sexta-feira, 1 de julho de 2022

As grandes vítimas dos EUA e da Otan

Charge: Latuff
Por Marcelo Zero, no site Brasil-247:


A maior parte das vítimas da guerra na Ucrânia, provocada, em última instância, pela política beligerante dos EUA e da Otan, não está naquele país ou na Rússia.

Na realidade, as grandes vítimas são os pobres do mundo, especialmente aqueles que estão em países que dependem da importação de alimentos.

O mercado global de grãos é muito concentrado.

Mais de 85% das exportações globais de trigo vêm de apenas sete fontes: União Europeia, EUA, Canadá, Rússia, Austrália, Ucrânia e Argentina.

A mesma parcela das exportações de milho vem de apenas quatro países: EUA, Argentina, Brasil e Ucrânia.

A Rússia e a Ucrânia, combinadas, respondem por cerca de 30% das exportações mundiais de trigo, 20% das exportações de milho e 80% das exportações de óleo de girassol, só para citar os produtos mais importantes.

Dias difíceis virão

Charge: Laerte
Por Roberto Amaral, em seu blog:


As qualidades e as deficiências de Dilma Rousseff, em nada ou muito pouco contribuíram para o impeachment, violência que só se tornou possível porque seu governo encontrava-se em avassaladora minoria na Câmara dos Deputados, tornada ainda mais grave por força das perplexidades da bancada de seu partido e a fragilidade da condução política do governo. O erro estratégico da direção do PT começara na campanha eleitoral recém finda, ao jogar todas as fichas no pleito presidencial, ou seja, ao relegar a plano secundário as disputas pelo Senado e pela Câmara. Como se ambas as campanhas, as eleições majoritárias e proporcionais, integrantes de um único projeto, não pudessem ser travadas simultaneamente, senão com o mesmo peso. 

Relevância antecipada das lutas salariais

Por João Guilherme Vargas Netto


A última edição do Salariômetro da Fipe registra um dado que considero significativo.

A porcentagem dos acordos e convenções que superaram nos reajustes de salários os índices de inflação (ganhos reais) passam de 17% em maio para 50% em junho (os últimos dados são ainda provisórios).

Isto quer dizer que as categorias com estas datas-bases recentes já estão lutando por antecipar as perdas de seu último acordo ou convenção e conseguindo mais ganhos reais, o que confirma e reforça a tática de vários sindicatos (com datas-bases mais para o final de 2022) de lutarem para antecipar as suas negociações.

O fundamento desta reivindicação é o descolamento entre o índice aplicado nas datas-bases anteriores e a aceleração da inflação, principalmente dos alimentos e combustíveis, com a carestia.

Braga Netto é o Pedro Guimarães da eleição?

Charge: Zé Dassilva
Por Fernando Brito, em seu blog:


Walter Braga Netto não é mais ministro da Defesa, nem mesmo é mais assessor presidencial, “boquinha” que havia sido dada a ele para não perder os ganhos que somava aos proventos de general reformado e ter, com o cargo, uma justificativa formal para seguir como “ministro de fato.

O que ele falar, de agora em diante, fala como cidadão comum e, é claro, com a correspondente irrelevância.

Mas na última sexta-feira, dia 24, quando encontrou-se com empresários da Federação da Indústrias do Rio de Janeiro, ainda era “assessor especial” do Presidente da República e disse, segundo relata Malu Gaspar, colunista de O Globo, que “se não for feita a auditoria dos votos defendida pelo presidente, ‘não tem eleição’”.

Diante da notícia, claro, teve de desmentir-se, mas a emenda saiu pior do que o soneto.

Direito ao aborto e os retrocessos nos EUA

A gravidade do caso Pedro Guimarães na Caixa

quarta-feira, 29 de junho de 2022

Ex-presidente da Caixa sangra Bolsonaro

Ilustração: Sudeshna Priyadarshini
Por Altamiro Borges


Após tensas reuniões em Brasília e muitas negociatas de bastidores, o “tarado” Pedro Guimarães anunciou nesta quinta-feira (29) a sua demissão da presidência da Caixa Econômica Federal. A decisão representa mais um duro revés para Jair Bolsonaro, que nos últimos dias foi atropelado com o pedido de instalação da CPI do balcão negócios no MEC e ainda com a denúncia do ex-presidente da Petrobras sobre pressões sinistras do "psicopata" na empresa, entre outras sujeiras.

Bob Jefferson vira réu por incitação ao crime

Pedro Guimarães é alma gêmea de Bolsonaro

O papel da ABI na luta pela democracia

Quem matou Bruno e Dom?

Ilustração do site Graffiti News
Por Gilson Reis, na revista CartaCapital:

O indigenista Bruno Araújo Pereira, servidor licenciado da Funai (Fundação Nacional do Índio) e o jornalista Dom Phillips, correspondente do jornal The Guardian, foram assassinados de maneira bárbara, covarde e desumana no estado do Amazonas. A princípio, governo federal, Polícia Federal, Forças Armadas e Ministério Público ficaram inertes diante da atrocidade. Somente depois que setores da imprensa nacional e internacional começaram a divulgar os fatos e exigir atitudes do governo, foi que os órgãos de Estado começaram a se movimentar.

Após o caso ganhar repercussão global, as ações do governo foram intensas. Em uma semana, prenderam os possíveis assassinos, acharam os restos mortais dos dois assassinados, fizeram coletivas de imprensa centradas em duas ou três autoridades e encerraram o caso de forma peremptória. Missão cumprida??? Quanto mais rápida a ação do aparato policial, menos crise e desgastes para os verdadeiros responsáveis.

Escândalos abalam campanha de Bolsonaro

Charge: Gilmar
Por André Cintra, no site Vermelho:


Começou o clima de “já perdeu” na pré-campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Quem detalha é a jornalista Malu Gaspar em sua coluna desta terça-feira (28) no jornal O Globo.

Os escândalos de corrupção no MEC – que levaram à prisão preventiva do ex-ministro Milton Ribeiro –, o mau desempenho em pesquisas e as divergências sobre estratégias eleitorais abalaram a pré-candidatura. A tudo isso se somam as más notícias da economia, como os juros cada vez mais altos, os incessantes reajustes nos combustíveis e a inflação sem controle.

Com o sugestivo título “Por que o núcleo político da campanha de Bolsonaro vive clima de derrota”, Malu Gaspar informa que o “comportamento” do presidente é, acima de tudo, a razão para o “clima de velório” que tomou conta da “chamada ‘ala política’ da campanha”.

Ruralistas da Alesp querem privatizar terras

MST protesta contra o PL410 na Alesp. Foto: Julia Gimenez
Do site do MST:

Após ser aprovado na última semana regime de urgência sobre sua tramitação, o PL 277/2022 está em discussão na comissão de líderes da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) e pode ser votado em plenário ainda na tarde desta terça-feira (28).

Com autoria dos deputados Vinicius Camarinha (PSDB), Carla Morando (PSDB), Mauro Bragato (PSDB) e Itamar Borges (PMDB), o Projeto de Lei nº 277/2022 tem como objetivo criar o Programa Estadual de Regularização de Terras, retomando artigos que foram rejeitados na tramitação de outro Projeto de Lei, o PL 410, que ficou conhecido como PL da grilagem.