Instalada oficialmente em 27 de abril de 2021, com prazo de 90 dias de funcionamento, a CPI da Covid incomodou o governo Jair Bolsonaro – o alvo principal da comissão – desde que sua criação foi determinada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, no dia 8 daquele mês. Naquele dia 27 de abril, o país registrava 3.120 mortes por covid-19 em 24 horas, chegando a 395.324 desde março de 2020. No processo, o presidente da República tentou, primeiro, evitar que o colegiado se concretizasse. Para isso, pressionou senadores “vulneráveis” que assinaram o requerimento, apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) em fevereiro, para que retirassem suas assinaturas. O documento teve a adesão de 32 dos 81 senadores, cinco a mais do que o necessário.
domingo, 18 de julho de 2021
Quem foi quem na CPI da Covid
Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:
As estranhas derrotas de uma potência
Charge: Becs |
O poder político é fluxo, mais do que estoque.
Para existir precisa ser exercido; precisa se reproduzir
e ser acumulado permanentemente.
E o ato de conquista é a força originária
que instaura e acumula poder.
J.L.Fiori, O poder global e a nova geopolítica das nações
Na madrugada do dia 2 de julho de 2021, as tropas norte-americanas se retiraram de forma sorrateira de sua base militar de Bragam, a última e mais importante base dos EUA no Afeganistão, depois de uma guerra que durou exatamente 20 anos e acabou de forma absolutamente desastrosa. No conflito morreram 240 mil afegãos e cerca de 2.500 militares americanos; os americanos ganharam muitas batalhas, mas finalmente perderam a guerra, e seu exército deixa para trás um país destruído e dividido, às portas de uma nova e violenta guerra civil entre as forças do Talibã e do atual governo afegão. Neste momento, as forças talibãs vêm avançando por todos os lados e a perspectiva é que assumam o governo central do país muito mais cedo que tarde.
A arte é nossa cura
Marisa Monte |
Não falemos da morte, que ensombrece nossos dias, mas não nos esqueçamos dela.
É tempo de cantar na língua dos animais. Ou, então, acreditar que a vida vai melhorar. Ou ainda, que existem portas de luz a serem abertas.
Quem oferece esse repertório de possibilidades humanas é Marisa Monte, em seu novo disco, “Portas”. Depois de dez anos sem lançar um álbum de canções inéditas, a cantora reúne sua turma, convida novos parceiros e oferece uma dádiva otimista. Não é pouco.
Quando o grito que se arma na garganta é de raiva e indignação, o poder de mobilizar sentimentos construtivos deve ser celebrado. Que esse gesto seja composto da seiva da canção popular, da mais leve dicção contemporânea e da possibilidade de flagrar, hoje, a possível alegria que nos redime. É uma conquista importante da arte.
A urgência é a fome!
Da Associação Brasileira de Economistas pela Democracia, no site Brasil Debate:
São tantas as mazelas enfrentadas atualmente pelo povo brasileiro que fica difícil estabelecermos prioridade entre elas. Junto com a insuficiência de vacina contra a Covid-19, o elevado desemprego, a falta de moradia, o nível de violência contra os jovens negros, mulheres e LGBT, e outros tantos infortúnios, entre os quais não podemos esquecer o acelerado processo de desmonte do Estado que está sendo realizado pelo governo central do país e a crescente ameaça à democracia, destacam-se a situação de pobreza e a fome que assolam milhões de pessoas em todo o país.
O fim do governo Bolsonaro
Editorial do site Vermelho:
O governo Bolsonaro já chegou a um estágio que demonstra cabalmente a sua inviabilidade. As promessas apresentadas na sua campanha eleitoral caíram por terra, com o agravante de que a margem de manobra para justificar a postergação das medidas essenciais para enfrentar a grave crise do país não existe mais.
Bolsonaro foi eleito com a promessa de melhorias sociais e na infraestrutura do país, basicamente. Não estava claro qual seria o caminho para atingir essas metas, mas sua campanha eleitoral prometeu a retomada do crescimento econômico e com ele as garantias de investimentos maciços, que se desdobrariam nas melhorias prometidas. Mesmo sendo uma construção complexa, por envolver o trâmite institucional do Congresso Nacional, havia a expectativa de que tudo logo seria resolvido. Não foi o que aconteceu.
O governo Bolsonaro já chegou a um estágio que demonstra cabalmente a sua inviabilidade. As promessas apresentadas na sua campanha eleitoral caíram por terra, com o agravante de que a margem de manobra para justificar a postergação das medidas essenciais para enfrentar a grave crise do país não existe mais.
