Por Altamiro Borges
Em matéria postada nesta quarta-feira (22), o Jornal do Brasil deu a notícia alvissareira de que a CPI do Futebol decidiu investigar os milionários contratos dos clubes com as emissoras de televisão para a transmissão dos jogos. Este é um dos capítulos mais nebulosos do futebol nativo, responsável em boa medida pela decadência desta paixão brasileira. As transações comerciais, com base em patrocínios e publicidade, rendem fortunas para a TV Globo – que tem o direito quase exclusivo das exibições das partidas. Esse processo sem qualquer transparência penaliza os clubes, sabota a concorrência entre as próprias emissoras e prejudica, principalmente, os amantes de futebol. Mexer neste terreno não será nada fácil. A conferir a coragem da CPI!
A CPI do Futebol foi criada em maio passado para investigar as denúncias de irregularidades na CBF, logo depois da prisão de sete dirigentes da Fifa na Suíça – inclusive do ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin. Ela é presidida pelo senador Romário (PSB-RJ) e terá a sua primeira reunião em 4 de agosto, após o recesso parlamentar. “Vamos solicitar as informações do FBI [Agência Federal de Investigação dos EUA] e vamos começar a ouvir os setores. Na CPI, o objetivo não é só processar alguém e mandar prender, porque o Marin já está preso e o Ministério Público já está investigando. A CPI não pode se esgotar no processo investigativo, tem o processo propositivo", afirmou o relator da comissão. Para ele, o importante é "o que vai mudar no futebol depois da CPI?".
Em matéria postada nesta quarta-feira (22), o Jornal do Brasil deu a notícia alvissareira de que a CPI do Futebol decidiu investigar os milionários contratos dos clubes com as emissoras de televisão para a transmissão dos jogos. Este é um dos capítulos mais nebulosos do futebol nativo, responsável em boa medida pela decadência desta paixão brasileira. As transações comerciais, com base em patrocínios e publicidade, rendem fortunas para a TV Globo – que tem o direito quase exclusivo das exibições das partidas. Esse processo sem qualquer transparência penaliza os clubes, sabota a concorrência entre as próprias emissoras e prejudica, principalmente, os amantes de futebol. Mexer neste terreno não será nada fácil. A conferir a coragem da CPI!
A reportagem do Jornal do Brasil tem como base uma declaração do senador Romero Jucá (PMDB-RR), relator da CPI e famoso por seu pragmatismo político. Ele afirmou que "o direito de transmissão do futebol pelos veículos de comunicação será uma das questões a serem tratadas na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Futebol... 'Isso é uma relação comercial entre o clube e uma ou duas redes de televisão. Vamos discutir como democratizar isso, como discutir isso para que efetivamente tenhamos um posicionamento que seja transparente e ao mesmo tempo construtivo'". A incisiva afirmação foi feita durante uma entrevista ao programa Espaço Público, da TV Brasil.
A CPI do Futebol foi criada em maio passado para investigar as denúncias de irregularidades na CBF, logo depois da prisão de sete dirigentes da Fifa na Suíça – inclusive do ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin. Ela é presidida pelo senador Romário (PSB-RJ) e terá a sua primeira reunião em 4 de agosto, após o recesso parlamentar. “Vamos solicitar as informações do FBI [Agência Federal de Investigação dos EUA] e vamos começar a ouvir os setores. Na CPI, o objetivo não é só processar alguém e mandar prender, porque o Marin já está preso e o Ministério Público já está investigando. A CPI não pode se esgotar no processo investigativo, tem o processo propositivo", afirmou o relator da comissão. Para ele, o importante é "o que vai mudar no futebol depois da CPI?".
Se depender do senador Romero Jucá – que inclusive já foi denunciado na midiática Operação Lava-Jato –, a tendência é que nada mude. A pressão da Rede Globo sobre os parlamentares é violenta. Ela sempre se utilizou do jogo combinado da sedução e do medo, que tanto intimida os nobres deputados e senadores. O direito de transmissão dos jogos, que envolve bilhões de reais, é um dos principais fatores da construção do império nas últimas décadas. O jogo na CPI do Futebol será pesado, sempre jogado nos bastidores. Sem a pressão dos torcedores – obrigados a assistir às partidas após a novela global –, dos clubes prejudicados pelas cotas e das próprias emissoras concorrentes da TV Globo, a tendência é que nada mude e que o futebol brasileiro continue agonizando. A conferir!
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1 comentários:
Não é a toa que o Ronaldo Fenômeno é o candidato da Globo para dirigir a CBF. Nada muda!
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