domingo, 24 de março de 2024

Experiência genocida do sionismo israelense

Ilustração: Palestine Art & Architecture
Por Jair de Souza

É comum que nos deparemos com certas pessoas que, embora continuem simpáticas ao sionismo e ao Estado de Israel, não conseguem evitar uma sensação de vergonha e peso na consciência ao tomar conhecimento do monstruoso genocídio que os sionistas israelenses estão cometendo contra o povo palestino neste exato momento.

O pior de tudo para essas pessoas é que, diferentemente das situações imperantes em outros genocídios conhecidos da história, o genocídio atual chega a nossos olhos em tempo quase real, com abundância de imagens em fotos e vídeos que não deixam margem para dúvidas quanto ao horror que significam. Portanto, torna-se quase impossível não reconhecer a crueldade, a perversidade e a covardia dos agentes ativos do genocídio de agora. E estes, para desespero de alguns, não são outros que os responsáveis pela política do Estado de Israel.

Mauro Cid volta a falhar como mandalete

Charge: Schröder
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Aconteceu o que até o estagiário do gabinete do golpe poderia prever. Mauro Cid caiu na armadilha de advogados e ex-chefes que tentaram usá-lo para confundir o cerco da Polícia Federal e de Alexandre de Moraes.

Cid está preso de novo, depois de espalhar gravações com acusações à PF e ataques ao ministro do Supremo. É um sujeito fragilizado e ainda sob o comando dos que o usaram como mandalete no Palácio do Planalto.

O que Mauro Cid poderia ganhar, ao dizer que sua delação havia sido manipulada pela Polícia Federal, porque os interrogadores o obrigaram a confirmar o que seria uma narrativa?

O que ele ganharia estendendo os ataques a Alexandre de Moraes, apontado como autoritário e fabricante de sentenças prontas?

Faltou alguém que o alertasse de que ele não ganharia nada. Que estava apenas fazendo o trabalho sujo de tentar embaralhar as investigações e colocar as informações das delações sob suspeita.

Os 60 anos do golpe e o recuo de Lula

Charge: Latuff
Por Roberto Amaral, em seu blog:


Ensina a história: quando o líder não pode avançar, o recuo é inevitável. Se não dispuser de engenho e arte, matéria-prima escassa, logo se verá envolvido pela estratégia do adversário. Assim na arte da guerra, assim na política. Lênin aconselhava dar um passo atrás para poder dar dois à frente. Era o recuo tático. Mas há políticos que dão dois passos atrás e só um à frente. Napoleão conheceu a derrota quando mais avançava no território russo, pois não se dera conta de que era o general Kutuzov, comandante do exército do Czar, na defensiva, quem de fato conduzia as tropas invasoras. Para o desastre, evidentemente. Getúlio Vargas, conservador e dialeta, fez de seu último recuo uma operação tática de avanço que ainda hoje é referência para historiadores e políticos. De quebra, adiou por dez anos o golpe que afinal veio em1964. João Goulart confiava haver composto com os militares uma boa convivência quando aceitou a emenda parlamentarista e assim legitimou o golpe de 1961.

sexta-feira, 22 de março de 2024

Bobagens sobre a eleição de Putin

Vladimir Putin, Praça Vermelha em Moscou, 18/3/24.
Foto: Yuri Gripas
Por Marcelo Zero, no site Viomundo:


O chamado Ocidente não gostou nada dos resultados das eleições russas.

A grande vitória de Putin, com cerca de 87% dos votos, provocou profundo desagrado e uma inundação de “denúncias” sobre “fraudes” no pleito, “impedimento ilegal de concorrentes”, ambiente “ditatorial”, “intimidação de eleitores” etc.

Enfim, para a maioria dos governos europeus e os EUA, tudo não passou de uma “grande farsa”.

Bom, não foram apresentadas reais evidências empíricas para acusações tão graves, além das alegações de que o governo Putin teria “mandado matar Navalny”, o principal opositor russo, e impedido outras lideranças de participar no pleito.

Entretanto, o que as lideranças ocidentais e a grande mídia do Ocidente não revelam é que Putin, independentemente de quaisquer outras considerações, sempre foi um líder muito popular na Rússia.

A teologia do domínio

Judeus da Torá estão ao lado do povo palestino
Por Leonardo Boff, no site Brasil-247:


Está sendo discutido entre analistas políticos a passagem, no seio de grupos neopentecostais, em grande parte bolsonaristas, da teologia da prosperidade para a teologia do domínio.

Estimo que o atual conflito entre o Estado sionista de Israel e a Faixa de Gaza com características de carnificina e até de genocídio de palestinos tenha reforçado no Brasil esta passagem.

Sabe-se já há muito tempo que Benjamin Netanyahu é um sionista radical de extrema direita que expressou seu projeto de restaurar Israel nas dimensões que possuía, no seu auge, no tempo de Davi e de Salomão. Daí seu apoio irrestrito de expulsão e colonização de territórios da Cisjordânia, de população árabe muçulmana.

