terça-feira, 20 de setembro de 2022
segunda-feira, 19 de setembro de 2022
A reta final da eleição das nossas vidas
Charge: Zepa |
A campanha eleitoral deste ano entra na sua reta final com fortes emoções e muita adrenalina. Daqui a duas semanas a sociedade brasileira definirá seu futuro entre a civilização e a barbárie, entre a democracia e o fascismo, entre a esperança e o medo. Esta será a eleição das nossas vidas.
Todas as pesquisas eleitorais apontam folgada vantagem do ex-presidente Lula, que tem sua liderança consolidada há 15 meses. Algumas sondagens inclusive não descartam a vitória já no primeiro turno - como a do Ipec divulgada nesta segunda-feira (19) que mostra o petista com 52% dos votos válidos. Basta uma pequena migração de votos de Ciro Gomes, por exemplo, para a fatura ser resolvida já em 2 de outubro.
Assistência social sofre cortes no Orçamento
Charge: Ulisses |
Uma longa reportagem da sucursal brasileira da britânica BBC, intitulada “‘Ela morreu após 10 horas na fila por benefício’: assistência social tem menor orçamento em uma década”, demonstra com números e depoimentos que o “capetão” Jair Bolsonaro não tem qualquer empatia com as camadas mais sofridas da sociedade.
Assinada pela repórter Thais Carrança, ela comprova que “o orçamento federal para manutenção de serviços como Cras, Creas e abrigos para crianças e mulheres diminuiu de cerca de R$ 3 bilhões em 2014, para R$ 1 bi nos últimos dois anos. Em 2023, valor poderá ser de apenas R$ 48 milhões, o menor em mais de uma década”.
domingo, 18 de setembro de 2022
Jefferson, Cunha e Magno Malta estão no alvo
Charge: Duke |
Três bolsonaristas raivosos seguem na berlinda. Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, fixou multa diária de R$ 10 mil e o reestabelecimento da prisão preventiva de Roberto Jefferson, dono do PTB, caso ele continue descumprindo as medidas cautelares da Justiça.
Em janeiro passado, o ministro do STF – que atualmente também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – aprovou a prisão domiciliar do patético “Bob” Jefferson, que é acusado de atacar as instituições democráticas e proferir discursos de ódio. Entre outras medidas, ele foi proibido de conceder entrevistas.
Mas, no início deste mês, o provocador voltou a desacatar as determinações do Judiciário e deu entrevista à emissora bolsonarista Jovem Pan News – também apelidada de Jovem Klan. Segundo Alexandre de Moraes, o criminoso reincidente também teria replicado informações falsas contra o Supremo.
Lula e a intervenção de militares na política
Curitiba, 17/9/22. Foto: Ricardo Stuckert |
Vale a pena recuperar as palavras de Lula no comício de Curitiba, sábado. Ele falou com clareza e sem nenhuma ambiguidade sobre um ponto fundamental da política brasileira - a pretensão de setores das Forças Armadas em tutelar a democracia brasileira, atitude que explica o esforço de interferir até na apuração dos votos da eleição presidencial.
- Não queremos as Forças Armadas se metendo nas eleições do nosso país, nem querendo controlar urna, disse Lula.
- Nós já lidamos com as Forças Armadas e as tratamos com muito respeito. E é preciso que alguns lá tratem a sociedade civil com respeito, porque nós sabemos de nós e não precisamos ser tutelados.
A referência de Lula aos governos do PT é instrutiva. Produto de uma das grandes lutas de massa do século XX - a campanha pelas diretas-já - a democratização do país após 20 anos de ditadura militar permitiu que o povo brasileiro recuperasse o direito de escolher o presidente da República em urna, com base numa Constituição que assegurou o mais amplo grau de liberdades públicas de nossa história, inclusive para a formação de partidos de trabalhadores e a construção de centrais sindicais, organizações vetadas pela legislações anteriores.
- Não queremos as Forças Armadas se metendo nas eleições do nosso país, nem querendo controlar urna, disse Lula.
