terça-feira, 5 de abril de 2022

A política fiscal de um futuro governo Lula

Ilustração: Matt Kenyon
Por Paulo Nogueira Batista Jr.

Hoje, vou escrever primordialmente para economistas, mas espero que o texto seja acessível, ao menos em parte, também para outros. Quero tratar de uma controvérsia entre os economistas heterodoxos. São basicamente dois grupos. De um lado da controvérsia, os mais tradicionais, para quem os déficits e a dívida pública são preocupações relevantes. De outro, os mais inovadores e extremistas, para quem isso não passa, essencialmente, de um mito ortodoxo, derivado de uma má compreensão da economia. O primeiro grupo é constituído de keynesianos convencionais. O segundo é influenciado pela Teoria Monetária Moderna, que surgiu há alguns anos nos EUA e teve grande repercussão lá e em outros países. A controvérsia é complexa; não vou abordar senão alguns de seus aspectos.

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Eduardo Bolsonaro tortura Míriam Leitão

Por Gladson Targa
Por Altamiro Borges

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), também chamado de Dudu Bananinha, é realmente muito escroto. Pelo Twitter, ele voltou a ironizar a bárbara tortura sofrida por Míriam Leitão, da Rede Globo, durante a ditadura militar. Ele postou: “Ainda com pena da [emoji de cobra]”. O fascistoide conta com o cretinismo parlamentar para manter a sua imunidade!

Quando tinha apenas 19 anos e estava grávida, a hoje conhecida jornalista foi presa e torturada por carrascos da ditadura dos generais (1964-1985). Em uma sessão de tortura, ela foi deixada nua em uma sala escura com uma cobra. O tuíte do filhote 03 do presidente gerou manifestações de repúdio até dos que discordam da colunista global.

segunda-feira, 4 de abril de 2022

Bolsonaro sai fortalecido da janela partidária

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domingo, 3 de abril de 2022

Bolsonaro sai fortalecido da janela partidária

Charge: Carol Cospe Fogo
Por Altamiro Borges


A máquina de corrupção do governo, com R$ 16 bilhões em emendas parlamentares somente no orçamento secreto, foi decisiva no troca-troca da janela partidária encerrada nesta sexta-feira (1). Segundo levantamento do site G1, 23% dos deputados federais trocaram de partido (120 dos 513) e a bancada governista foi a que mais cresceu.

O maior favorecido pelas mudanças foi o PL, a nova sigla de aluguel de Jair Bolsonaro. Desde o primeiro dia da janela, em 3 de março, a bancada do partido cresceu 83% (de 42 para 76 deputados federais). Na sequência, Republicanos e PP – as outras duas legendas do Centrão que dão sustentação ao fascista – foram as que mais engordaram.

Bolsocaro faz disparar preço dos alimentos

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Bolsonaro bota a cara no fogo e nem queima

Charge: CrisVector
Por Gilson Reis, no site Vermelho:


O Twitter, às vezes, traz sínteses precisas sobre os acontecimentos. O resumo mais exato da última segunda-feira (28) foi o tuíte de Matheus Agostin, que viralizou nas redes: “Cai o pior ministro da educação da História. Ele sucedeu o pior ministro da educação da História e deve ser sucedido pelo pior ministro da educação da História”. No mesmo dia, o perfil ficcional Coronel Siqueira — cujo autor, imbuído do personagem, é colunista da Carta Capital — tuitou em letras garrafais, como de costume, sua própria candidatura ao cargo:

Educação não combina com autoritarismo

Charge: Santiago
Por Heleno Araújo, no jornal Brasil de Fato:

Nenhum governo autoritário, seja de qualquer país ou época, gosta de uma educação que ajude o povo a pensar e ser autônomo em sua vida. Invariavelmente, governos autoritários perseguem educadores, calam estudantes e promovem um modelo educacional que atenda simplesmente a seus interesses políticos.

É justamente nos governos autoritários, comandados por tiranos que se apegam ao poder e dele não pretendem se distanciar, que os sistemas educacionais recebem toda a atenção possível: ao autoritarismo interessa moldar uma educação que cultive os valores políticos emanados pela figura do político autoritário.

O primeiro turno está virando o segundo?

Charge: Frank
Por Fernando Brito, em seu blog:


Saímos dos dias finais da dança partidária – em geral movida pela fidelidade aos partidos da carreira e do dinheiro – com alguns sinais importantes.

O mais significativo deles: o de que a tal “Terceira Via” acabou de vez, reduzida a uma “articulação ” entre dois personagens – Sergio Moro e Eduardo Leite – que sequer têm um partido que suporte suas improváveis candidaturas e um terceiro, João Doria, que precisa ameaçar e chantagear o PSDB para que não lhe retire o direito, conquistado em prévias internas, a ser o candidato à sucessão presidencial.

Logo a seguir vem a constatação de que Jair Bolsonaro conquistou de vez a hegemonia – e quase o monopólio, para ser mais exato – do campo da direita, e não só da extrema-direita.