terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Trump perdoa os terroristas do Capitólio

Charge: Miguel Paiva/247
Por Altamiro Borges


O neofascista Donald Trump parece estar decidido a emplacar seu plano de vingança contra a já frágil democracia dos EUA. Os que acham que suas várias ameaças são apenas bravatas podem se frustrar rapidamente. Um dos primeiros atos após a posse na segunda-feira (20) no Capitólio foi exatamente o de anistiar os terroristas que invadiram e depredaram a sede do parlamento ianque no fatídico 6 de janeiro de 2021. Setores da mídia apostavam que ele não cumpriria essa promessa de campanha, mas ele fez questão de bancá-la em um gesto provocativo de forte simbolismo.

Michelle e Dudu ficam fora da posse de Trump

Charge: Aroeira/247
Por Altamiro Borges


A famiglia Bolsonaro fez a maior encenação com a ida à posse de Donald Trump – com choros e ranger de dentes – e no final passou o maior vexame e ficou de fora da cerimônia oficial em Washington. O viralatismo bolsonarista foi patético e gerou um bocado de memes nas redes sociais.

Conforme registrou o jornal O Globo, “a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) não acompanharam a posse do presidente dos Estados Unidos no Capitólio junto a outras lideranças internacionais. Os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – que não compareceu à cerimônia por estar com o passaporte retido – assistiram ao evento diretamente da Heritage Foundation, uma think tank conservadora, nesta segunda-feira (20)”.

Lições para o governo na 'crise do Pix'

Foto: Ricardo Stuckert
Por Jeferson Miola, em seu blog:

Ao revogar a Instrução Normativa [IN] 2219 que havia sido publicada em 17 de setembro do ano passado, o governo pretendeu virar a página e estancar a hemorragia política causada pela manipulação bolsonarista sobre o Pix.

No entanto, o desgaste sofrido ainda demandará um esforço desafiador para ser revertido. O episódio abalou a credibilidade do governo e exacerbou um sentimento de desconfiança e suspeita sobre intenções supostamente “ocultas” por trás de cada iniciativa do governo.

O lado promissor desta crise é que ocorre em meio à mudança na comunicação do Planalto, e por isso poderá servir de “estudo de caso” para o governo ajustar tanto suas estratégias comunicacionais como seu funcionamento e postura política de enfrentamento ao gangsterismo extremista.

Começa a era Trump, um período de ameaças

Charge: Rahma/Cartoon Movement
Por José Reinaldo Carvalho, no site Brasil-247:

Donald Trump será empossado presidente dos Estados Unidos nesta segunda-feira (20), marcando o início de seu segundo mandato à frente de um país que, embora mantenha características de superpotência, vive um período de declínio e diminuição de poder, fenômenos que estão na base do apelo principal de sua vitoriosa campanha eleitoral - Tornar a América Grande Novamente -, com vistas a promover transformações de envergadura e profundas nas políticas doméstica e externa dos Estados Unidos.

Há muita ansiedade e temor no mundo de que a reviravolta prometida por Trump represente um influxo ainda mais reacionário, com ameaças à democracia, à soberania nacional de países que lutam para firmar sua independência e agravamento de tensões, exacerbando rivalidades com países considerados rivais estratégicos, principalmente a China.

Plano de comunicação para um governo popular

Reprodução da internet
Por Laurindo Lalo Leal Filho, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:


O movimento de aceleração das guerras híbridas que vinha se intensificando a partir das chamadas “primaveras árabes” ganhou velocidade com uma confluência histórica favorável a esse processo: o crescimento e expansão das novas tecnologias de comunicação, operadas no mundo digital, com a ascensão das políticas neoliberais pelo mundo.

O resultado mais evidente dessa junção pode ser visto na exacerbação do individualismo e na consequente ruptura de políticas sociais de proteção coletiva nos mais diversos países. Resumindo, trata-se de uma ideologia operada politicamente, sustentada por um aparato tecnológico que facilita ações políticas individualizadas.

Lições do sofrimento do povo de Gaza

Charge: Emad Hajjaj
Por Jair de Souza

Com a entrada em vigor do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, estamos podendo contemplar com mais nitidez o macabro saldo das ações da máquina de matar do sionista Estado de Israel contra a indefesa população civil palestina.

Se até pouco tempo atrás, Gaza já era conhecido como o território com a mais alta densidade populacional do planeta, onde quase dois milhões e meio de pessoas viviam espremidas em um espaço equivalente ao do bairro de Parelheiros na cidade de São Paulo, agora, essas mesmas pessoas devem tentar sobreviver amontoadas entre os escombros, pois quase tudo que ali havia foi destruído pelos bombardeios impiedosos das forças militares sionistas.

