Por Leneide Duarte-Plon, no site Carta Maior:
"O Exército vai deixar Lula voltar ao poder?" (Libération, 7 de setembro de 2021)
"Cúpula militar garante posse se PT ganhar" (Relatório Reservado, 30 de outubro a 5 de novembro de 1989)
"Leônidas com Collor, faz tudo contra Lula" (Relatório Reservado, 20 a 26 de novembro de 1989)
"Sarney temia forte reação militar à vitória de Lula" (Relatório Reservado, 1 a 7 de janeiro de 1990).
Entre o título do jornal de esquerda francês, "Libération", e os outros três do "Relatório Reservado" - uma newsletter brasileira de negócios, finanças e política – se passaram mais de 30 anos.
Mas a especulação sobre a possível interferência militar nas eleições presidenciais brasileiras permanecem. E revela um país tutelado desde o golpe de Estado militar que proclamou a República.
domingo, 12 de setembro de 2021
sábado, 11 de setembro de 2021
sexta-feira, 10 de setembro de 2021
Dilemas do Capitão do Mato e da Casa-Grande
Por Marcelo Zero, no site Brasil-247:
Que o Brasil não é para amadores todo o mundo já sabia.
Mas, com Bolsonaro, a coisa está ficando difícil até para os mais experimentados profissionais.
O grau de volatilidade do cenário político é tanto que as análises de conjuntura têm prazo de validade de apenas algumas horas.
Num momento Bolsonaro, uma dissidência do Homo Sapiens, parece estar ensaiando um autogolpe e, no outro, Michel Temer, o profissional dos golpes, parece estar mandando de novo no país.
Os meandros tortuosos e contraintuitivos da física quântica são mais fáceis de serem entendidos.
Na política brasileira, o gato dentro da caixa não apenas pode estar vivo ou estar morto.
O curto caminho que me levou à esperança
Por Jair de Souza
Neste 7 de setembro, o dia tinha amanhecido cheio de incertezas. Nos últimos dias, tivemos de suportar uma enorme carga de pressões que visavam nos afastar dos atos populares de rua programados para a data.
Por um lado, Bolsonaro havia convocado atos de força para o mesmo dia e havia posto em funcionamento toda sua máquina política miliciano-fascista para ajudá-lo a levar vantagens em sua disputa contra o STF em sua pretensão de aferrar-se ao comando do governo nacional, sem precisar submeter-se à eventualidade quase segura de ser derrotado por Lula nas próximas eleições.
Esta ameaça de um golpe de força por parte de Bolsonaro não era algo carente de importância. Afinal, estavam ativamente engajados como apoiadores e articuladores dessa medida de força os principais representantes do agronegócio e do capital financeiro. Portanto, rios de dinheiro foram disponibilizados para a elaboração e concretização dos planos de ocupação das ruas de Brasília e de São Paulo pelas hostes do nazibolsonarismo.
Neste 7 de setembro, o dia tinha amanhecido cheio de incertezas. Nos últimos dias, tivemos de suportar uma enorme carga de pressões que visavam nos afastar dos atos populares de rua programados para a data.
Por um lado, Bolsonaro havia convocado atos de força para o mesmo dia e havia posto em funcionamento toda sua máquina política miliciano-fascista para ajudá-lo a levar vantagens em sua disputa contra o STF em sua pretensão de aferrar-se ao comando do governo nacional, sem precisar submeter-se à eventualidade quase segura de ser derrotado por Lula nas próximas eleições.
Esta ameaça de um golpe de força por parte de Bolsonaro não era algo carente de importância. Afinal, estavam ativamente engajados como apoiadores e articuladores dessa medida de força os principais representantes do agronegócio e do capital financeiro. Portanto, rios de dinheiro foram disponibilizados para a elaboração e concretização dos planos de ocupação das ruas de Brasília e de São Paulo pelas hostes do nazibolsonarismo.
Um dia depois do outro
Por João Guilherme Vargas Netto
Felizmente os terremotos previstos para acontecer no 7 de Setembro não derrubaram nada, embora façam tremer a superfície e invertam a sabedoria portuguesa: as piores consequências já aconteciam antes.
Com efeito, os problemas do povo e particularmente dos trabalhadores continuaram como antes – doença, desemprego, carestia – e muito pouco se falou de seu enfrentamento (exceto algumas manifestações no campo oposicionista, com destaque para o pronunciamento do ex-presidente Lula na véspera do 7 de Setembro) e muito menos o presidente da República, obcecado por sua pregação golpista, minoritária e contestada.
Felizmente os terremotos previstos para acontecer no 7 de Setembro não derrubaram nada, embora façam tremer a superfície e invertam a sabedoria portuguesa: as piores consequências já aconteciam antes.
Com efeito, os problemas do povo e particularmente dos trabalhadores continuaram como antes – doença, desemprego, carestia – e muito pouco se falou de seu enfrentamento (exceto algumas manifestações no campo oposicionista, com destaque para o pronunciamento do ex-presidente Lula na véspera do 7 de Setembro) e muito menos o presidente da República, obcecado por sua pregação golpista, minoritária e contestada.
A lira do delírio de um ingênuo Arthur
Por Hildegard Angel
Bolsonaro convocou o povo pra insurreição, pra quebrar tudo, escalpelar, matar, que ele garantia, porque ele é o comandante-em-chefe das Forças Armadas.
A Nação ficou em suspense por meses, desde que ele anunciou um 7 de Setembro "do babado". Jair iria barbarizar!
O país parou uma semana, respiração presa na expectativa do pior. Os ricos, animados, fizeram o "brunch do esquenta das manifestações" em suas coberturas.
Bolsonaro convocou o povo pra insurreição, pra quebrar tudo, escalpelar, matar, que ele garantia, porque ele é o comandante-em-chefe das Forças Armadas.
A Nação ficou em suspense por meses, desde que ele anunciou um 7 de Setembro "do babado". Jair iria barbarizar!
O país parou uma semana, respiração presa na expectativa do pior. Os ricos, animados, fizeram o "brunch do esquenta das manifestações" em suas coberturas.
Com o sol na cabeça, no asfalto, ficaram os zumbis do Exército de Bolsonaroleone.
O plano A de Bolsonaro é melar as eleições
Por Luis Felipe Miguel, no Diário do Centro do Mundo:
O entusiasmo do capital, do Centrão e de grande parte da mídia com a “solução” da crise só comprova que o que eles querem é que Bolsonaro lhes dê uma desculpa, por mais fajuta que seja, para continuarem juntos.
Não importa que já existam experiências de sobra para provar que os acenos de Bolsonaro à moderação não valem um tostão furado.
Não importa que um par de horas depois ele já estivesse com as ameaças, insinuações e grosserias de sempre, na famosa laive.
Muito menos importa que os fatos sejam graves demais para que um mero pedido de “escusas”, como diria Sérgio Moro, resolva a situação.
O entusiasmo do capital, do Centrão e de grande parte da mídia com a “solução” da crise só comprova que o que eles querem é que Bolsonaro lhes dê uma desculpa, por mais fajuta que seja, para continuarem juntos.
Não importa que já existam experiências de sobra para provar que os acenos de Bolsonaro à moderação não valem um tostão furado.
Não importa que um par de horas depois ele já estivesse com as ameaças, insinuações e grosserias de sempre, na famosa laive.
Muito menos importa que os fatos sejam graves demais para que um mero pedido de “escusas”, como diria Sérgio Moro, resolva a situação.
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