quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Sinistro da Saúde sabota uso de máscaras

Por Altamiro Borges

O ministro Marcelo Queiroga – já batizado de “Marcelo Quedroga” – é um capacho de Jair Bolsonaro. Ele lembra muito o general Eduardo Pazuello, seu antecessor defecado da pasta da Saúde. Em entrevista nesta quarta-feira (18) a um canal bolsonarista investigado por difundir fake news, ele afirmou ser contra o uso obrigatório de máscaras no enfrentamento à Covid-19.

"Somos contra essa obrigatoriedade. O Brasil tem muitas leis e as pessoas, infelizmente, não observam. O uso de máscara tem de ser um ato de conscientização", teorizou o "médico" bolsonarista ao canal Terça-Livre, do terrorista fujão Allan dos Santos, contrapondo-se a todas as orientações médicas no mundo e no Brasil.

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Generais manipuladores

Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:


A esta altura, ninguém com um mínimo de lucidez tem direito de se surpreender com o demencial destempero de Jair Messias. Pode ser – e é – preocupante a insistência com que se mantém absolutamente furioso, carregado de uma agressividade que ninguém consegue conter.

Da mesma forma, além de causar inevitável irritação, é preocupante a sequência compulsiva de mentiras e manipulações disparadas pelo pior presidente da história da República todo santo dia, e às vezes duas vezes na mesma jornada, aos arrebanhados reunidos no chiqueirinho instalado na porta do Palácio da Alvorada.

Pois agora dois generais da reserva, tanto Luiz Eduardo Ramos, aboletado na Secretaria Geral, como Walter Braga Netto, incrustado no ministério da Defesa, deram claras mostras de que manipulação contagia.

Já não há neutros diante de Bolsonaro

Por Fernando Brito, em seu blog:

Mais uma pesquisa – a do PoderData, do site Poder360, de Fernando Rodrigues – repete o cenário de rejeição a Jair Bolsonaro. aproximadamente nas mesmas proporções que todas as outras a situam, em torno dos 60%.

Da mesma forma, o apoio ao atual presidente, depois de ter baixado para o patamar dos “convertidos” ao bolsonarismo, segue perto da faixa de um quarto dos eleitores e, não importa quantas barbaridades faça o ex-capitão, continua sólido, nesta faixa, bloqueando o surgimento de qualquer candidatura de direita que o desafie.

O item que, avalio, é o mais significativo é o dos que consideram Bolsonaro como “regular” mingou a menos da metade do que era há um ano e, ultimamente, pouco passa de 10% da população.

Cinco considerações para o sindicalismo

Por João Guilherme Vargas Netto


Grandes e importantes categorias de trabalhadores têm datas-base no segundo semestre de 2021.

O balanço das negociações e das campanhas no primeiro semestre apresentou, segundo o Dieese, resultados muito negativos, com metade delas não conseguindo zerar a inflação do período anterior de vigência da convenção coletiva ou do acordo.

A conjuntura econômica, social, política, ambiental e pandêmica é reconhecidamente difícil, com uma correlação de forças desfavorável à luta dos trabalhadores e à ação sindical em todos os aspectos.

Vendilhões do templo e o fim da nacionalidade

Palácio Gustavo Capanema
Reprodução do Facebook: Instituto Rio Antigo
Por Napoleão Ferreira

O mundo urbano-industrial repartiu e ainda reparte os territórios em nações, instituídas através da adaptação dos agrupamentos sociais às mudanças de hábito e cultura modernas.

No Brasil, esse processo histórico se consolidou, mesmo que incompleto, nas primeiras quatro décadas do século XX, quando os renovadores da arte e a ditadura do Estado Novo intensificaram a construção da nacionalidade.

Foi exatamente esse o período em que a arquitetura monumental moderna se estabeleceu como artefato industrial dos mais avançados, com espaços destinados aos novos hábitos de vida e simbolizando na paisagem urbana o novo ser nacional.

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Líder de Bolsonaro vira investigado na CPI

Por Altamiro Borges

Ricardo Barros, o cacique do “Centrão” que é líder do laranjal de Jair Bolsonaro na Câmara Federal, aproveitou da sua condição privilegiada de "convidado" para atacar a CPI do Genocídio na semana passada. Agora, porém, o valentão foi incluído na lista dos investigados pela comissão de inquérito e não poderá mentir e espernear tão descaradamente.

