segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Ultradireita avança na Itália e Suécia

Charge: Nardi/Voxeurop
Por Altamiro Borges

O crescimento da extrema-direita é um fenômeno mundial – não assusta somente no Brasil. Ele tem relação direta com a crise crônica do capitalismo, que aguça as deformações do sistema e evidencia as limitações das próprias instituições, entre outros fatores de risco. Na semana passada, mais dois países sentiram os perigos desse retrocesso – Itália e Suécia.

Na sexta-feira (14), a Itália elegeu um político homofóbico para chefiar a Câmara dos Deputados e um fã confesso do assassino Benito Mussolini para presidir o Senado. A escolha dos dois ultradireitistas sinaliza que o governo da neofascista Giorgia Meloni não terá nada de moderado – como a mídia monopolista vinha bravateando.

domingo, 16 de outubro de 2022

Ratinho do SBT apoia a quadrilha de Bolsonaro

Charge: Berzé
Por Altamiro Borges

E ainda tem gente que se ilude com o farsante Ratinho do SBT – emissora já apelidada de Sistema Bolsonarista de Televisão. Recentemente, ele chamou Lula de “encantador”, o que gerou falsas expectativas com o apresentador oportunista. Na semana passada, porém, ele foi flagrado fazendo campanha raivosa para o fascista no poder.

Segundo o site Metrópoles, ele participou de um almoço com empresários em Campo Grande e atacou, inclusive, a senadora Simone Tebet (MDB), do Mato Grosso do Sul, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno da eleição e agora apoia Lula. Com seu tom agressivo, de baixíssimo nível, ele esbravejou que “ela entrou para a quadrilha”.

Um petardo contra a mediocridade militar

Por Gilberto Maringoni

Acabo de receber um livraço, que põe a nu as concepções das Forças Armadas para o futuro do Brasil.

Trata-se de “Comentários a um delírio militarista”, organizado pelo historiador Manuel Domingos Neto, um dos maiores especialistas no assunto em nosso país.

O objeto da crítica é o documento intitulado “Projeto de Nação – o Brasil em 2035”, resultado de uma parceria entre um certo Instituto Sagres e entidades como o Instituto Federalista e o Instituto General Villas Boas (sim, o escroque autor do famoso tuíte ameaçando o STF, em 2018).

O tal trabalho, lançado com pompa e circunstância em maio último, é tido pela extrema-direita como a oitava maravilha do mundo. Trata-se de um arrazoado de 100 páginas, disponível na internet.

O vale-tudo da máquina bolsonarista

Charge: Toni
Por Jeferson Miola, em seu blog:


A eleição deste ano está marcada por um sem-fim de práticas ilícitas, corrupção, desvios, banditismo político, usos e abusos da máquina pública pelo candidato situacionista. É um verdadeiro vale-tudo criminoso do bolsonarismo.

O governo militar aparelhou o Estado para fins eleitorais como nunca antes visto. Aviões da FAB transportam políticos, fundamentalistas religiosos, militares e celebridades de extrema-direita de ponta a ponta do país para eventos da campanha eleitoral.

Instituições de Estado são instrumentalizadas para viabilizar objetivos ilegais do governo –como se deu, por exemplo, com a atuação do CADE [Conselho Administrativo de Defesa Econômica] na investida para intimidar os institutos de pesquisas.

Mistérios bolsonaristas na reta final

Charge: ArteVillar
Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:


Quando faltam duas semanas para a corrida definitiva de 150 milhões de eleitores às urnas, cabe reconhecer que o mapa eleitoral segue basicamente o mesmo, sem alterações significativas há um ano e dois meses.

Não custa reconhecer o fato fundamental, anterior ao início da própria campanha. Em 2018, através de uma magérrima maioria de 6 votos contra 5, o STF impediu a candidatura de Lula na campanha presidencial daquele ano - decisão estapafúrdia que, por razões que ninguém precisa explicar aqui, abriu caminho para a eleição de Bolsonaro no ano seguinte.

Não é de estranhar que, em 2021, quando a incurável natureza maligna do governo Bolsonaro já se tornara uma evidencia aos olhos da maioria dos brasileiros, os direitos políticos surrupiados de Lula tenham sido devolvidos pelo plenário do STF num ambiente de reparação, acrescentando um claro valor moral a campanha, em 2022.

A nova barbaridade de Bolsonaro

Por Fernando Brito, em seu blog:

A declaração de Jair Bolsonaro, em sua live de ontem, viralizou na Internet. Neste momento, “pintou um clima“.

“Bolsonaro pervertido” e “Bolsonaro pedófilo” estão nos trending tops do Twitter, por causa da declaração, em vídeo ao final do post.

“Eu parei a moto numa esquina, tirei o capacete e olhei umas menininhas, três, quatro, bonitas, de 14, 15 anos, arrumadinhas num sábado numa comunidade. E vi que eram meio parecidas. Pintou um clima, voltei. ‘Posso entrar na sua casa?’ Entrei.

Tinham umas 15, 20 meninas sábado de manhã se arrumando. Todas venezuelanas. E eu pergunto: meninas bonitinhas de 14, 15 anos se arrumando no sábado para que? Ganhar a vida. Você quer isso para a sua filha que está nos ouvindo agora?”

Lula e Bolsonaro: ascensão e queda

Complexo do Alemão, 12/10/22. Foto: Ricardo Stuckert
Por Frei Betto, em seu site:


As trajetórias de Lula e Bolsonaro já foram exaustivamente analisadas do ponto de vista político. Não conheço, porém, nenhuma análise do ponto de vista dos arquétipos literários. Suas biografias são pratos cheios para uma nação como o Brasil, onde a maioria do povo é pobre e confia na sorte (ou no milagre) para sair do buraco.

No estudo de obras literárias, há técnicas de garimpar textos e descobrir por que causam tanto impacto a leitores de sucessivas gerações. O professor Matthew Jockers, das universidades de Nebraska e Vermont, analisou inúmeros romances. Chegou a seis tipos de arquétipos que servem de base à elaboração de narrativas complexas: 1) Ascensão (da pobreza à riqueza ou de má a boa sorte); 2) Declínio (de bom a mau, tragédia); 3) Ícaro (ascensão e declínio); 4) Édipo (declínio, ascensão e declínio de novo); 5) Cinderela (ascensão, queda, ascensão); 6) Homem no buraco (queda e ascensão).

Bolsonaro e a menina de 14 anos

Quem foi Madame Satã?

sábado, 15 de outubro de 2022

Brasil cai no ranking de combate à corrupção

Os pastores contra a politização das igrejas

O que disse Jesus... e o que faz Bolsonaro

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