defendeu nesta quinta-feira (17) “que as sobras dos restaurantes sejam destinadas a mendigos e pessoas fragilizadas, de modo a encadear o que chamou de 'excessos' da classe média” – relata a Folha. O czar da Economia, que no passado serviu ao sanguinário ditador chileno Augusto Pinochet e hoje é serviçal do neofascista Jair Bolsonaro – é um sujeito elitista, insensível, arrogante... e asqueroso. Ele não merece nem as sobras!
O piriri verborrágico do ministro foi disparado no 1º Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento, um evento promovido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Após criticar os “exageros” da classe média, que deixam “sobras” em seus pratos, ele obrou: “Toda aquela alimentação que não for utilizada durante aquele dia no restaurante, aquilo dá para alimentar pessoas fragilizadas, mendigos, desamparados. É muito melhor do que deixar estragar essa comida toda”.
Doria demite 150 na imprensa oficial (Imesp)
Por Altamiro Borges
Na semana passada, os jornalistas demitidos pelo governador tucano João Doria na Imprensa Oficial do Estado de São Paulo (Imesp) divulgaram uma carta aberta contra o desmonte na estatal. Desde 2 de junho, cerca de 150 funcionários já foram dispensados covardemente em plena pandemia da Covid-19 – todos via aplicativos de mensagens.
A gráfica da empresa foi fechada e os profissionais de diversos setores foram cortados. O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP), em conjunto com outras entidades, já promoveu vários protestos exigindo a anulação do facão. “Na semana passada, a comissão de negociação dialogou com deputados estaduais na tentativa de reverter às demissões e manter os empregos enquanto parte dos demitidos se manifestou do lado de fora da Assembleia Legislativa”, relata o site do SJSP.
Na semana passada, os jornalistas demitidos pelo governador tucano João Doria na Imprensa Oficial do Estado de São Paulo (Imesp) divulgaram uma carta aberta contra o desmonte na estatal. Desde 2 de junho, cerca de 150 funcionários já foram dispensados covardemente em plena pandemia da Covid-19 – todos via aplicativos de mensagens.
A gráfica da empresa foi fechada e os profissionais de diversos setores foram cortados. O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP), em conjunto com outras entidades, já promoveu vários protestos exigindo a anulação do facão. “Na semana passada, a comissão de negociação dialogou com deputados estaduais na tentativa de reverter às demissões e manter os empregos enquanto parte dos demitidos se manifestou do lado de fora da Assembleia Legislativa”, relata o site do SJSP.
Salário: 60% têm reajustes abaixo da inflação
Por Altamiro Borges
O boletim "De olho nas negociações", produzido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), confirma que a pandemia da Covid-19, que agravou a crise econômica que já vinha de antes, está corroendo a renda dos trabalhadores. Segundo o estudo, 60% dos reajustes salariais de abril ficaram abaixo da inflação de 6,94%.
O pior desempenho se deu entre os trabalhadores do setor de serviços, com 71,7% inferior à inflação. “Segundo o Dieese, em abril do ano passado, ocorreram 30,9% negociações acima da inflação. Naquele mês, 31,4% empataram e 37,6% perderam. Agora, a perda – em 60% – mostra que a situação piorou”, alerta o site da Agência Sindical.
O boletim "De olho nas negociações", produzido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), confirma que a pandemia da Covid-19, que agravou a crise econômica que já vinha de antes, está corroendo a renda dos trabalhadores. Segundo o estudo, 60% dos reajustes salariais de abril ficaram abaixo da inflação de 6,94%.
O pior desempenho se deu entre os trabalhadores do setor de serviços, com 71,7% inferior à inflação. “Segundo o Dieese, em abril do ano passado, ocorreram 30,9% negociações acima da inflação. Naquele mês, 31,4% empataram e 37,6% perderam. Agora, a perda – em 60% – mostra que a situação piorou”, alerta o site da Agência Sindical.
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