"Nós estamos agregando o deputado Ricardo Barros aos nomes já investigados em função dos óbvios indícios de sua participação nessa rede criminosa que tentava vender vacina através de atravessadores", justificou o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL). Nessa condição, o político velhaco – que já foi prefeito de Maringá (PR) e ministro da Saúde na gestão do traíra Michel Temer –, poderá ter seus sigilos quebrados e ser novamente convocado para depor.

Pesquisa XP explica chiliques de Bolsonaro

Por Altamiro Borges

A pesquisa divulgada nesta semana pela XP, que é um antro do capital financeiro, ajuda a explicar o crescente descontrole emocional de Jair Bolsonaro, que fala em "contragolpe", xinga a mãe de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e só vive rodeado de milicos e tanques sucateados. Como afirma o relatório em linguagem adocicada, a sondagem "mostra a continuidade na tendência de crescimento das avaliações negativas do governo".

Grade de programação é invadida na TV Brasil

Da Rede Brasil Atual:


A TV Brasil é pública por definição, mas neste governo seu uso muitas vezes tem finalidade privada. De janeiro a julho deste ano, a grade de programação foi interrompida em período equivalente a mais de três dias ininterruptos com atividades do presidente da República. Ou exatos 78 horas, 37 minutos e quatro segundos, em 97 eventos. Somem-se a isso mais 115 horas, 24 minutos e nove segundos de 157 eventos no ano passado. Já é o equivalente a oito dias dedicados exclusivamente à transmissão presidencial. Esse levantamento foi feito pela Frente em Defesa da EBC e da Comunicação Pública. A base de cálculos foram os arquivos “Agenda do Presidente” do canal da TV BrasilGov no YouTube.

Militares: do autoritarismo ao ridículo

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Durante muito tempo os militares arrogavam uma aprovação que nunca era bem explicada. Considerada uma instituição respeitada pela maioria da população, até mesmo porque escondia sua vocação autoritária sob a capa da seriedade e disciplina, atravessou décadas como uma espécie de reserva moral a ser acionada em momentos de crise.

A história mostrou a falácia desse mito. Os militares saíram dos quartéis sempre que foi necessário preservar interesses de classe, ainda que metidos em argumentos como a segurança nacional, o desenvolvimento mesmo sem povo, e o anticomunismo acima de tudo. Nesse jogo, mostraram sempre sua carranca violenta e antidemocrática.

Bolsonaro vai colher tempestades

Por Jandira Feghali, no site Vermelho:


A democracia ameaçada foi revigorada nos últimos dias pelo Parlamento brasileiro. A resposta esperada pela sociedade foi dada. O voto impresso foi derrotado e passos foram dados na reforma eleitoral em direção à pluralidade partidária na vida institucional brasileira.

O voto eletrônico, plenamente auditável, prevaleceu e foi evitado que a apuração das eleições ficasse nas mãos de quase 2 milhões de mesários, onde a fraude, aí sim, poderia ser a grande aliada do resultado final das eleições. Nem mesmo aquele espetáculo pavoroso de alguns tanques cheios de fumaça desfilando pela Esplanada foram capazes de mudar a decisão sensata e democrática da Câmara dos Deputados. Um espetáculo que gerou piadas pelo mundo e armado para enviar recados ao Congresso e, com palavras de baixo calão desferidas por sua excelência, o Presidente da República, atingir Ministros do STF ou do TSE.

Radiografia da contrarreforma trabalhista

Por José Álvaro de Lima Cardoso, no site Outras Palavras:


A Câmara dos Deputados aprovou, no último dia 12, a Medida Provisória (MP) 1.045/21, que renova o programa de redução ou suspensão de salários e jornada de trabalho com o pagamento de um benefício emergencial aos trabalhadores. As regras da MP valem para quem tem carteira assinada e para os contratos de aprendizagem e de jornada parcial. A matéria será enviada ao Senado onde certamente será aprovada. É bom sempre lembrar que as divergências entre a direita tradicional e a extrema direita tem motivações eleitorais, apenas. Em relação ao programa de destruição do país e dos direitos da população, esses setores conservam total consenso.

A greve contra a "reforma administrativa"