domingo, 9 de janeiro de 2022

Bolsonaro tem um Plano B?

Charge: Fraga
Por Luiz Carlos Azedo, no site Vermelho:


Não estou entre os que acreditam que a alternativa golpista, para o presidente Jair Bolsonaro, se esgotou em 7 de setembro do ano passado, quando mobilizou todas as suas forças contra a urna eletrônica e confrontou o Supremo Tribunal Federal (STF), que viria a ser cercado por caminhoneiros.

No dia seguinte, com as estradas bloqueadas e os caminhões na Esplanada, o presidente da República deu um cavalo de pau e mandou uma carta ao ministro do STF Alexandre de Moraes com juras à democracia, numa espécie de pedido de desculpas pelos ataques que havia feito ao ministro e outros integrantes da Corte, principalmente durante manifestação de seus partidários na Avenida Paulista, à qual compareceu. Naquela ocasião, a narrativa golpista havia atingido o seu clímax.

Crise militar é real ou fabricada?

Charge: Latuff
Por Jeferson Miola, em seu blog:


O presidente da Anvisa Antonio Barra Torres assina nota como “Oficial General da Marinha do Brasil” em que exige – sim, exige – retratação do Bolsonaro pela insinuação que ele fez sobre supostos interesses escusos da Anvisa ao preconizar tecnicamente a imunização de crianças.

“Se o Senhor não possui tais informações ou indícios, exerça a grandeza que o seu cargo demanda e, pelo Deus que o senhor tanto cita, se retrate”, anotou Barra Torres, que ainda desafiou Bolsonaro: “Se o senhor dispõe de informações que levantem o menor indício de corrupção sobre este brasileiro, não perca tempo nem prevarique, Senhor Presidente. Determine imediata investigação policial sobre a minha pessoa […]”.

TV Brasil virou palanque de Bolsonaro

Charge: Rico
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


Ao longo do ano passado, a programação da TV Brasil foi interrompida 209 vezes para a transmissão, ao vivo, de atos com a participação de Bolsonaro ou do interesse dele, como os eventos militares, que foram 35.

O levantamento é da Frente em Defesa da EBC e da Comunicação Pública, com base nas playlists "Agenda do Presidente", disponíveis no canal TV Brasil/Gov, no Youtube.

Este é um crime de Bolsonaro para o qual a mídia corporativa, com raras exceções, faz vista grossa e passa pano. É crime porque a TV Brasil, que já foi uma emissora pública, à luz da lei 11.652/2008 preserva essa natureza, mas na prática virou palanque eletrônico de Bolsonaro.

sábado, 8 de janeiro de 2022

O papel do Sergio Moro é desgastar o Lula

O que esperar do Brasil em 2022?

Os rumos da economia para 2023

A cultura na luta contra o fascismo

O Brasil vai voltar ao mundo?

2022 começa quente no Brasil

A inadimplência deve aumentar em 2022

O atual estágio da pandemia no Brasil

Mulheres no frevo e sua história

Assalto ao Capitólio, um ano depois

Brasil-4: amplitude e combatividade na luta

Guerra (1952), Portinari
Por Altamiro Borges


Em função dos crimes de responsabilidade cometidos em sua gestão, Jair Bolsonaro já deveria ter sofrido impeachment – o que agora parece mais distante. Há mais de 130 pedidos nesse sentido que só não avançam devido aos acordos – recheados de cargos públicos e emendas parlamentares – firmados com Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados e cacique do Centrão.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Brasil-3: ascensão e queda de Bolsonaro

Faiscadores de ouro (1948), Portinari
Por Altamiro Borges

Todos esses retrocessos, esse período de trevas, decorrem de um contexto mundial e nacional de defensiva estratégica da luta dos trabalhadores, de hegemonia da agenda neoliberal do capitalismo. Esse processo foi agravado na fase recente com a combinação perversa de ultraneoliberalismo na economia, de fascismo na política e de obscurantismo nos direitos civilizatórios. Está em curso no mundo uma brutal ofensiva do capital contra o trabalho, uma onda fascistizante.

