domingo, 11 de fevereiro de 2024

Malafaia chama líderes evangélicos de cagões

Ilustração: Johnny Brito/Jacobin
Por Altamiro Borges


A operação da Polícia Federal “Tempus Veritatis” (Tempo da Verdade), que atingiu o coração do bolsonarismo na semana passada, deixou o pastor-ricaço Silas Malafaia totalmente endemoniado, possuído. Talvez não haja exorcismo que o cure! Indignado com o silêncio de outros líderes evangélicos diante da ação policial contra Jair Bolsonaro e seus milicianos –, o dono da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo esbravejou em entrevista à Folha chamando-os de “um bando de covardes e cagões históricos”.

Bolsonaristas apanham nas redes sociais

Charge: Adnael
Por Altamiro Borges


Dados coletados e analisados pela consultoria Quaest mostram que Jair Bolsonaro e suas milícias levaram uma surra também nas redes sociais na quinta-feira (8), data histórica da deflagração da operação da Polícia Federal contra o “núcleo político” das tentativas golpistas no país. No computo geral, o ex-presidente foi criticado em 58% das postagens que trataram da ação que cumpriu quatro mandados de prisão e 33 de busca e apreensão. Outras 42% defenderam o golpista na internet, um campo que sempre foi hegemonizado pela extrema direita.

Bolsonaro leva mais uma multa do TSE

Charge: Thiago
Por Altamiro Borges


Jair Bolsonaro levou duas porradas na semana passada. Por isso, o todo metido a valentão está tão chorão, no maior mimimi vitimista, jurando que é alvo de perseguição política. Além da visita da Polícia Federal na operação “Tempus Veritatis” (Tempo da Verdade), que reteve o seu passaporte para evitar possível fuga e o proibiu de conspirar com seus aliados golpistas, o “capetão” também foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a pagar uma multa de R$ 15 mil por difusão de fake news contra o presidente Lula.

"Tempus Veritatis" sepulta de vez a Lava Jato

Charge: CrisVector
Por Bepe Damasco, em seu blog:


A operação "Tempus Veritatis", que expôs ao Brasil uma enorme gama de evidências, indícios robustos de prova e provas materiais em profusão contra Bolsonaro e seus formuladores e operadores golpistas, também teve como efeito colateral sepultar de vez os restos mortais da Lava Jato.

Nem é preciso ser da área do direito para perceber a diferença gritante de métodos entre o que se vê hoje no Brasil e o que ocorria em passado recente, quando a violação de direitos era aplaudida por amplos setores da sociedade.

A polícia judiciária atual segue o manual básico do estado de direito democrático, que é usar delações, como a do tenente-coronel Mauro Cid, como ponto de partida. Coisa bem simples: a partir do conteúdo da delação, os investigadores entram em campo para corroborar ou não, através da obtenção de provas, a veracidade da colaboração.

Forças Armadas e preservação das corporações

Charge: Aroeira/247
Por Manuel Domingos Neto, no site Viomundo

As operações de busca e apreensão na residência de generais próximos de Bolsonaro e a prisão de dois oficiais superiores deixou confiantes os que prezam a democracia.

Quem grita, “sem anistia”, sentiu-se contemplado. Muitos salientaram tratar-se de momento histórico sem precedentes e aplaudem a coragem do ministro Alexandre de Moraes.

A maioria aceita a ideia de que a democracia venceu. Nestes tempos obscuros, é bom demais ter algo de relevante a comemorar.

Mas, caberia pensar… ao acatar decisões judiciais desta monta, as corporações, profundamente envolvidas em manobras antidemocráticas nos últimos anos, não passam a falsa noção de que, repentinamente, em lance histórico inédito, assumem seriamente a institucionalidade do jogo democrático?

Um degrau da responsabilização dos militares

Charge: Miguel Paiva/247
Por Jeferson Miola, em seu blog:

O 8 de fevereiro de 2024 é um dia muito significativo; representa um marco histórico para se avançar na apuração do envolvimento central e estratégico das cúpulas militares com os atentados contra a democracia.

Não é nada trivial 16 oficiais das Forças Armadas, dentre eles quatro generais do Exército e um almirante da Marinha, serem processados criminalmente por integrarem a organização criminosa que atacou as instituições da República, o sistema eleitoral e promoveu tentativas de golpe de Estado e de abolição violenta do Estado de Direito.

A operação da PF significa um avanço relevante, mas ainda é preciso subir mais degraus da escada para alcançar, também, as cúpulas militares e a institucionalidade militar comprovadamente implicadas com os movimentos golpistas.

A hora certa para prender Bolsonaro

Charge: Bruno Struzani/Desenholadino
Por Moisés Mendes, em seu blog:

O duelo agora é entre os que querem e os que não querem a prisão imediata de Bolsonaro. Mas entre o querer e o não querer, está o tempo calibrado por Alexandre de Moraes.

