segunda-feira, 9 de maio de 2022

A preparação do golpe está a pleno vapor

Charge: Brum
Por Luis Felipe Miguel, no Jornal GGN:


Não sei se o golpe já é o plano A de Bolsonaro – isto é, se ele já se desencantou da ideia de ganhar novamente as eleições.

Talvez não, não apenas porque a autoilusão é sempre forte em políticos em campanha (taí o Ciro que não me deixa mentir), mas também porque o arsenal de recursos subterrâneos de que Bolsonaro dispõe é grande.

Mas, seja plano A ou B, o fato é que a preparação do golpe está a pleno vapor.

O endosso, agora explícito e sem ressalvas, da cúpula do Exército à deslegitimação das eleições é o sinal mais preocupante.

Sempre me alinhei àqueles que pensavam que as Forças Armadas, por mais autoritárias e corruptas que sejam, dificilmente embarcariam num golpe de velho tipo. Por três motivos principais:

Os carrascos da democracia

Charge: Jota Camelo
Por Cristina Serra, em seu blog:


O governo Bolsonaro emprega em relação às eleições a mesma estratégia que usou desde o começo da pandemia. O negacionismo científico assume agora sua versão de negacionismo eleitoral. A cloroquina da campanha é o ataque incessante à urna eletrônica.

No auge da pandemia, Bolsonaro teve no general Eduardo Pazuello o executor do trabalho sujo que aumentou exponencialmente a mortandade dos brasileiros. Na fase atual da desconstrução nacional, o posto de capataz do assalto à democracia foi ocupado com desembaraço pelo ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.

A aparição ilegal de Michelle Bolsonaro na TV

De quem é a culpa pela alta da inflação?

A tragédia indígena no Brasil

Lançamento da pré-candidatura Lula-Alckmin

Quartelada de Bolsonaro e Lula na Time

Microempreendedores e MEIs pedem socorro

domingo, 8 de maio de 2022

Pesquisas atiçam golpismo de Bolsonaro

Charge: Céllus
Por Altamiro Borges

A pesquisa Ipespe divulgada na sexta-feira (6) mostra consistente estabilidade na corrida presidencial – o que já havia sido apontada por outros institutos em sondagens recentes. Jair Bolsonaro está empacado, com elevado índice de rejeição, e Lula segue isolado na frente e pode até vencer no 1º turno. Isto talvez explique o repique agressivo do miliciano no poder, que volta a questionar a urna eletrônica, a atacar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a ameaçar com golpe!

O lawfare na América Latina

UDR consolida o termo "ruralista" - e o ódio

Teria a Petrobras virado estrangeira?

Desordem capitalista e projeto neofascista


Ao desassombro histórico desse enfrentamento filia-se o novo site do Fórum 21 – Portal das Esquerdas, que a partir deste Primeiro de Maio de 2022 abre suas velas no mar revolto da política nacional.

Nossa filiação recheia de credibilidade nossos propósitos.

Inscrevemo-nos entre as forças políticas e sociais que visam a organização de uma Frente de Esquerda no Brasil, cultivam o socialismo no horizonte e coabitam o vertedouro de lutas e conquistas do Fórum Social Mundial, dos Fóruns Sociais Temáticos, dos Fóruns Sociais das Resistências, do recém realizado primeiro FSM Justiça e Democracia – e do combate ao golpe de 2016 e suas consequências.

Historicamente a palavra "desordem" tem sido apropriada pelos senhores da terra para inocular na sociedade a inversão causal que inocenta a opressão e atribui à revolta os males do mundo.

Guerra na Ucrânia: A Paz está órfã

Charge: Liu Rui/GT
Por Marcelo Zero

A guerra da Ucrânia não começou neste ano.

Começou em 2014, logo após o golpe de 2013, o qual inaugurou um regime pró-Ocidente e antirrusso, bastante influenciado por grupos neonazistas, que se consideram herdeiros de Stepan Bandera, líder político ucraniano aliado dos nazistas na Segunda Guerra Mundial.

