segunda-feira, 3 de julho de 2023
domingo, 2 de julho de 2023
Sleeping Giants derrota a Jovem Pan
Sleeping Giants e a campanha #DesmonetizaJovemPan |
A derrota de Jair Bolsonaro – nas urnas e nas suas várias orquestrações golpistas – pode custar muito caro para a Jovem Pan, que se constituiu na principal emissora chapa-branca do fascismo nativo no período recente. Nos últimos dias, ela sofreu mais dois graves reveses. A Jovem Klan – como também é chamada por sua linha editorial de extrema-direita – corre o sério risco de ver minguar os seus recursos financeiros e, pior ainda, de ter cassada a sua outorga para a exploração de concessões públicas de radiodifusão.
Inelegibilidade é pouco por crimes cometidos
Charge: Aroeira |
A inelegibilidade de Bolsonaro é importantíssima; fundamental. Qualquer decisão diferente do TSE representaria a morte da justiça e da legalidade.
A punição eleitoral de Bolsonaro é um requerimento democrático essencial devido aos ilícitos cometidos no encontro com missões diplomáticas estrangeiras no Palácio do Alvorada. Aliás, Bolsonaro coleciona outros crimes eleitorais, pelos quais ainda deverá responder.
Na realidade, o TSE já deveria ter tornado Bolsonaro inelegível em 19 de julho de 2022, dia seguinte ao do evento em que ele espezinhou a soberania popular perante o olhar estupefato de representantes de vários países do mundo.
A punição eleitoral de Bolsonaro é um requerimento democrático essencial devido aos ilícitos cometidos no encontro com missões diplomáticas estrangeiras no Palácio do Alvorada. Aliás, Bolsonaro coleciona outros crimes eleitorais, pelos quais ainda deverá responder.
Na realidade, o TSE já deveria ter tornado Bolsonaro inelegível em 19 de julho de 2022, dia seguinte ao do evento em que ele espezinhou a soberania popular perante o olhar estupefato de representantes de vários países do mundo.
A liderança de Lula esboça um projeto
Foto: Ricardo Stuckert |
“Podemos estar assistindo à emergência de um líder, oriundo do Sul, que acende esperanças em escala global. Lula está se tornando um ícone dos que demandam uma nova ordem. Nunca houve isso antes. É desconcertante para os que querem continuar mandando em tudo.” - Manuel Domingos Neto, autor de O que fazer com o militar (anotações para uma nova defesa nacional).
A chamada classe-dominante – os herdeiros da casa-grande – não consulta sua história (de que não tem memória) e se recusa a olhar para o futuro. É o aqui e o agora da mediocridade e do atraso. Não há de ser fruto do acaso estarmos, nos primeiros anos da terceira década do terceiro milênio, patinando na periferia do capitalismo. E mesmo no capitalismo permanecemos órfãos de um projeto de sociedade e país. Desde sempre carecemos de pioneiros, de visionários, aqueles que se recusam a aceitar o statu quo como um determinismo, uma fatalidade ou desígnio divino, e se devotam, muitos a vida toda, a intervir na realidade, visando a transformá-la, confrontando os riscos da incerteza, o outro lado da acomodação histórica que nos caracteriza. Ao contrário, criamo-nos e formamo-nos sob o signo da dependência ideológica, a marca colonial que presidiu o império e chega à República dos nossos dias. Caminhávamos e caminhamos no contrapelo daquelas sociedades que puderam construir seu destino, ousando mesmo a aventura do desconhecido.
A libertação da direita
Charge: Toni |
Pouco antes de saber do desfecho do julgamento no TSE, Bolsonaro tentou ser magnânimo e modesto ao mesmo tempo e largou essa sobre a sua condenação: “Não é o fim da direita”.
Ele está certo. O que acontece é o contrário, é a libertação da direita. Desde Fernando Henrique Cardoso, há mais de duas décadas, a direita brasileira não tem pai nem mãe.
Bolsonaro foi um encosto, uma gambiarra ou um padrasto para o que ainda se pode chamar de conservadorismo, mas chegou ao fim.
A direita brasileira, em suas muitas configurações, está finalmente livre de uma das mais grotescas improvisações das democracias.
Poucos países têm uma aberração similar. Mas nenhum dispõe de uma figura que tenha chegado ao poder como Bolsonaro chegou. Nenhum experimentou tal nível de perversão.
Lula, democracia relativa e luta de classes
Foto: Ricardo Stuckert |
Estão causando furor entre os representantes da mídia corporativa (proprietários e serviçais) as recentes declarações sobre a democracia feitas por Lula durante uma entrevista dada à Rádio Guaíba, de Porto Alegre.
