Por João Guilherme Vargas Netto
O pagamento neste fim de ano do 13º salário é uma boa oportunidade para o movimento sindical retraçar a origem e a trajetória de lutas desta conquista.
O 13º salário foi pago em 1945 aos eletricitários de São Paulo como abono de Natal e foi equivalente, na época, à reposição da inflação anual. Logo em seguida outras categorias o conquistaram e esta reivindicação passou a fazer parte das pautas sindicais, de negociações, de congressos e de greves, até que em 1962, depois de uma greve geral e considerado “desastroso” pelo Globo, o 13º salário foi garantido por lei.
quinta-feira, 28 de novembro de 2024
terça-feira, 26 de novembro de 2024
‘Ainda estou aqui’ dribla boicote bolsonarista
Divulgação |
Até a semana passada, o filme “Ainda estou aqui”, dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, já havia ultrapassado a marca de um milhão de espectadores e arrecadado R$ 23,5 milhões. O longa é ambientado nos anos de chumbo da ditadura militar e narra a saga heroica de Eunice Paiva, esposa do ex-deputado Rubens Paiva, que foi sequestrado, torturado e morto a mando dos generais. Além do êxito nas bilheterias, ele venceu o prêmio de melhor roteiro no Festival de Cinema de Veneza e concorre à vaga de melhor filme estrangeiro no Oscar 2025.
A estranha harmonização facial de Nunes
Charge: Bruno Struzani/@desenholadino |
No início de novembro, o site UOL revelou que Ricardo Nunes, prefeito reeleito de São Paulo, foi presenteado por uma clínica de luxo com um procedimento de “harmonização facial”. A própria empresa postou as fotos em suas redes, mas logo deletou devido à repercussão negativa. O caso é grave, tanto que deixou irritado o oportunista do MDB que se aliou ao “capetão” Jair Bolsonaro no pleito municipal. A denúncia, porém, logo sumiu do noticiário da imprensa chapa-branca.
segunda-feira, 25 de novembro de 2024
Questões correntes sobre a ação golpista
Charge: Quinho |
Estivemos à beira de mais uma ditadura?
Estaremos sempre, enquanto persistir a síndrome pós-Guerra do Paraguai. Homens armados se veem superiores aos desarmados. Se bem treinados, maior a sensação de superioridade. Se enfileirados, uniformizados e afastados da convivência social, imaginam-se capazes de tudo. Pretendem-se dignos de glória e subjugam os que lhes sustentam. Para o poder político, comandá-los é tarefa obrigatória. Não há meios termos: ou comanda ou é submetido.
Os ânimos nos quais quartéis estão acirrados?
O clima é de apreensão sobre os desdobramentos das investigações. Há profundo mal-estar com a saraivada de denúncias e críticas desabonadoras. Corporações têm instinto de defesa: percebendo-se atacadas, tendem a se unir, não a se fragmentar.
Banditismo militar e recuo republicano
Charge: Latuff/247 |
Quando a serpente rompe a casca do ovo e não é, de imediato, esmagada, ela sai espargindo a peçonha até contaminar todo o organismo democrático. As consequências, como é sabido, vêm depois, e não há mais do que reclamar.
Nosso governo, no auge do respaldo popular, pois recém-saído de eleições presidenciais vitoriosas (com dificuldade embora), renunciou ao dever republicano de assumir o comando político do país e ditar-lhe o rumo, quando, em janeiro de 2023, fomos agredidos – o país, seu povo –, por uma tentativa de sublevação institucional. O vácuo ensejou a presença de novos agentes, e um deles é o STF. Ficamos, pelo menos aparentemente, na plateia. Nossos partidos sem iniciativa. Como se tudo tivesse começado e terminado ali.
O CNPJ do golpe é o das Forças Armadas
Charge: Céllus |
O ministro da Defesa José Múcio Monteiro repete como um mantra que os implicados na tentativa de golpe “são pessoas que pertencem às Forças Armadas, mas não estavam representando os militares, estavam com seus CPFs. Foi iniciativa de cada um”.
O ministro tem razão ao dizer que os golpistas fardados carregarão seus CPFs perante os tribunais. Mas o golpe, enquanto empreendimento institucional, tem CNPJ, e o CNPJ do golpe é o CNPJ das Forças Armadas.
Contraria a lógica elementar alegar que a execução do plano foi iniciativa individual e isolada, visto que dentre os 37 indiciados inicialmente no inquérito policial, 25 são militares da alta oficialidade, inclusive general da ativa e integrante do Alto Comando do Exército. Isso caracteriza, portanto, um fenômeno sistêmico –e não individual– da instituição militar.
A Europa prepara-se para a guerra.
Quando essas malditas guerras acabarão?/Ahmad Rahma |
Um autêntico calafrio percorreu toda a Europa na semana passada. Noticiou-se com destaque que os governos da Suécia e da Finlândia divulgaram para seus cidadãos manuais sobre como proceder no caso de uma guerra contra terceiros.
O governo sueco distribuiu pelo correio uma brochura de 32 páginas. O finlandês disponibilizou uma publicação online.
Embora o nome não aparecesse, era óbvio que se tratava de uma guerra com a Rússia. A Suécia não tem uma fronteira terrestre com a Rússia. Há uma fronteira marítima entre ela e o enclave russo de Kaliningrado, espremido entre o Mar Báltico, a Lituânia e a Polônia. A Finlândia tem uma fronteira terrestre com a Rússia de 1.343 km.
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