segunda-feira, 5 de junho de 2023

Remédio contra o ambiente digital insalubre

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé:

Se há 15 anos a Internet era uma promessa de um espaço democrático com ampla liberdade de expressão para grupos historicamente silenciados e oprimidos, em 2023 a realidade é diferente. Os abusos e a falta de transparência das plataformas digitais - as chamadas big techs - causaram estragos às democracias e à sociedade e, por isso, o debate sobre a regulação do setor ganhou força no mundo todo.

A reflexão deu a tônica de debate ocorrido nesta sexta-feira (2), em Salvador/BA, parte do Seminário ‘Os desafios da comunicação numa era de desinformação e ataques à democracia’, promovido pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé.

Igrejas evangélicas e lavagem de dinheiro

A purificação do Templo, 1600, El Greco
Por Romi Bencke, no site Observatório Evangélico:

No Evangelho de Mt 28.19,20: “Ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.”

Os dois versículos bíblicos acima são pilares para a ação evangelizadora e missionária de todas as igrejas, independentemente da confessionalidade, se católica romana, ortodoxa, reformada, evangélica, pentecostal ou neopentecostal. Ao longo da história do cristianismo ocidental estes dois versículos serviram de justificativa para múltiplas experiências contraditórias. Se, por um lado, a compreensão de fazer discípulos em todas as nações foi e segue sendo importante para a atualização permanente dos ensinamentos de Jesus Cristo, por outro, estes versículos representam a base política e religiosa das cruzadas e dos projetos colonialistas.

A urgência do debate sobre a comunicação

Tony Garcia e a máfia da Lava-Jato

Tony Garcia expõe crimes da Lava-Jato

Charge: Aroeira/Brasil 247
Por Luís Nassif, no Jornal GGN:


O depoimento de Tony Garcia a Joaquim de Carvalho, na TV 247, é a exposição mais nua e crua dos pecados da Lava Jato que se tem notícia. 

Tony era um playboy paranaense, que tentou fazer carreira política, e se colocou no caminho de Sérgio Moro quando se aproximou de Roberto Bertholdo, lobista que havia grampeado o próprio Moro.

Moro e os futuros procuradores da Lava Jato já trabalhavam em parceria bem antes. Preso, foi chantageado para grampear autoridades a mando de Moro e dos procuradores Carlos Fernando de Souza, Januário Paludo e Orlando Martello. Acompanhado de um agente da ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) indicava para o grupo quem e onde gravar. A equipe já dispunha do equipamento Guardião, para grampos.

Dallagnol foi a primeira vítima de Moro

Charge: Nani
Por Moisés Mendes, em seu blog:


Deltan Dallagnol está apenas na porta do inferno. Sabe que não chegou nem à sala de espera.

Sabe que Sergio Moro foi quem o levou a cometer delitos graves em Curitiba e a perder o mandato de deputado.

Sem Sergio Moro e sem o lavajatismo, é provável que Dallagnol fosse apenas um procurador da República interessado e prestativo.

E talvez não tivesse cometido nenhum dos desmandos dos quais é acusado, entre esses o de registar uma candidatura para escapar de investigações.

Dallagnol tinha 34 anos em 2014, quando a força-tarefa da Lava-Jato foi criada para caçar Lula.

Brasil não pode se curvar diante das big techs

Charge: David Parkins
Por Tatiana Carlotti, no site do Fórum-21:


Promovido pelo Centro de Mídia Barão de Itararé, com apoio do governo da Bahia, o seminário Os desafios da comunicação numa era de desinformação e ataques à democracia, ocorrido entre os dias 1 e 2 de junho, no Centro Operações Integradas (COI) do Centro Administrativo da Bahia, em Salvador, contou com a presença do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT-BA) e do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta.

O Brasil nas mãos do chantagista Arthur Lira

Lula dobra o Centrão na MP dos Ministérios

Lira vai ser julgado por corrupção passiva

Brasil desafia geopolítica dominada pelos EUA

domingo, 4 de junho de 2023

As prioridades da comunicação pública

Fake news e a regulação das plataformas

Conjuntura e luta de ideias na sociedade

Fortalecer comunicação é missão dos governos

Foto: Reprodução da transmissão ao vivo
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:


“Somos um país colonizado e, por isso, pagamos até hoje a conta de não termos tido autonomia para pensar e planejar nosso futuro. A comunicação é, seguramente, um dos caminhos que precisamos trilhar para superar esse problema”. A reflexão do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, marcou a abertura do Seminário ‘Os desafios da comunicação numa era de desinformação e ataques à democracia’, promovido pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, nesta quinta-feira (1), em Salvador/BA.