Ao se referir à Venezuela e dizer que a democracia é uma questão relativa, Lula transgrediu os limites que os controladores dos meios de comunicação capitalistas traçaram com o objetivo de isolar o regime venezuelano e impedir sua sobrevivência. Com isso, estão colocando em prática um plano semelhante ao que já vêm aplicando contra Cuba há mais de 60 anos.
Em primeiro lugar, gostaria de esclarecer que, do ponto de vista de quem defende os postulados do grande capital sediado nos centros imperialistas do planeta, assim como para os que lhes são associados nos países periféricos, o significado que as forças chavistas vem atribuindo à democracia na Venezuela realmente representa um mau exemplo e, por isso, deveria ser extirpado o mais rapidamente possível.
sábado, 1 de julho de 2023
sexta-feira, 30 de junho de 2023
A autonomia do BC e as metas da inflação
Charge: J.Bosco/O Liberal |
Volto à questão do Banco Central, paciente leitor ou leitora. Conto com a sua paciência, característica talvez tipicamente brasileiro. Volto ao Banco Central porque o problema que ele representa se vê seriamente agravado pela teimosia do seu presidente, que insiste em manter os juros na lua e demora a sinalizar o início da sua redução, já tardia, ridiculamente tardia, uma vez que os diversos indicadores relevantes a justificam cada vez mais claramente. Mas não quero falar hoje da conjuntura da política monetária brasileira, e sim do pano de fundo, isto é, de questões estratégicas que, embora nem sempre explicitadas, permeiam o debate sobre moeda e juros, não só no Brasil, como em outros países.
Duas sugestões para o Ministério do Trabalho
Charge do site Metabase |
A grande tarefa do ministro Marinho e de sua equipe é a de revitalizar o Ministério do Trabalho, extinto, recriado e destroçado pelo governo Bolsonaro.
Assim como na Revolução de 30, o ministério deve ter atualmente um papel central, reestruturado orçamentária e funcionalmente.
O movimento sindical dos trabalhadores apoia estes esforços, fazendo deles uma exigência e participando com empenho nos diversos conselhos criados, reforçando as fiscalizações e as superintendências.
Interessa aos trabalhadores, aos empresários e ao governo um ministério forte, dentro dos ditames constitucionais, civilizatório e indutor de relações do trabalho justas e democráticas em um contexto de desenvolvimento econômico e superação das dificuldades.
A sindicalização entre os jovens
Charge do site SindiSaúde |
Sindicalização é uma ação permanente e parte do trabalho de base e cotidiano de dirigentes e ativistas sindicais. Em artigo anterior sistematizei argumentos que abordam a queda na densidade sindical, usando como base um amplo estudo realizado nos países da OCDE. Neste artigo tratarei da sindicalização entre os jovens.
São permanentes os desafios para a sindicalização em todas as faixas etárias, requerendo inovações nas estratégias que buscam abordar as trabalhadoras e os trabalhadores para participarem de atividades e aderirem voluntariamente ao sindicato, ampliando dessa forma a representatividade, a representação e de cobertura sindical.
Juros baixos para a economia crescer
Foto do site Mídia Ninja |
A grande tarefa política atual para os movimentos sociais é lutar pelo êxito do governo Lula em sua enorme tarefa de reconstrução e transformação nacional. Essa tarefa está associada a uma outra de grande importância: isolar e derrotar a extrema-direita.
Para isso, a continuidade da frente ampla que elegeu o governo Lula é essencial. Gostando ou não gostando, o fato é que a conquista de uma base estável no Congresso, imprescindível para assegurar a governabilidade, exige alianças amplas.
Mas a maioria no parlamento é apenas parte da solução dos problemas. Uma outra questão fundamental é conquistar apoio forte na sociedade, sem o qual não se consegue impulsionar as mudanças progressistas e impedir retrocessos.
Neste capítulo, os movimentos sociais jogam importante papel, distinto dos papeis dos partidos e do governo. Os movimentos sociais devem procurar interpretar as aspirações populares e servirem de veículos para suas reivindicações.
O asqueroso racista Gustavo Gayer ficará impune?
Grafite: Gorayeb |
Nesta quarta-feira (28), a deputada Duda Salabert (PDT-MG) anunciou que vai pedir a cassação do bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO) ao Conselho de Ética da Câmara Federal. Em entrevista ao podcast “Três irmãos”, o asqueroso parlamentar goiano criticou a “falta de capacidade cognitiva” dos africanos e também chamou os brasileiros de “burros”, com baixo QI, por eleger Lula presidente. “A Câmara não pode ser espaço para racista. Ele deveria ser preso, além de perder o mandato”, justificou a pedetista.
Assinar:
Postagens (Atom)