quinta-feira, 24 de novembro de 2022
Imprensa mundial alerta para golpe no Brasil
Charge: Serko |
Nos últimos dias, a imprensa internacional tem registrado que está em curso uma nova onda golpista no Brasil. O áudio vazado de Augusto Nardes, o ministro agrotroglodita do Tribunal de Contas da União (TCU), os relinchos do general Braga Netto e, principalmente, a ação do PL do vigarista Valdemar Costa Neto questionando 279 mil urnas eletrônicas serviram de alerta para o risco de golpe no país.
A agência de notícias Associated Press, por exemplo, relata que "Jair Bolsonaro contesta a derrota nas eleições e pede à autoridade eleitoral que anule os votos de mais da metade das urnas eletrônicas utilizadas” no segundo turno. Já a Reuters pondera que a choradeira de “Bolsonaro parece improvável de ir longe, já que a vitória de Lula foi ratificada pelo TSE e reconhecida pelos principais políticos do Brasil e aliados internacionais... Ainda assim, poderia alimentar um movimento de protesto pequeno”. E a agência Bloomberg, mais voltada aos abutres financeiros, destaca que a iniciativa do PL, partido do “capetão”, impacta negativamente o chamado mercado com a queda das ações brasileiras.
Carla Zambelli segue provocando o STF
Charge: Bacellar/Apoie o Bacellar (Artevismo de Esquerda) |
Após uma estranhíssima viagem de três semanas aos EUA, a deputada-pistoleira Carla Zambelli (PL-SP) voltou ao Brasil no último sábado. A imprensa só noticiou o “discreto” retorno nesta quarta-feira (23). Mas a parlamentar bolsonarista já voltou chutando o balde, convicta da sua total impunidade.
Em entrevista à Folha, ela ironizou a atuação de Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), contra as milícias bolsonaristas. “Voltei sem ser presa, olha só. Acho que o Alexandre não tem coragem de me prender”, provocou.
YouTube desmonetiza a mentirosa Jovem Pan
Charge: Daniel Paz |
Não está nada fácil a vida da rede Jovem Pan – também apelidada de Jovem Klan por suas posições de extrema-direita. Logo após a derrota do seu candidato nas eleições presidenciais, a emissora demitiu vários jagunços bolsonaristas – como Augusto Nunes, Guilherme Fiúza, Caio Copolla e Carla Cecato.
A manobra do empresário Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o famigerado Tutinha – sempre de olho na grana da publicidade governamental –, desagradou seu público fanatizado, que começou a hostilizar equipes da Jovem Pan pelas ruas. Agora, para piorar, o YouTube decidiu cortar a sua receita.
TSE condena PL a pagar 23 milhões por má-fé
O vigarista Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), tentou agradar o “capetão” Jair Bolsonaro e incitar os fanáticos que bloqueiam as estradas e acampam em quartéis, mas se deu mal. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nessa quarta-feira (23) aplicar uma multa de R$ 22.991.544,60 ao partido por má-fé no questionamento das urnas eletrônicas e do resultado da eleição presidencial.
quarta-feira, 23 de novembro de 2022
Valdemar Costa Neto dá gás a delírio golpista
Charge: Schröder/Jornalistas Livres |
O relatório que o PL apresentou ao TSE é tão inepto que, em si mesmo, nem mereceria atenção.
Começa com um nonsense: pede a anulação dos votos de 59% das urnas, mas reconhece que não há indícios de fraude.
Fundamenta-se numa mentira: diz que a ausência do número de série das urnas nos relatórios emitidos impede a identificação e a fiscalização delas, mas, na verdade, não impede.
E se revela como uma molecagem: Valdemar Costa Neto procurou ministros do STF e do TSE para dizer que não confia no relatório e só falou por pressão de Bolsonaro.
Um político de projeção nacional, o presidente de um dos maiores partidos do país, pode agir assim?
Bolsonaro cobra a conta dos últimos devedores
Charge: Bruno Struzani |
Bolsonaro empurrou muitos parceiros próximos e distantes para a missão suicida de propagarem o golpe, porque está cobrando contas.
Cobra do PL a conta por ter assegurado ao centrão a dinheirama secreta que financiou a eleição da maior bancada de direita e extrema direita do Congresso.
Cobra de empresários a conta por alguma proteção do governo a demandas nem sempre republicanas ou envolvendo crimes e ladroagens mesmo.