- Nós já lidamos com as Forças Armadas e as tratamos com muito respeito. E é preciso que alguns lá tratem a sociedade civil com respeito, porque nós sabemos de nós e não precisamos ser tutelados.
A referência de Lula aos governos do PT é instrutiva. Produto de uma das grandes lutas de massa do século XX - a campanha pelas diretas-já - a democratização do país após 20 anos de ditadura militar permitiu que o povo brasileiro recuperasse o direito de escolher o presidente da República em urna, com base numa Constituição que assegurou o mais amplo grau de liberdades públicas de nossa história, inclusive para a formação de partidos de trabalhadores e a construção de centrais sindicais, organizações vetadas pela legislações anteriores.
Duas semanas contra a barbárie
Charge: Jorge o Mau |
Há pouco a comentar sobre qualidades, defeitos ou planos dos candidatos, numa eleição onde 80% dos votos estão consolidados.
Não é com isso que se definirá a única coisa que há por ser definida: se haverá ou não um segundo turno eleitoral.
Isso depende, agora, apenas da convicção de vitória que os dois principais candidatos vão conseguir dar às suas candidaturas.
A de Bolsonaro, podem reparar, assume no próprio candidato o discurso da “vitória em primeiro turno”, sem qualquer base nos fatos.
Corresponde, apenas, às desesperadas necessidades de manter aguerrido o núcleo de sua campanha.
A de Lula, ao contrário, de sinais inequívocos de força nos bem sucedidos comícios nas capitais da Região Sul, a que seria, segundo as pesquisas, a mais avessa à candidatura da oposição.
Isso precisa ser multiplicado nas capitais e nas regiões metropolitanas, para abafar a ofensiva bolsonarista que, sem nenhuma dúvida, virá nos dias finais.
Agro pagará caro pelo apoio a Bolsonaro
Charge: Ribs |
A recente e rigorosa decisão do Parlamento Europeu de proibir importações de produtos provenientes de áreas desmatadas ou degradadas é, em boa parte, fruto da desastrada política antiambiental do governo Bolsonaro.
Com efeito, mesmo antes de chegar ao poder, Bolsonaro deixou muito claro que se opunha à proteção ambiental e ao respeito aos direitos de nossos povos originários. Fez campanha defendendo os interesses mais retrógrados do agronegócio e recebeu forte apoio do setor.
Chegando ao Planalto, Bolsonaro e seu famigerado ministro antiambientalista, Ricardo Salles, “abriram a porteira para a boiada passar”, metafórica e literalmente.
Com efeito, em poucos meses, o governo Bolsonaro:
Com efeito, mesmo antes de chegar ao poder, Bolsonaro deixou muito claro que se opunha à proteção ambiental e ao respeito aos direitos de nossos povos originários. Fez campanha defendendo os interesses mais retrógrados do agronegócio e recebeu forte apoio do setor.
Chegando ao Planalto, Bolsonaro e seu famigerado ministro antiambientalista, Ricardo Salles, “abriram a porteira para a boiada passar”, metafórica e literalmente.
Com efeito, em poucos meses, o governo Bolsonaro:
O combate ao assédio eleitoral dos patrões
Dirigentes das centrais sindicais vão desenvolver uma ação conjunta com o Ministério Público do Trabalho (MPT) para ampliar o combate a práticas ilegais dos patrões contra os trabalhadores nos locais de trabalho, como assédio eleitoral. Outro objetivo comum é intensificar o enfrentamento ao trabalho infantil e ao análogo ao escravo.
Segundo informações do presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, esse compromisso é resultado da reunião realizada quinta-feira (15), entre as centrais sindicais e o procurador-geral do Ministério Público do Trabalho (MPT), José de Lima Ramos Pereira. Além de Araújo, participaram os presidentes da CUT, Sergio Nobre, da Força Sindical, Miguel Torres e da UGT, Ricardo Patah. O encontro foi em Brasília.
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