sábado, 22 de abril de 2023
Operação Escola Segura prende 302 nazistas
Charge publicada no site O Convergente |
A onda de ódio e violência, que ganhou impulso com a necropolítica do fascista Jair Bolsonaro e encontrou terreno fértil nas redes digitais, adquiriu dimensões assustadoras. Nesta quinta-feira (20), o ministro da Justiça, Flávio Dino, fez um primeiro balanço da “Operação Escola Segura”, criada para apurar as ameaças a estabelecimentos de ensino após a tragédia de Blumenau (SC). Ele relatou que 302 pessoas já foram presas sob suspeita de orquestrarem ataques às escolas no país.
Zambelli e Flávio Rachadinha são multados
Charge: Niniu |
A vida dos bolsonaristas raivosos não está fácil. A margem da impunidade está diminuindo. Na terça-feira (18), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve a condenação imposta à deputada-pistoleira Carla Zambelli (PL-SP) e ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), vulgo Flávio Rachadinha, pela difusão nas redes sociais de fake news contra o presidente Lula.
sexta-feira, 21 de abril de 2023
Cartas de Lula ao militar
Charge: Angeli |
Em Curitiba, Lula disse não entender a indisposição dos militares consigo, já que havia atendido suas reivindicações.
Os pleitos eram cabíveis? Ajudariam a autonomia brasileira em Defesa? Atenuariam a hipertrofia da Força Terrestre? Ampliariam a capacidade aeronaval? Reduziriam a gastança com o funcionalismo fardado?
Era como se Lula dissesse: satisfiz e satisfarei vossas vontades! Custei a crer que, na cadeia, assinasse mais uma “Carta aos Brasileiros” direcionada ao militar.
Ao longo de sua trajetória, diversos compromissos deste teor foram assumidos de viés. Lula iniciou seu primeiro mandato sem dar rumos à Defesa. O ministro Viegas tentou abrir o debate, mas oficiais lotados em sua equipe definiam quem seria ouvido.
O golpismo em série e a CPI que virá
Charge: DesenhoLadino |
Graças ao esforço de Marcelo Auler, no calor dos acontecimentos de quarta-feira, envolvimento o GSI e a queda do general GDias, tivemos na TV 247 uma entrevista do professor Xico Teixeira, um dos maiores especialistas brasileiros em questões militares e geopolítica global. E, entre tantas coisa relevantes, ele nos falou de uma certeza sua: "continua havendo um golpe em curso no Brasil".
E recordava ele que estes útimos acontecimentos que afetaram o governo Lula e sua agenda político-parlamentar vieram na esteira do estrilo ocidental contra a viagem de Lula à China e suas declarações sobre a guerra na Ucrânia, coincidentes com a visita do chanceler russo Serguei Lavrov à América Latina. Embora Lavrov tenha visitado outros países da região, e por iniciativa própria, a mídia brasileira, ecoando a ocidental, fez crer que ele veio a Brasília como dileto convidado do governo Lula. Não foi assim.
Oportunidade de ouro para extinguir o GSI
Charge: Machado |
Muitos militares lotados no Gabinete de Segurança Institucional [GSI] ainda pelo general Augusto Heleno continuavam nos mesmos cargos durante a gestão do general Gonçalves Dias [GDias] quando aconteceram os atentados criminosos no 8 de janeiro.
A comprovação documental da cumplicidade desses militares com os criminosos que invadiram e depredaram o Palácio do Planalto oferece uma chance de ouro para o governo extinguir o GSI.
O GSI é um enclave conspirativo dos militares no centro do poder civil. Sua existência conflita com uma institucionalidade democrática e republicana.
Ainda na transição o governo Lula começou o esvaziamento do órgão, retirando dele atribuições relevantes. Primeiro, substituiu o GSI pela PF na segurança presidencial desde antes mesmo da posse. E, depois do 8 de janeiro, transferiu a ABIN para o comando da Casa Civil.
A comprovação documental da cumplicidade desses militares com os criminosos que invadiram e depredaram o Palácio do Planalto oferece uma chance de ouro para o governo extinguir o GSI.
O GSI é um enclave conspirativo dos militares no centro do poder civil. Sua existência conflita com uma institucionalidade democrática e republicana.