Cobra dos militares a conta que talvez seja a mais cara de todas, a dos 6 mil empregos a oficiais em troca da proteção e da tutela dos generais.
Os que insistiram em enviar recados e ameaças, incluindo pastores retardatários, mesmo depois do esgotamento do esforço pelo golpe, estavam mandando recibos a Bolsonaro: olha aqui o que estou fazendo por ti, mesmo que dê uma enorme confusão.
Cobra do PL a conta por ter assegurado ao centrão a dinheirama secreta que financiou a eleição da maior bancada de direita e extrema direita do Congresso.
Cobra de empresários a conta por alguma proteção do governo a demandas nem sempre republicanas ou envolvendo crimes e ladroagens mesmo.
Cobra dos militares a conta que talvez seja a mais cara de todas, a dos 6 mil empregos a oficiais em troca da proteção e da tutela dos generais.
Os que insistiram em enviar recados e ameaças, incluindo pastores retardatários, mesmo depois do esgotamento do esforço pelo golpe, estavam mandando recibos a Bolsonaro: olha aqui o que estou fazendo por ti, mesmo que dê uma enorme confusão.
É preciso deter a serpente já!
Charge: Aroeira |
Valdemar Costa Neto tem esperteza suficiente para saber que a bazófia de anular 59% das urnas é exigência tão sólida quanto fumaça.
Não prospera.
Por que faz esse mise-en-scène todo? Porque aderiu ao modus operandi bolsonarista: o importante é criar uma tensão por dia.
Queimaram pneus, desocupados foram para a frente dos quartéis e a República não caiu. Agora aparece a “prova definitiva” da fraude.
Amanhã surgirá outra lorota, semana que vem mais uma e assim por diante, até 1o. de janeiro.
O objetivo é bombar a adrenalina do gado para alguma baderna-monstro no dia da posse, algo irresponsável o suficiente para degenerar em violência solta.
Adeus às ilusões: o partido-mídia e a fome
Charge: Gary Zamchick |
Pensando nesses turbulentos dias.
Conjuntura já mudou, e muito.
Nada será como antes, sempre.
Muita água vai correr pra debaixo da ponte até a posse de Lula.
Parece, parece mesmo, já estarmos sob novo presidente.
Por tudo.
O anterior, resta a um canto, calado. Um general disse: ele voltará a falar já, já. Torcemos pelo silêncio.
Quando falei de mudança de conjuntura, pretendia, e pretendo, dizer um pouco de nossa mídia empresarial.
Mídia abre fogo de barragem contra Lula
Charge: Ares |
“A mídia nativa segue pautando a política nacional. Ninguém se iluda que esse poderio vai se alinhar a Lula. Não vai. Seus interesses são outros. Afinal, o cerne do projeto econômico bolsonarista é igual ao da mídia: um ultraneoliberalismo antipovo, antinacional e entreguista. Já agora, na cobertura dos primeiros dias da transição, a histeria e o alarmismo são a tônica, com editoriais furibundos tentando impor rumos ao país. Sem enfrentar o desafio de construir meios para difundir a sua visão de mundo, o governo Lula seguirá refém das empresas e vulnerável a manipulações, complôs e golpes. A história mostra que os embates tendem a se acirrar, e o risco de impeachment não pode ser descartado.”
Os três mosquiteiros do neoliberalismo
Foto: Ricardo Stuckert |
Em reação às lúcidas declarações de Lula, proferidas no Egito, alguns economistas, com solidíssima reputação neoliberal, endereçaram a ele uma carta aberta, defendendo o malfadado teto de gastos que nos inferniza desde o governo Temer – e até, pasmem os leitores mais inocentes, defendendo a apropriação, pelos bancos, das cordilheiras de juros transferidas pelo setor público (isto é, por todos nós).
Naturalmente, esses economistas, ao defenderem o teto de gastos e, ao mesmo tempo, a espoliação via juros da coletividade (isto é, do setor público), estão sendo perfeitamente coerentes. O teto de gastos existe, precisamente, para garantir a transferência eterna de bilhões, em juros, para os bancos. O que lhes incomoda, nas declarações de Lula, é, portanto, que o presidente eleito tocou nessa questão. Por isso, em sua carta, é o que eles pretendem negar.
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