terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Eleições-2022 e a disputa pelo governo Lula

Foto: Ricardo Stuckert
Paulo Nogueira Batista Jr.

Começo o ano tratando da principal fonte de esperança para todos que se preocupam com nosso país – as eleições presidenciais de 2022. Há muita incerteza, claro, mas o favoritismo do ex-presidente Lula é evidente. Esse favoritismo desencadeou, ou ameaça desencadear, uma disputa por espaço dentro de um possível ou provável novo governo Lula. Abordarei, primeiro, o quadro eleitoral como se apresenta hoje. Em seguida, farei algumas conjecturas sobre a disputa pelo governo Lula.

Mídia, fake news e eleições de 2022

Por Ângela Carrato, no site Viomundo

A campanha eleitoral já começou. O lançamento oficial de candidaturas à presidência da República deve acontecer apenas entre o final de julho e o início de agosto, mas dificilmente haverá surpresas. Os nomes são conhecidos e a posição que ocupam nas pesquisas de intenção de voto tem se mantido praticamente inalterada.

Se para quem está na liderança é aparentemente confortável, para os demais é sinônimo que precisam agir.

Dito isso, imagine a seguinte situação: o candidato que lidera, isolado, todas essas pesquisas, dá entrevista coletiva de mais de duas horas para veículos da mídia independente, é sabatinado sobre os mais diversos assuntos e a mídia corporativa finge que não vê ou destaca apenas o que considera que pode ser prejudicial ao candidato.

E ninguém faz nada?

Charge: Vilé
Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:


São vários nomes pomposos. No Sistema Único de Saúde, o SUS que duramente sobrevive a Jair Messias, existe um grupo independente, formado por especialistas de várias áreas, a Conitec – Comissão de Incorporação de Tecnologias.

Entre outras funções, cabe à Conitec indicar tratamentos a serem oferecidos na rede pública de saúde e, por tabela, na rede privada.

Já no ministério de Saúde existe uma Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde.

A tal Secretaria é ocupada por Helio Angotti Neto.

A exemplo de seu chefe, o ministro Marcelo Queiroga, ele também ostenta um diploma de médico. Formado em 2003, foi professor universitário e trabalhou em hospitais. Chegou ao ministério da Saúde pelas mãos do nefasto general da ativa do Exército brasileiro Eduardo Pazuello.

Os criminosos bolsonaristas ficarão impunes?

Charge: Toni
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Não haverá uma força-tarefa do Ministério Público e de uma vara especial do Judiciário para pegar os criminosos fascistas desamparados por uma derrota na eleição deste ano. A extrema direita sabe que não sofrerá nunca os riscos de algo similar a uma Lava-Jato.

A extrema direita não será caçada por uma dupla parecida com Deltan Dallagnol-Sergio Moro, porque o lavajatismo foi uma armação única para pegar Lula, derrubar Dilma e tentar desmoralizar as esquerdas.

Mas há problemas sérios à espera de todos os que estiveram perto de Bolsonaro, cometendo ou não delitos e desatinos graves. Um dos problemas é que não haverá mandato e foro especial para todos.

Faltará imunidade para muita gente. Começando por Bolsonaro e Sergio Moro, que podem ficar sem proteção alguma se forem até o fim com o blefe de que disputarão a eleição.

O cachimbo se foi, mas deixou bocas tortas

Charge: Aroeira
Por Fernando Brito, em seu blog:

Não há ainda confirmação de que a causa da morte do sr. Olavo de Carvalho tenha sido a Covid-19 e nenhuma razão para comemorar-se o fato de que ele tenha sido mais um dos mais de 623 mil brasileiros que perderam a vida para a doença.

Do ponto de vista social, muito mais relevante que isso é o câncer que ele ajudou a desenvolver neste país, um tumor de gente má e destruidora que tem como metástase a elevação de Jair Bolsonaro à presidência da República.

E o ex-capitão, afinal, tem razões para emitir o único sinal de perda que, depois destas centenas de milhares de mortes, foi capaz de emitir, depois dos repetidos “e daí?” que lançou a todas as vítimas da Covid.

As estratégias de desenvolvimento econômico

Reindustrialização e investimentos públicos

Três anos do crime da Vale em Brumadinho

segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

Os novos ventos que sopram do Chile

Esquerda está pronta para guerra midiática?

Governo explora fake news contra a vacina

Novos caminhos para o desenvolvimento

Na China toda propriedade é pública?

Bolsonaro privilegia sua base armada

A turma da bufunfa quer domesticar Lula

Será que o Brasil tem jeito?

Motociata rende ação contra 13 bolsonaristas

Charge: Lézio Júnior
Por Altamiro Borges


Já sumiu do noticiário a informação divulgada pela imprensa no início de janeiro de que o Ministério Público de São Paulo propôs uma ação contra 13 figuras desprezíveis que participaram da “motociata” liderada pelo fascista Jair Bolsonaro em rodovias paulistas em junho passado. Entre os bolsonaristas alvos do processo encontravam-se o ex-ministro da devastação ambiental, Ricardo Salles, o líder da seita Nas Ruas, Tomé Abduch, e o chefão da Igreja Renascer em Cristo, "bispo" Estevam Hernandes.

domingo, 23 de janeiro de 2022

Orçamento secreto beneficia irmão de Bolsonaro

Por Altamiro Borges


No início de janeiro, o jornal O Globo revelou que Renato Bolsonaro, irmão do presidente-miliciano da República, atua em uma cidade do interior paulista generosamente beneficiada pelo “orçamento secreto”. A pequena Miracatu teria garfado R$ 35 milhões em emendas parlamentares. Nada foi feito para apurar a denúncia e ela simplesmente sumiu do noticiário.

Segundo a reportagem, o “mano” é chefe de gabinete do prefeito Vinícius Brandão, do PL – a mesma sigla que recebeu há pouco tempo a filiação do “capetão”. Levantamento do jornal apontou que a soma foi empenhada (reservada para gasto) entre 17 e 30 de dezembro por quatro ministérios: Desenvolvimento Regional, Agricultura, Cidadania e Turismo.

Brizola faz falta à democracia

Lula e o desafio de conciliar opostos

Foto: Ricardo Stuckert
Por Roberto Amaral, em seu blog:

O debate em torno do vice de Lula, tanto quanto o debate relativo às alianças partidárias, presentemente alimentados por uma bolorenta disputa em torno de cargos, traz consigo o inconveniente de toda inversão lógica, ao relegar a segundo plano o essencial, a saber, o necessário, prévio e público debate em torno de um programa mínimo que, ao encerrar os compromissos de governo, deve constituir-se na peça central da boa campanha eleitoral, discutido com a sociedade, e por ela sancionado, para que a votação no candidato seja também um referendum de seu programa, que se converterá, ipso facto, em programa-compromisso.