Porto Alegre, 17/9/22. Foto: Ricardo Stuckert |
A história desses 200 anos de Independência (celebrados de modo grotesco no último 7 de setembro) reproduz a história dos 300 anos que nos levaram da feitoria a um império atrasado, escravista, latifundiário, genocida de índios, negros e brancos pobres, extrativista e depredador do meio ambiente. Economia dependente, agroexportadora, destinada a atender à demanda europeia de produtos tropicais – índios escravizados flora e fauna, madeira de tinta, açúcar, algodão, ouro, prata e café – numa trágica premonição do Brasil de hoje, orgulhoso exportador de minérios, grãos, carne, frango, importador de ideias, ciência e tecnologia. E às voltas com o espectro da fome que ronda os lares de sua população pobre.