Bolsonaro foi eleito com a promessa de melhorias sociais e na infraestrutura do país, basicamente. Não estava claro qual seria o caminho para atingir essas metas, mas sua campanha eleitoral prometeu a retomada do crescimento econômico e com ele as garantias de investimentos maciços, que se desdobrariam nas melhorias prometidas. Mesmo sendo uma construção complexa, por envolver o trâmite institucional do Congresso Nacional, havia a expectativa de que tudo logo seria resolvido. Não foi o que aconteceu.
sábado, 17 de julho de 2021
Dudu Bananinha e o spray nasal de Israel
Por Altamiro Borges
No início de março, o ex-chanceler Ernesto Araújo – também apelidado de “Beato Araújo" nos corredores do Itamaraty –, o deputado Eduardo Bolsonaro – chamado de Dudu Bananinha – e outros apaniguados foram a Israel para negociar um "spray nasal" milagroso contra a Covid-19. No que deu mais esse crime bolsonariano, que já caiu no esquecimento?
Na ocasião, os telegramas diplomáticos sobre a viagem foram classificados como confidenciais por vários anos – até 2026 ou mesmo 2036. Soube-se apenas que o custo do "passeio" foi de mais de R$ 88 mil, sem contar o avião da FAB que levou a comitiva. O PSOL até entrou com uma ação na Justiça, mas nada foi esclarecido até hoje.
No início de março, o ex-chanceler Ernesto Araújo – também apelidado de “Beato Araújo" nos corredores do Itamaraty –, o deputado Eduardo Bolsonaro – chamado de Dudu Bananinha – e outros apaniguados foram a Israel para negociar um "spray nasal" milagroso contra a Covid-19. No que deu mais esse crime bolsonariano, que já caiu no esquecimento?
Na ocasião, os telegramas diplomáticos sobre a viagem foram classificados como confidenciais por vários anos – até 2026 ou mesmo 2036. Soube-se apenas que o custo do "passeio" foi de mais de R$ 88 mil, sem contar o avião da FAB que levou a comitiva. O PSOL até entrou com uma ação na Justiça, mas nada foi esclarecido até hoje.
sexta-feira, 16 de julho de 2021
Guedes corta as asinhas de Rogério Marinho
Por Altamiro Borges
Enquanto o presidente Jair Bolsonaro cuida da obstrução no intestino em um hospital de luxo de Sampa, seu laranjal pega fogo. Uma notinha no site da Veja nesta quinta-feira (15) revela que “Paulo Guedes [o rentista] corta verba de Rogério Marinho [o oportunista], que ameaça se demitir do governo”. Essa briga é de titãs e pode dar num baita piriri em Brasília!
Conforme explica a revista, “recentemente, Jair Bolsonaro chamou Paulo Guedes e mandou o ministro da Economia abrir espaço no orçamento para repassar 1 bilhão de reais a obras de Infraestrutura tocadas por Tarcísio de Freitas. Guedes teve então que buscar os chamados ‘recursos empoçados’, o dinheiro já liberado nos ministérios, mas que ainda não foi utilizado. Onde Guedes acabou batendo? Na pasta de Rogério Marinho. Ao perceber o corte, Marinho, indignado foi ao Planalto e, frente a frente com Luiz Eduardo Ramos, disse que entregaria o cargo se o dinheiro fosse transferido”.
Enquanto o presidente Jair Bolsonaro cuida da obstrução no intestino em um hospital de luxo de Sampa, seu laranjal pega fogo. Uma notinha no site da Veja nesta quinta-feira (15) revela que “Paulo Guedes [o rentista] corta verba de Rogério Marinho [o oportunista], que ameaça se demitir do governo”. Essa briga é de titãs e pode dar num baita piriri em Brasília!
Conforme explica a revista, “recentemente, Jair Bolsonaro chamou Paulo Guedes e mandou o ministro da Economia abrir espaço no orçamento para repassar 1 bilhão de reais a obras de Infraestrutura tocadas por Tarcísio de Freitas. Guedes teve então que buscar os chamados ‘recursos empoçados’, o dinheiro já liberado nos ministérios, mas que ainda não foi utilizado. Onde Guedes acabou batendo? Na pasta de Rogério Marinho. Ao perceber o corte, Marinho, indignado foi ao Planalto e, frente a frente com Luiz Eduardo Ramos, disse que entregaria o cargo se o dinheiro fosse transferido”.
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