Brasil-2: pandemia e caos econômico e social

Retirantes (1957), Portinari
Por Altamiro Borges


A barbárie durante a pandemia é tanta que a Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19, instalada no Senado em abril do ano passado e batizada de CPI do Genocídio, indiciou Jair Bolsonaro, muitos capachos do governo e vários empresários inescrupulosos – como Luciano Hang, o “Véio da Havan”, e os sócios da Prevent Senior, onde “óbito também é alta” – por vários crimes previstos na legislação brasileira.

O presidente da República só não sofreu impeachment porque se aliou aos políticos pragmáticos do Centrão, cedendo cargos públicos e milhões de reais em emendas parlamentares. Concluído seu triste mandato, o fascista poderá ser preso por liderar a maior mortandade da história recente do Brasil. Ele ainda deverá ser julgado no Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia/Holanda, por crimes contra a humanidade.

Brasil-1: urgente derrotar o vírus e o verme!

Mulher chorando (1942), Portinari
Por Altamiro Borges

Os trabalhadores estão vivendo um período de trevas no Brasil. Aumento assustador do desemprego, arrocho brutal de salário, retirada selvagem dos direitos trabalhistas. A pandemia do novo coronavírus, confirmada em março de 2020, só agravou um cenário que já era sombrio.

Por sua postura negacionista e criminosa diante da Covid-19, que resultou até final do ano passado em mais de 600 mil mortes e milhões de sequelados, Jair Bolsonaro hoje é tratado como genocida nos fóruns mundiais. O Brasil virou um pária internacional em todos os terrenos – sanitário, econômico e social.

2022: o que estará em jogo?

Charge: Jota Camelo
Por Luiz Manfredini, no site Vermelho:

O que estará em jogo em 2022? Eis a pergunta central para quem deseja se orientar politicamente nas atuais circunstâncias brasileiras. Resposta: derrotar o fascismo e frear a destruição nacional que avançam sob Bolsonaro e se consolidarão com sua vitória em outubro. Como se dizia antigamente, eis o busílis do atual cenário político do Brasil. E tal desafio significa derrotar Bolsonaro nas batalhas políticas do ano, muito especialmente nas eleições de outubro.

Brasil: a independência por fazer

Desenho de Millôr Fernandes/Acervo IMS
Por Roberto Amaral, em seu blog:


“O Brasil tem um enorme passado pela frente” – Millôr Fernandes

O novo ano coloca na ordem do dia as comemorações do bicentenário da Independência, e seu marco é o grito do 7 de setembro, mais relevante na tela de Pedro Américo do que na costura política do grande acordo que nos deu – sem revolução, sem alteração de mando ou de poder, sem abalo de estrutura econômica ou social, mas ao preço de transações e traficâncias – a maioridade política, por cujas artes a colônia é promovida a império, sem de fato conquistar a autonomia que caracteriza os estados independentes.

A Ômicron é moderada, mas Biden não

Charge: Omar Turcios
Por Marcelo Zero, no blog Viomundo:

Hoje, há um obstáculo maior à saída da crise que a pandemia. Trata-se da política externa dos EUA.

Os dados provenientes da Europa e dos EUA demostram que a variante ômicron, responsável pela quarta onda de Covid-19, é significativamente menos agressiva que as variantes anteriores.

Embora muito contagiosa, ela provoca um número proporcionalmente baixo de hospitalizações e mortes, concentrado entre os não vacinados.

Porém, enquanto o vírus se modera, criando brechas para a volta da normalidade, a política externa de Biden se radicaliza, apontando para a continuidade da crise.

Com efeito, a escalada de provocações na Ucrânia e em Taiwan demonstra que Biden está investindo em acirramentos dos conflitos com a Rússia e a China, num momento em que a saída da crise mundial exige alto grau de cooperação e negociação.