A população russófona da Ucrânia, espalhada por todo o território, porém mais concentrada na península da Crimeia e na região do Donbass, reagiu.

Na Crimeia, foi realizado, com a ajuda de Moscou, um plebiscito para se separar da Ucrânia e se integrar, de novo, à Federação Russa.

No Donbass, surgiu um movimento separatista com o mesmo objetivo.

Esse conflito armado no Donbass, que inclui bombardeios ucranianos contra cidades e vilarejos russófonos, se arrastra desde 2014 e, até o início deste ano, já havia causado a morte de cerca de 14 mil pessoas.

'Escândalo' da Veja tem cara de armadilha

Por Fernando Brito, em seu blog:

Não ponho um tostão furado na história que é capa da Veja, sobre a suposta chantagem do ex-caseiro da ex-mulher de Jair Bolsonaro.

Sim, ele pode ter fotos, papéis e histórias sobre a vida de Ana Cristina Valle, mas a história envolve chantagem e ameaças e isso é o bastante para causar repugnância.

Marcelo Nogueira dos Santos, o funcionário que, contratado na Assembleia Legislativa por Flávio Bolsonaro e que foi ser trabalhador doméstico para a ex do atual presidente, com as ameaças de morte, já virou, a esta altura, um procurado.

Mídia empresarial e a subserviência aos EUA

Charge: Sergei Anashkin
Por Ayrton Centeno, no jornal Brasil de Fato:

Uma antiga e amarga tirada diz que o universo pode ser finito mas a estupidez humana não. Talvez também se possa comparar o universo – igualmente de modo desfavorável para o cosmos – com o tamanho da disposição dos miquinhos amestrados da mídia empresarial de bailar ao som da melodia emanada de Washington. Qualquer dissonância merece o patíbulo. Lula é a vítima mais recente.

Seu crime foi proclamar o óbvio sobre a invasão da Ucrânia. Condenou Putin mas apontou a responsabilidade do Zelensky, marionete de Joe Biden, Anthony Blinken e da Otan, que o enfiaram numa tacanha e demencial guerra por procuração. Aquela em que os Estados Unidos lutarão “até o último ucraniano”...

Time revela tragédia da imprensa brasileira

Charge: Cau Gomez
Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:


Envolvida até a medula na operação que tentou excluir Lula da vida pública, a grande mídia brasileira até hoje se mostra incapaz de reconhecer seu renascimento político.

Modelo formal de boa parte das revistas semanais surgidas nos anos dourados da mídia impressa do século XX, em abril de 2022 a Time retrata o retorno de Lula ao centro da cena política brasileira com o distanciamento possível que marca o jornalismo profissional de um dos grandes grupos de comunicação do planeta.

Abriu espaço para uma entrevista detalhada e foi atrás de informações relevantes, numa reportagem que mantém o tom adequado do ponto de vista informativo e politico, cumprindo uma função importante - deixa claro que, nas atuais condições de temperatura e pressão da política brasileira, Lula é parte do jogo democrático.

Bolsonaro pode ser empurrado para fogueira

Charge: Geuvar
Por Moisés Mendes, em seu blog:


Muita coisa não fecha no roteiro do golpe tramado por Bolsonaro e que estaria agora em ritmo mais acelerado com a amplificação das ameaças ao Supremo e ao TSE.

Há incoerências, mesmo que um golpe seja um bicho disforme muitas vezes sem pé nem cabeça. O plano parece frágil, até porque teria muito coturno e pouco sapato em cromo alemão.

Bolsonaro não conseguiu criar para a família um partido que qualquer um cria ou aluga. É rejeitado por mais de 60% dos eleitores que não votariam nele de jeito nenhum.

Não tem o respeito das elites civis que o tratam como uma gambiarra precária anti-Lula. Fraturou uma vez os comandos das três armas e pôs a correr seus chefes e o ministro da Defesa.