Lula na celebração do Dia Internacional das Mulheres e anúncio de conjunto de ações. Foto: Ricardo Stuckert |
Enfrentando e derrotando uma tentativa de golpe logo de cara, o novo governo tem pouco mais de 60 dias e muitas realizações para mostrar. Mas me abstenho de detalhá-las, uma vez que não é o propósito deste artigo.
O meu ponto aqui é debater o açodamento de algumas críticas que leio e ouço ao governo partindo do campo progressista.
Abro um parênteses óbvio para destacar que em um governo de frente ampla o papel da esquerda e dos setores populares é mesmo o de pressionar pela adoção de suas propostas e projetos.
Contudo, é um equívoco perder de vista a correlação de forças presente na sociedade e no Congresso Nacional (o mais conservador de todos os tempos), marcada por uma extrema direita forte como nunca, tanto do ponto de vista eleitoral, como social e político.
Deparei dias atrás com um comentário preciso nas redes sociais, cuja autoria não lembro: “o senso comum no Brasil está impregnado de fascismo.”