sexta-feira, 7 de outubro de 2022

A bancada da saúde dá guinada à direita

Charge: Clayton
Por Mário Scheffer, no site Viomundo:

A saúde no Brasil representa quase 10% do PIB e movimenta mais de R$ 711 bilhões por ano.

Por isso, qualquer medida tomada pelo Congresso Nacional sempre tem grandes consequências, desde a aprovação de maior ou menor orçamento do Ministério da Saúde até uma nova lei que favorece ou prejudica empresas do setor.

Fechada a apuração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a saúde no Legislativo federal, a partir de 2023, tenderá a repetir uma representação acanhada, fragmentada e paroquial.

Entre os parlamentares com origem ou passagem na área, eleitos pela primeira vez ou reconduzidos, há representantes corporativos de profissões, quem defende os direitos de pacientes com condições específicas, ocupantes de cargos do Executivo e políticos em mandatos longevos, que ao longo do tempo se tornaram distantes da saúde e mais próximos das burocracias partidárias.

Em 2023, estarão disponíveis R$ 19,6 bilhões para emendas parlamentares da saúde.

As pesquisas e o segundo turno

Charge: Mau
Por Bepe Damasco, em seu blog:

Não se compara o nível de complexidade estatística de uma pesquisa com pelo menos seis candidatos a serem levados minimamente a sério, como no primeiro turno, com a disputa se limitando a apenas dois.

Ficam para trás movimentações não captadas pelos institutos de pesquisa, como o voto do contingente bolsonarista dos eleitores de Simone Tebet e Ciro Gomes em Bolsonaro, justamente para evitar a vitória de Lula no primeiro turno.

Mas, e quanto ao outro fator que ajudou a mascarar a intenção de voto em Bolsonaro, que foi o “voto envergonhado?” Como quantificar os eleitores que, dada a péssima imagem pública do atual ocupante da presidência da República, respondem para o entrevistador que estão indecisos ou que pretendem votar nulo ou em branco?

Bolsonaro queria comer carne de indígena

As novas armas da guerra híbrida

A largada do segundo turno

O Brasil do passado e do futuro

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

A disputa é nas esferas da consciência

Foto: Ricardo Stuckert
Por Tarso Genro, no site da RED:

“Destruir toda diversidade, e até mesmo o conflito, em nome da uniformidade significa destruir a própria vida”, disse Isaiah Berlin, um dos mais poderosos filósofos conservadores do século passado. Diversidade, conflitos resolvidos dentro de regras legítimas e o oposto da uniformidade – a pluralidade política cultural – são condições da vida comum que, em determinados momentos da História, cansam os mais excluídos dos festejos que brilham no mercado. E cansam as pessoas que vivem nos limites, entre o desespero da fome e da solidão da pobreza, quando a parte da sociedade mais fragmentada pelas transformações na estrutura de classes e nas relações de poder das últimas décadas, se inclina a querer soluções rápidas e terminantes. Tudo para chegar a uma vida mais leve, mais suave e mais segura. Mas se não podes, todavia, desviar do monstro que rege tudo isso, te transforma nele. Esta transformação tem condutas para todos os gostos e tipos de moralidade, pois pode se expressar pelos novos partidos de aluguel no mercado da política, como pela subversão miliciana, autêntica ou falsificada, no fundamentalismo supostamente religioso.

Confiança, esperança e empenho

Charge: Pxeira
Por João Guilherme Vargas Netto


Em meu último texto fui breve porque as expectativas eram enormes. Agora também o serei porque os desafios são maiores.

Recuperada a unidade de ação eleitoral das direções das principais centrais sindicais a tarefa agora é uma só: ganhar os votos dos trabalhadores e das trabalhadoras para a vitória de Lula.

O campo de ação das direções sindicais deve ser prioritariamente (e eu diria, exclusivamente) o mundo do trabalho. Elas devem propor um plano de batalhas nas portas de fábricas, nos locais de trabalho, em assembleias e nas redes sociais, garantido pelos dirigentes e pelos ativistas sindicais e associado à ação sindical permanente, melhor em caso de vitórias e conquistas recentes.

Mídia passará pano para 'Bolsonaro canibal'?


 

Por Fernando Brito, em seu blog: 

Primeiro, devo dizer que é tão espantoso o conteúdo do vídeo de uma entrevista de Jair Bolsonaro, em 2016, ao correspondente do The New York Times, Simon Romero que, apesar de estar veiculado no canal do próprio atual presidente, quis checar antes de publicar.