Moraes não errou o tempo de quase nada até agora, no cerco aos golpistas. Todas as decisões tomadas, que liberam a Polícia Federal para agir, tiveram resultados inquestionáveis.

Juristas alinhados com o legalismo de direita entendem que Moraes exagera em algumas decisões, como a que impede que advogados de alvos da operação Tempus Veritatis conversem entre si.

Pesquise e tente encontrar alguma manifestação desses mesmos juristas sobre os desmandos de Sergio Moro e Deltan Dallagnol na Lava-Jato, cometidos não só contra Lula.

Eles também questionaram a prisão de Valdemar Costa Neto, depois transformada em preventiva e finalmente revisada nesse sábado, com a concessão de liberdade provisória.

Lula e a extorsão da casa grande

Foto: Ricardo Stuckert
Por Roberto Amaral, em seu blog:


Simplifica o raciocínio, mas permanece distante da raiz da crise reduzir o ‘conflito do Congresso com o Executivo’ à ação rapineira do presidente da Câmara dos Deputados, chantageando o governo Lula todos os santos dias. Sua estratégia é amplificar tensões para acumular prebendas, que vão, do assalto à governança, à acumulação de recursos amputados do erário; mais recursos para parlamentares em ano eleitoral distribuir em seus rincões, o velho e cediço tráfico de influência mediando cargos e verbas públicas.

Mas ao tomar a si o virtual comando do Orçamento, e assim esvaziar a presidência da república, a operação do presidente da Câmara dos Deputados simplesmente atende a uma demanda da classe dominante.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Ainda com passaporte, Micheque vai aos EUA

Charge: Spacca
Por Altamiro Borges


O site Metrópoles revelou na quinta-feira (8) que “a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro embarcará, nos próximos dias, para os Estados Unidos, onde fará uma turnê por igrejas evangélicas ao lado da ex-ministra e atual senadora Damares Alves (Republicanos-DF). A viagem já estava marcada e anunciada publicamente antes da operação da Polícia Federal que mirou Jair Bolsonaro e auxiliares do ex-presidente da República... À coluna, Damares afirmou que, mesmo após a operação, a viagem está mantida. “Claro. São várias igrejas nos esperando’”.

Generais Braga Netto e Heleno serão presos?

Europa e Israel: irmanados pelo colonialismo

Milhares de pessoas em Istambul manifestam apoio ao povo
palestino. Foto: Assessoria de Imprensa da Presidência da Turquia 
Por Jair de Souza

Nestas últimas semanas, as ruas das capitais europeias vêm sendo ocupadas por milhões de pessoas em aguerridas manifestações de protesto contra os crimes de genocídio que o sionista Estado de Israel está cometendo contra o povo palestino, em especial contra o extermínio de crianças e mulheres na Faixa de Gaza.

Não obstante o mencionado, as autoridades políticas, as esportivas e as do mundo das artes parecem caminhar num sentido diametralmente oposto.

É intrigante constatar que, embora esteja localizado inteiramente fora do espaço geográfico da Europa, o Estado de Israel costuma ser regularmente incluído entre as nações participantes de várias competições esportivas, assim como de eventos artísticos que, teoricamente, são programados e pensados para os países europeus.

Foram duas as tentativas de golpe

Charge: Latuff/247
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


A Operação Tempus Veritati, realizada nesta segunda-feira pela PF, permite a compreensão de que foram duas as tentativas de golpe de Estado para burlar o resultado da eleição presidencial e manter Bolsonaro no poder.

As investigações revelam que Bolsonaro planejou um golpe com uso de tropas militares antes da posse de Lula, que o manteria no governo, prenderia ministros do STF e o presidente do Congresso e marcaria novas eleições presidenciais.

Como este golpe não aconteceu, em 8 de janeiro houve uma tentativa desesperada de realizá-lo, já com Lula empossado e Bolsonaro nos Estados Unidos, forçando a adoção de uma GLO com a invasão das sedes dos três poderes e o vandalismo generalizado que chocou o país. Esta, poderíamos dizer, foi a farsa do golpe original que não se concretizou.

PF funga no cangote de generais golpistas

Charge: Aroeira/247
Por Emiliano José, no site Pátria Latina:

E pur si muove.

Não se tem certeza dessa frase de Galileu Galilei, dita logo após ele ter renegado frente à Inquisição a visão heliocêntrica do mundo.

Verdade ou não, ela me veio à mente, nesse dia.

A terra se move, e pur si muove.

Penso ser um dia histórico, embora devamos ter cuidados quanto às reais consequências das decisões oriundas da Justiça.

Vamos, no entanto, celebrar.

Não creio ter sabido, em nossa história, de investida como essa.