Por Igor Felippe Santos
O estouro das denúncias sobre o esquema de corrupção na compra das vacinas para o coronavírus aprofundou a crise do governo Bolsonaro. Diante disso, as forças populares convocaram uma nova manifestação para 3 de julho, em uma reunião extraordinária. A terceira manifestação da campanha "Fora Bolsonaro" teve apenas sete dias para a convocação, agitação, mobilização e organização.
A meta entre os mais realistas era manter o mesmo padrão de mobilização para, em curto espaço de tempo, incidir na conjuntura dentro das condições impostas pela crise política. A aposta era que os depoimentos de Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, e seu irmão Luis Miranda (DEM-DF), deputado federal, na CPI da Pandemia no Senado Federal elevariam a temperatura política e precipitaram uma série de acontecimentos que impulsionariam a mobilização, especialmente pelas redes sociais.
domingo, 11 de julho de 2021
Em queda, Bolsonaro agride, mas é rebatido
Editorial do site Vermelho:
A crescente desaprovação a Bolsonaro, demonstrada em várias pesquisas, impõe mais desafios à oposição. O Datafolha, por exemplo, indica que a rejeição ao presidente, de 51%, teve um salto significativo em relação à pesquisa anterior, de 11 de maio, quando a reprovação era de 45%. Em 8 de dezembro, quando começou a curva da reprovação, o número era de 32%. São vários fatores que determinam essa tendência, mas o essencial é o descaso com os efeitos da pandemia, uma combinação de irresponsabilidade e autoritarismo.
A crescente desaprovação a Bolsonaro, demonstrada em várias pesquisas, impõe mais desafios à oposição. O Datafolha, por exemplo, indica que a rejeição ao presidente, de 51%, teve um salto significativo em relação à pesquisa anterior, de 11 de maio, quando a reprovação era de 45%. Em 8 de dezembro, quando começou a curva da reprovação, o número era de 32%. São vários fatores que determinam essa tendência, mas o essencial é o descaso com os efeitos da pandemia, uma combinação de irresponsabilidade e autoritarismo.
Militares com o mesmo cacoete dos anos 1960
Por João Vicente Goulart, no site do Instituto João Goulart:
Segundo informações fidedignas da imprensa brasileira, a nota dos militares encabeçada pelo ministro da Defesa Braga Netto e endossada pelos três comandantes militares, do Exército, Marinha e Aeronáutica, foi discutida, engendrada e parida no seio orgânico do Palácio do Planalto.
O encontro ocorreu um dia antes da nota, que iria ser emitida com críticas ao senador Omar Aziz, que preside a CPI da Covid, e que bravamente a conduz com legitimidade, coragem e desprendimento, como forma de informar à nação o desrespeito com os recursos públicos.
O encontro ocorreu um dia antes da nota, que iria ser emitida com críticas ao senador Omar Aziz, que preside a CPI da Covid, e que bravamente a conduz com legitimidade, coragem e desprendimento, como forma de informar à nação o desrespeito com os recursos públicos.
Papel dos militares nas quadrilhas da vacina
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
Mais importante que a prisão de Roberto Dias pela CPI da Covid foi a nota do Ministro da Defesa e comandantes das Forças Armadas, desproporcionalmente agressiva em reação ao comentário do senador Omar Aziz, de que autoridades militares devem estar envergonhadas pelo envolvimento de tantos fardados com a corrupção no Ministério da Saúde.
Aziz repudiou a intimidação mas o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, não fez a defesa da soberania e da independência do Senado como tantos senadores lhe cobraram.
Ontem ele se esmerou no equilibrismo.
A nota termina dizendo que as Forças Armadas "não aceitarão qualquer ataque leviano às instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro".
Mais importante que a prisão de Roberto Dias pela CPI da Covid foi a nota do Ministro da Defesa e comandantes das Forças Armadas, desproporcionalmente agressiva em reação ao comentário do senador Omar Aziz, de que autoridades militares devem estar envergonhadas pelo envolvimento de tantos fardados com a corrupção no Ministério da Saúde.
Aziz repudiou a intimidação mas o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, não fez a defesa da soberania e da independência do Senado como tantos senadores lhe cobraram.
Ontem ele se esmerou no equilibrismo.
A nota termina dizendo que as Forças Armadas "não aceitarão qualquer ataque leviano às instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro".
O Partido Militar e as eleições de 2022
Por Rodrigo Lentz e Ana Penido, no jornal Brasil de Fato:
À luz do crescimento de Lula nas pesquisas que pautam as eleições de 2022, diversas análises políticas têm abordado a permanência ou não de Bolsonaro na presidência, e seus reflexos nas diferentes estratégias de poder que classes sociais e agrupamentos políticos têm adotado.
Neste breve artigo, não exaustivo, discutiremos algumas projeções para o comportamento de um segmento social específico, hoje coordenado pelo Partido Militar.
Pressupostos:
a) O que definirá o posicionamento do Partido Militar diante das eleições são as definições políticas de duas elites em particular: o sistema bancário-financeiro e do agronegócio brasileiros. No caso do segundo, as relações com o Partido Militar são sólidas e antigas, e se manifestam, por exemplo, na política indigenista, políticas de ocupação territorial, comércio internacional de commodities, etc.