E, embora o trecho em que Jair Bolsonaro se diz capaz de experimentar o canibalismo não tenha sido reproduzido no site do jornal norte-americano, a sua fala imediatamente anterior – igualmente asquerosa, na qual dizia que não fez sexo com mulheres haitianas miseráveis por “falta de higiene” e porque “não precisava” está transcrita no site, ainda hoje, isso indica que não se trata de montagem ou manipulação.

Jesus está com a direita ou com a esquerda?

Charge: Duke
Por Jair de Souza


No intuito de evitar sua derrota eleitoral, o bolsonarismo decidiu intensificar a guerra de caráter moral, religioso e cultural contra as forças populares que o estão encurralando.

Este fato colocou a quem atua no campo da esquerda um sério dilema: aceitar o desafio e travar o combate em cima da pauta religiosa e de costumes que nos é imposta, ou esquivar-nos da mesma para nos concentrar tão somente em questões relacionadas com a vida material real de nosso povo?

Para início de conversa, precisamos entender que a decisão sobre qual rumo tomar no que diz respeito a esta disjuntiva não depende exclusivamente de nós. Embora tenhamos franca preferência por nos ater às questões de cunho econômico, os bolsonaristas pensam de modo diferente. Portanto, ainda que nós não tragamos à tona os temas morais e religiosos, eles o trarão. E os embates serão inevitáveis.

Rodrigo Garcia não é tucano, ele é traíra!

Olha o risco que o país corre!

45 anos da invasão da PUC pela ditadura

Mais brasileiros votam no exterior

Lula recebe apoio de políticos do PSD

Carlos Lupi fala sobre o apoio do PDT a Lula

Bolsonarista lambedor de arma é preso

quarta-feira, 5 de outubro de 2022

Simone Tebet anuncia apoio a Lula

Reprodução
Por André Cintra, no site Vermelho:

Terceira colocada na disputa presidencial de 2022, a senadora Simone Tebet (MDB) declarou apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno da eleição. O anúncio, feito na tarde desta quarta-feira (5), em São Paulo, foi comemorado pela campanha do ex-presidente.

“Depositarei nele o meu voto porque reconheço nele o seu compromisso com a democracia e com a Constituição, o que desconheço no atual presidente (Jair Bolsonaro)”, afirmou. No primeiro turno, realizado no último domingo (2), a emedebista teve 4,9 milhões de votos e, de modo surpreendente, terminou à frente do ex-ministro Ciro Gomes (PDT).

Patrões apertam o assédio eleitoral

Charge: Mário/APESJF
Do site da Agência Sindical:

Na manhã de terça (4) chegava mensagem da deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS), pelo Twitter. Ela alertava: “A empresa Stara está avisando os fornecedores que demitirá parte de seus funcionários caso Lula ganhe no 2º turno. O dono é um dos principais doadores de Bolsonaro e já foi beneficiado com mais de R$ 2 bi pela sua gestão. Uma mão lava a outra e quem paga é o trabalhador! É crime!”

A parlamentar anexava carta da empresa, assinada por Fabio Augusto Bocasanta, diretor Administrativo e Financeiro - a Stara é S/A - “Indústria de Implementos Agrícolas”.

Lula e o Centro Includente

Charge: Benett

Por Luiz Gonzaga Belluzzo, no site da Rede Estação Democracia (RED):

Empolada em seu inglês dos tempos vitorianos, a revista The Economist desfia sabedorias a respeito das eleições brasileiras. A citação é um tanto longa, mas necessária:

“Lula continua sendo o favorito, até porque o senhor Bolsonaro repele muitos eleitores. Ele é um populista trumpiano, que mente tão facilmente quanto respira e imagina conspirações em todos os lugares. Ele não faz nenhum esforço para impedir a destruição da floresta amazônica. Sua manipulação de covid-19 foi vergonhosa. Seu círculo se sobrepõe ao crime organizado. Ele mina as instituições, desde a Suprema Corte até a própria democracia. Ele sugere que a única maneira de perder a eleição é se for fraudado, e que ele não aceitará nenhum resultado, exceto a vitória. Ele incita abertamente a violência. Em uma pesquisa recente, quase 70% dos brasileiros disseram temer danos físicos por causa de suas opiniões políticas.