Ainda na transição o governo Lula começou o esvaziamento do órgão, retirando dele atribuições relevantes. Primeiro, substituiu o GSI pela PF na segurança presidencial desde antes mesmo da posse. E, depois do 8 de janeiro, transferiu a ABIN para o comando da Casa Civil.
O fascismo não será contido sem cadeia
Por Moisés Mendes, em seu blog:
Todos os que temem algum tipo de reação do fascismo a medidas drásticas de contenção de seus líderes, principalmente o encarceramento, devem se mirar no exemplo da Bolívia.
A foto acima, de terça-feira, é devastadora para a extrema direita boliviana. Foi divulgada, no que pode ter sido uma barbeiragem, pela assessoria do governador de Santa Cruz de la Sierra, Luis Fernando Camacho.
Camacho, o Bolsonaro boliviano, está preso desde dezembro do ano passado por ter sido o líder civil do golpe de 2019 contra Evo Morales.
Jornais estamparam a imagem na capa. O preso estaria voltando para a penitenciária de Chonchocoro, depois de sair para depor diante de um juiz de La Paz.
A cena seria comovente, se não fosse politicamente desastrosa. Uma mulher segura o suporte com um tubo de soro, ao lado do doente, que é medicado enquanto anda.
A foto acima, de terça-feira, é devastadora para a extrema direita boliviana. Foi divulgada, no que pode ter sido uma barbeiragem, pela assessoria do governador de Santa Cruz de la Sierra, Luis Fernando Camacho.
Camacho, o Bolsonaro boliviano, está preso desde dezembro do ano passado por ter sido o líder civil do golpe de 2019 contra Evo Morales.
Jornais estamparam a imagem na capa. O preso estaria voltando para a penitenciária de Chonchocoro, depois de sair para depor diante de um juiz de La Paz.
A cena seria comovente, se não fosse politicamente desastrosa. Uma mulher segura o suporte com um tubo de soro, ao lado do doente, que é medicado enquanto anda.
O Brasil e a disputa pela hegemonia global
Charge: Geuvar |
O ponto de partida de qualquer análise da chamada “guerra da Ucrânia” é a irrecusável evidência de que a antiga república soviética foi invadida pela potência vizinha e quase irmã e permanece há mais de um ano sob cerco militar. Sua integridade, de país reconhecido como soberano pela comunidade internacional, é ameaçada por anexações anunciadas ou efetivadas pelas tropas do Kremlin, que não pode ser apresentado como herdeiro da utopia socialista frustrada no solo russo, embora devam ser reconhecidos seus esforços na resistência ao imperialismo. Não se conhecem dados confiáveis sobre o número de vítimas de ambos os lados da fronteira, e ainda é cedo para o inventário da destruição no território ucraniano.
quinta-feira, 20 de abril de 2023
Com Cappelli, Lula desmonta arapuca do GSI
Charge: Lor |
E Lula fez do limão uma limonada…
Com a nomeação de uma pessoa de extrema confiança do ministro da Justiça, Flávio Dino, para comandar o Gabinete de Segurança Institucional, o governo começa a desmontar uma verdadeira arapuca militar com a qual os governos pós-ditadura tiveram de conviver no miolo de seu coração.
Para explicar é preciso relembrar um pouco da História. Criado em 13 de junho de 1964, o Serviço Nacional de Informações foi um dos maiores aparatos planetários de repressão.
Com a nomeação de uma pessoa de extrema confiança do ministro da Justiça, Flávio Dino, para comandar o Gabinete de Segurança Institucional, o governo começa a desmontar uma verdadeira arapuca militar com a qual os governos pós-ditadura tiveram de conviver no miolo de seu coração.
Para explicar é preciso relembrar um pouco da História. Criado em 13 de junho de 1964, o Serviço Nacional de Informações foi um dos maiores aparatos planetários de repressão.
Regular a mídia para combater a violência
Charge: Laerte |
A mídia patronal se acha onipotente, por isso faz o que bem entende. Sobre a disseminação de uma cultura do ódio e da violência, tem sido cúmplice, com o intento de combater governos de tendência popular. Seja no Brasil ou no exterior.
A violência no Brasil chegou a uma situação insustentável, inclusive com ataques a escolas e creches. E a cobertura midiática de eventos desse porte, invariavelmente é sensacionalista. Isso sem falar nos programas policialescos, ditos como jornalísticos, que tripudiam sobre a desgraça alheia. De uma forma geral, a mídia, em busca irresponsável de audiência, fatura com a desgraça dos outros, quase todas, todos e todes pobres.