A teologia do domínio ou o dominionismo nasceu nos EUA por volta dos anos 1970 num contexto do reconstrucionismo cristão calvinista. Como é sabido Calvino no século XVI instaurara em Genebra um governo religioso extremamente rigoroso e violento até com pena de morte. Seria um modelo para o mundo todo.

Divórcio antes do casamento

Charge: Fraga
Por João Guilherme Vargas Netto


Para enfrentar e vencer o mosquito transmissor da dengue e superar o grave surto da doença os brasileiros, mais uma vez, se apoiam no SUS que lhes garante vacinação, testes, atendimento e ajuda na erradicação dos focos e controle do ambiente.

A criação do SUS, consagrado nos artigos 198, 199 e 200 da Constituição foi resultado de uma luta feroz do Partido da Saúde, primeiro contra a catastrófica situação sanitária e os escândalos a ela associados nas décadas de 70 e 80 do século passado e depois na própria Constituinte.

Com exceção dos sindicatos diretamente ligados às ações de saúde e dos sindicatos de servidores, em vários níveis, o movimento sindical dos trabalhadores como um todo, representado pelas confederações e centrais sindicais da época, pouco participou desta luta, melhor dizendo, foi ausente, confirmando o divórcio sem ter havido o casamento.

A luta das mulheres e a cobertura da mídia

É democrático cassar concessões de rádio e TV?

Israel mata crianças com bombas e fome

Lula não pode temer o militar

Cid volta para cadeia por áudios vazados

O desmonte da cultura em São Paulo

Por que Lula teme melindrar os militares?

Militares na PF e os heróis de ocasião

Mauro Cid é preso após depoimento ao STF

A conciliação de Lula com os militares

terça-feira, 19 de março de 2024

Michelle silencia sobre agressão de Zé Trovão


Por Altamiro Borges


Até agora, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que está em plena atividade para disputar algum cargo nas próximas eleições, não se pronunciou sobre a agressão sofrida pela ex-esposa do deputado Zé Trovão (PL-SC). Segundo postagem do site Metrópoles, Jéssica Veiga enviou requerimento à presidenta nacional do PL-Mulher solicitando apoio em sua denúncia contra o troglodita com base na Lei Maria da Penha. Mas a comparsa do “capetão” – também apelidada de Micheque ou Mijoias – preferiu o silêncio cúmplice.

No requerimento, a vítima afirma que foi sabotada, dentro do partido, por denunciar o violento deputado. “Jéssica cobra sua recondução à presidência do PL-Mulher no município de Joinville (SC). Ela foi destituída do cargo após pedido de Zé Trovão... Até o momento, passados três meses da primeira denúncia de agressão contra Zé Trovão, feita por outra ex-companheira dele, Michelle ainda não se manifestou sobre os casos”, descreve o site. Ela não pode alegar desconhecimento – como fez no caso das joias sauditas.

Tarcísio, Caiado e o carniceiro de Israel

Charge: Latuff
Por Altamiro Borges


Enquanto os governadores bolsonaristas Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) visitam o carniceiro Benjamin Netanyahu, organismos internacionais voltam a alertar sobre a tragédia humanitária provocada pelo Estado sionista de Israel na Faixa de Gaza. Nesta segunda-feira (18), até o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borell, afirmou que o território palestino parece “um cemitério a céu aberto”. Já um novo informe da ONU descreve o “cenário catastrófico” de fome em Gaza.

Portugal e os dilemas da direita na Europa

André Ventura. Foto: André Dias Nobre/AFP
Por Flávio Aguiar, no site da RFI:

O resultado da eleição legislativa de 10 de março passado em Portugal provocou uma onda de comentários assinalando o progresso da extrema direita no país. O partido Chega, liderado pelo jurista André Ventura, obteve 18,06% dos votos, conseguindo o terceiro lugar e catapultando seu número de deputados na Assembleia da República para 49 entre 230. Alguns comentaristas chegaram a afirmar que, ainda que não venha a fazer parte do futuro governo, o Chega e Ventura foram os grandes vencedores do pleito, e provavelmente serão o fiel da balança no parlamento

Versão de heroísmo do general é empulhação

Charge: Miguel Paiva/247
Por Jeferson Miola, em seu blog:

A mídia encampou a versão diversionista do heroísmo dos militares, agora incensados como salvadores da democracia.

A versão farsesca foi editorializada, e padroniza a abordagem enviesada de analistas e colunistas de TV, jornais, portais e mídias sociais – infelizmente, inclusive de alguns veículos da mídia contra-hegemônica.

Em editorial tão burlesco quanto reunião de condomínio [Marx e Freire Gomes, 19/3], a Folha de São Paulo invocou Karl Marx para louvar o general Freire Gomes como um daqueles “grandes homens, os gênios, os heróis [que] fazem a história”.

Para este jornal que colaborou com a ditadura de 21 anos instalada com o golpe de 31 de março de 1964, o ex-comandante do Exército “teve coragem e papel decisivo na preservação da democracia no país. A atuação é digna de registro em futuros livros de história”, registrou com ufanismo.