PL das fake news é vital para a democracia

Charge: Brian Britigan
Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

Na abertura de seminário sobre comunicação, ontem (1º) à noite, em Salvador, o titular da Secretaria da Comunicação (Secom), Paulo Pimenta, ressaltou a importância da aprovação do chamado PL das Fake News para o “futuro da democracia”. “Não podemos nos curvar ao chamado modelo de negócio das bigtechs“, afirmou Pimenta. Relatado pelo deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), o Projeto de Lei (PL) 2.630/2020 está em tramitação na Câmara.

Metas fiscais? Monetárias? E as sociais?

Ilustração: Erin Dwia/C40
Por Paulo Nogueira Batista Jr.


O Brasil tem metas para a inflação desde 1999. Acabamos de lançar metas para o resultado primário das contas públicas. Por que não teríamos, também, metas sociais? Por que só metas monetárias e fiscais? Eis a pergunta que não quer calar.

Se dependesse do mercado financeiro e dos economistas da mídia corporativa, os objetivos sociais, aceitos retoricamente como “importantes”, “relevantes”, “essenciais”, seriam estabelecidos de forma bem genérica, flexível e vaga. Em contraste com os monetários e fiscais, especificados com cuidado, detalhes e rigor, especialmente os fiscais. Na ausência dessas especificações, não haverá confiança na política econômica, asseguram os economistas ortodoxos, com ampla ressonância midiática. Já os objetivos sociais, vistos na prática como menos relevantes, podem ficar na esfera do meramente vago.

Mãos à obra no sindicalismo!

Ilustração do site Esk
Por João Guilherme Vargas Netto


No dia 5 de maio o Executivo enviou ao Congresso Nacional o projeto de lei da valorização do salário mínimo (PL 2385/2023) atendendo à reivindicação da Conclat-2022 e cumprindo a promessa do presidente Lula.

Todos sabemos o conteúdo deste projeto que retoma a política de valorização já testada e aprovada na economia e na sociedade corrigindo o salário pela inflação e pelo crescimento do PIB de dois anos passados, garantindo sempre o reajuste pela inflação se o crescimento do PIB for negativo.

Cabe agora ao governo, à sua articulação política e aos partidos da base encaminharem a discussão e a aprovação do projeto, enfrentando as dificuldades por ventura existentes em sua tramitação.

O golpismo, em marcha

Charge: Arnaldo Branco/Blog da KikaCastro
Por Roberto Amaral, em seu blog:


"Quando começo a pensar no próximo filme, meu desejo é realizar uma obra-prima, o filme dos filmes. Então as filmagens começam, surgem as primeiras dificuldades, e percebo que no máximo conseguirei fazer um bom filme. Ao final, são tantos os contratempos, empecilhos etc., que acabo me contentando em fazer um filme." - François Truffaut

A Realpolitik – o “realismo” governante do mundo e de nossas vidas –, desdenha do sonho para impor-se como a arte do possível. Assim a humanidade se organizou e chega aos nossos dias. Regida pelos ditos espíritos pragmáticos, entre os quais se encontram os vencedores, a política se faz servidora do império das circunstâncias, um arco conceitual que caminha da Terra ao infinito. Os tempos atuais parecem haver defenestrado a utopia. O visionário, o antecipador é expulso de cena. Quase sempre o “realismo” obriga o líder a adequar-se às condições objetivas, ou, nas palavras de Truffaut, render-se às dificuldades, aos contratempos aos empecilhos para, impedido de vencer, pelo menos não perder, o que já seria um “ganho”. Sonhando em escalar o topo, o líder pode, vencido pelas circunstâncias, conformar-se no repouso do sopé. São correções de rota, revisão de objetivos e, fundamentalmente, composição de interesses visando à tomada ou conservação do poder, quase sempre em novos modos e novas medidas. Assim, a Nova República, na regência de José Sarney, compõe-se com o regime decaído e enseja a preeminência militar na reconstrução civil.