A volta de Trump e o futuro das guerras

domingo, 19 de janeiro de 2025

PF inclui líder do União Brasil em inquérito

Por Altamiro Borges


O cerco se fecha contra os coronéis do União Brasil, o que pode abortar de vez o sonho presidencial do governador-ruralista Ronaldo Caiado (GO) e até bagunçar os planos de Davi Alcolumbre para presidir o Senado. Na semana passada, a Polícia Federal enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a investigação da Operação Overclean, que apura um esquema de desvios de emendas parlamentares por um grupo de empresários da Bahia que têm íntimas ligações com os políticos da cúpula do partido.

Segundo revela o site UOL, “o inquérito foi enviado ao STF após o surgimento de novos indícios ligando os fatos sob investigação ao deputado Elmar Nascimento (BA), líder do União Brasil na Câmara Federal. Procurado, ele não se manifestou. Elmar tem relação próxima com um dos investigados, o empresário Marcos Moura, conhecido como o ‘rei do lixo’. Ele é filiado ao União Brasil e integra os órgãos de direção do partido. Ao cumprir busca e apreensão contra o empresário em dezembro, a PF já havia encontrado documentos de uma transação imobiliária entre ele e Elmar”.

Meta bancou fake news de Nikolas Ferreira?

Por Altamiro Borges


Cresce a desconfiança de que a multinacional estadunidense Meta – dona do Facebook, Instagram e WhatsApp – impulsionou o vídeo mentiroso produzido pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que fez o governo Lula recuar da norma da Receita sobre o Pix para combater sonegadores e outros criminosos. Segundo o noticiário, deputados de esquerda já estudam medidas para investigar a big tech, inclusive com a ideia da criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

“Existem cerca de 130 milhões de contas do Instagram no Brasil, muitas delas inativas e outras várias de uma única pessoa que administra muitas contas. Como explicar um vídeo [de Nikolas Ferreira] ter 300 milhões de visualizações? Tem algo muito errado aí. A PF e o MPF precisam investigar a fundo a Meta e toda esta propagação de fake news sobre o dólar, Pix e falas manipuladas do Haddad. Trata-se de uma ação criminosa que afeta a economia do Brasil”, argumenta o deputado Zeca Dirceu (PT-PR).

Fantástico afunda em audiência, apesar do Lula

Plataformas são estruturas da extrema direita

Charge: Aziz
Por Sérgio Amadeu, no jornal Brasil de Fato:


O modelo de negócios das redes sociais online é baseado na economia da atenção e na modulação dos comportamentos de seus usuários. Isso significa que essas redes organizam a coleta de dados de quem as utiliza para identificar os hábitos, gostos e interesses de cada pessoa. Tendo como base esses perfis, os algoritmos das redes sociais distribuem seus conteúdos e definem o que cada um vai ler e ver.

A renda das big techs vem da capacidade de distribuir mensagens publicitárias certeiras. Isso é possível porque com o perfil de cada usuário, essas empresas atraem a sua atenção conforme gatilhos, cores, imagens e palavras que as envolvem. Com base nessa economia da atenção, os sistemas algorítmicos das redes sociais vão modulando, orientando o comportamento das pessoas. É principalmente pelo controle da visualização de mensagens que a modulação é realizada. Por isso, o tempo todo os usuários das redes são colocadas em amostras acessadas por quem pagou pela distribuição dos conteúdos específicos para aqueles determinados perfis.

Que viva México!

Foto: Divulgação
Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

A cena parece pertencer a outro tempo, mais feliz. Falando ontem (12/1) a uma multidão de dezenas de milhares, que lotou o gigantesco Zócalo da Cidade do México e as ruas adjacentes, a presidenta Claudia Sheinbaum lançou mais um elegante desafio a Donald Trump. Lembrou que os presidentes dos dois países colaboraram em muitos momentos: Abrahan Lincoln com Benito Juarez, contra a invasão francesa; Franklin Roosevelt com Lázaro Cárdenas, que nacionalizou o petróleo e concluiu a reforma agrária. Porém, frisou, diante das ameaças de Trump, de expulsar milhões de imigrantes mexicanos e impor tarifas proibitivas às exportações mexicanas: “Não vamos regressar ao modelo neoliberal. [Com os EUA], nos coordenamos, colaboramos, mas nunca nos submeteremos”. A multidão interrompeu-a em coro: “México! México! México!…”

O banquete que silenciou os valentes do Globo

Foto: Divulgação
Por Moisés Mendes, em seu blog:


Completou um mês agora, no dia 16, o banquete oferecido pelo empresário Luciano Hang, que se anuncia em vídeos como o Véio da Havan, a desembargadores do Tribunal de Justiça e a juízes de primeira instância de Santa Catarina.

Eram oito desembargadores e dois juízes, conforme reportagem de Vinicius Segalla no Diário do Centro do Mundo, que foi compartilhada depois pelos jornais.

Esperei até ontem para ver se o jornal O Globo, com seus mais de 300 jornalistas, daria uma linha sobre o caso. E se outros veículos das organizações Globo noticiariam o estranho jantar.

Não deram nada. Nunca. Todos os grandes jornais brasileiros, incluindo Folha e Estadão, e os jornais e sites independentes e de esquerda de todos os tamanhos deram a notícia. O Globo não deu nada.