Casa Branca cercada pelo terror
Casa Branca do Engenho Velho |
Vou falar de uma casa de santo das mais respeitadas do Brasil. Como do costume centenário do candomblé: peço licença aos mais velhos para usar da palavra. Começar do começo, dizer como fui provocado agora, não obstante minha relação com o terreiro seja antiga. O terreiro da Casa Branca do Engenho Velho realizou um encontro, com a presença do grupo “Samba pra rua”, dirigido pela professora Ana Flauzina, da Universidade Federal da Bahia, dia 25 de março, domingo. Noite alegre no terreiro. De paz.
Enfrentar a violência para defender a escola
Grafite de Banksy |
É preciso diferenciar as concepções de violência da escola, violência na escola e violência à escola. Após os alarmantes episódios de violência ocorridos dentro de escolas do País, bem como com o crescente número de ameaças (sejam ou não boatos) que se disseminam nas redes, sobretudo às vésperas do dia 20 de abril — aniversário de 24 anos do massacre de Columbine, nos Estados Unidos -, o que se tem chamado de “violência nas escolas” é, na verdade, violência às escolas. Contra as escolas.
Lula entre a Selic e o calabouço fiscal
Foto: Ricardo Stuckert |
Dentre as inúmeras aberrações que marcam o processo de tomada de decisões do Banco Central (BC) encontra-se a famosa pesquisa Focus. A cada nova segunda-feira, as páginas da instituição divulgam um relatório contendo as chamadas “expectativas de mercado” a respeito de algumas das variáveis mais relevantes para a conformação dos cenários macroeconômicos futuros. O “pequeno detalhe” é que os questionários elaborados pelo órgão responsável pela regulação e fiscalização do sistema financeiro só são respondidos por pouco mais de uma centena de pessoas. Trata-se de um seleto grupo escolhido a dedo, formado por dirigentes e integrantes do alto escalão de bancos e de empresas que atuam no financismo.
O Congresso mais desqualificado da história
Por Bepe Damasco, em seu blog:
Na segunda metade dos anos 80, depois de uma sessão repleta de baixarias, os repórteres reclamaram com o então presidente da Câmara dos Deputados, Ulisses Guimarães, do nível dos congressistas. O velho líder da oposição parlamentar ao regime militar respondeu de primeira: “Vocês ainda não viram nada, nem imaginam o que vem por aí.”
Embora tenha sido profético, o doutor Ulisses, decerto, não poderia imaginar o que estaria reservado para o parlamento brasileiro cerca de 35 anos mais tarde. Comparada com o nível rasteiro da Legislatura 2023/2026, a composição do Legislativo nos anos iniciais da redemocratização do país, quando Ulisses fez sua previsão pessimista, mais parecia uma Câmara dos Lordes britânica.
Na segunda metade dos anos 80, depois de uma sessão repleta de baixarias, os repórteres reclamaram com o então presidente da Câmara dos Deputados, Ulisses Guimarães, do nível dos congressistas. O velho líder da oposição parlamentar ao regime militar respondeu de primeira: “Vocês ainda não viram nada, nem imaginam o que vem por aí.”
Embora tenha sido profético, o doutor Ulisses, decerto, não poderia imaginar o que estaria reservado para o parlamento brasileiro cerca de 35 anos mais tarde. Comparada com o nível rasteiro da Legislatura 2023/2026, a composição do Legislativo nos anos iniciais da redemocratização do país, quando Ulisses fez sua previsão pessimista, mais parecia uma Câmara dos Lordes britânica.
Avanços fundamentais
Foto: Ricardo Stuckert |
De todas as fotos que nos chegaram da cobertura pela mídia grande e redes sociais da visita presidencial brasileira à China quero destacar uma por seu caráter singular, inaudito e relevante. A singularidade é sempre uma chave.
Refiro-me à foto em que aparecem, pela ordem da esquerda à direita, o presidente Lula, o presidente do sindicato dos metalúrgicos de São Bernardo Moisés Selerges, o presidente da Força Sindical Miguel Torres, o presidente Xi, o presidente da UGT Ricardo Patah, o presidente da CUT Sergio Nobre e o dirigente do MST João Pedro Stedile.
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