Neste breve artigo, não exaustivo, discutiremos algumas projeções para o comportamento de um segmento social específico, hoje coordenado pelo Partido Militar.
Pressupostos:
a) O que definirá o posicionamento do Partido Militar diante das eleições são as definições políticas de duas elites em particular: o sistema bancário-financeiro e do agronegócio brasileiros. No caso do segundo, as relações com o Partido Militar são sólidas e antigas, e se manifestam, por exemplo, na política indigenista, políticas de ocupação territorial, comércio internacional de commodities, etc.
Militarização da Saúde resultou na tragédia
Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:
Em sua inquirição ao ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) afirmou que a gestão do ex-ministro e general Eduardo Pazuello representou “verdadeira intervenção militar” na pasta.
O senador quis saber se essa “ocupação” levou algum beneficio ao serviço e se, com a militarização, o Ministério da Saúde passou a trabalhar melhor. A resposta de Dias foi que “não teve nenhuma melhora”.
O depoimento do primeiro ouvido da CPI que acabou detido, na quarta-feira (7), deixou claro, segundo senadores, que as principais decisões do ministério, inclusive em relação às vacinas, eram tomadas pelo coronel da reserva Élcio Franco, secretário-executivo do ministério na gestão Pazuello, o número 2 na hierarquia.
Em sua inquirição ao ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) afirmou que a gestão do ex-ministro e general Eduardo Pazuello representou “verdadeira intervenção militar” na pasta.
O senador quis saber se essa “ocupação” levou algum beneficio ao serviço e se, com a militarização, o Ministério da Saúde passou a trabalhar melhor. A resposta de Dias foi que “não teve nenhuma melhora”.
O depoimento do primeiro ouvido da CPI que acabou detido, na quarta-feira (7), deixou claro, segundo senadores, que as principais decisões do ministério, inclusive em relação às vacinas, eram tomadas pelo coronel da reserva Élcio Franco, secretário-executivo do ministério na gestão Pazuello, o número 2 na hierarquia.
Bolsonaro e chefes militares apostam no caos
Por Jeferson Miola, em seu blog:
Os comandantes das Forças Armadas se viram obrigados a sair das sombras.
No momento em que o governo militar é flanqueado por escabrosas denúncias de corrupção e é responsabilizado pelo morticínio e pela catástrofe econômica nacional, os militares “saem da toca” e partem para a ofensiva política. Fazem isso acirrando e incendiando o clima político.
Se a impunidade do general transgressor Eduardo Pazuello removeu o véu que recobria a imagem de falso-moralismo, falso-legalismo e falso-profissionalismo das Forças Armadas, a nota infame de ataque ao Senado [8/7] evidenciou o total desvirtuamento desta instituição de Estado, convertida em facção político-partidária de extrema-direita.
Os comandantes das Forças Armadas se viram obrigados a sair das sombras.
No momento em que o governo militar é flanqueado por escabrosas denúncias de corrupção e é responsabilizado pelo morticínio e pela catástrofe econômica nacional, os militares “saem da toca” e partem para a ofensiva política. Fazem isso acirrando e incendiando o clima político.
Se a impunidade do general transgressor Eduardo Pazuello removeu o véu que recobria a imagem de falso-moralismo, falso-legalismo e falso-profissionalismo das Forças Armadas, a nota infame de ataque ao Senado [8/7] evidenciou o total desvirtuamento desta instituição de Estado, convertida em facção político-partidária de extrema-direita.
A elite e o uso perverso do falso moralismo
Por Jair de Souza
Recentemente, fomos surpreendidos pela notícia de que Eduardo Leite, um político até então associado ao bolsonarismo, declarou publicamente sua condição homossexual. Tal feito ganhou enorme repercussão na mídia corporativa, que tratou de redesenhar a imagem de Eduardo Leite de modo a que seus vínculos anteriores com Jair Bolsonaro (o campeão da homofobia e da intolerância sexual no Brasil) se vissem atenuados.
Recentemente, fomos surpreendidos pela notícia de que Eduardo Leite, um político até então associado ao bolsonarismo, declarou publicamente sua condição homossexual. Tal feito ganhou enorme repercussão na mídia corporativa, que tratou de redesenhar a imagem de Eduardo Leite de modo a que seus vínculos anteriores com Jair Bolsonaro (o campeão da homofobia e da intolerância sexual no Brasil) se vissem atenuados.
sábado, 10 de julho de 2021
sexta-feira, 9 de julho de 2021
Bolsonaro é um gângster, afirma Spike Lee
Por Altamiro Borges
A fama do "cagão" Jair Bolsonaro se espalha rapidamente pelo mundo. Na abertura da 74ª edição do Festival de Cannes, na terça-feira (6), o premiado cineasta estadunidense Spike Lee, que preside o júri, chamou o presidente brasileiro e outros dois líderes políticos (Donald Trump e Vladimir Putin) de "gângsteres", que "não têm moral ou escrúpulos".
“O mundo está sendo comandado por gângsteres. Há o Agente Laranja [o ex-presidente dos EUA, Donald Trump], o cara do Brasil [Jair Bolsonaro] e o Putin [presidente russo]. São bandidos e vão fazer o que desejarem. Eles não têm moral ou escrúpulos, precisamos falar alto sobre gente assim”, afirmou.
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