Do sítio Outras Palavras:
Será preciso, nas próximas horas, processar todos os dados. Mas ao que tudo indica, acaba de ocorrer, em São José dos Campos, um massacre e algo mais. O desalojamento de centenas de famílias, que constituíram um bairro vivo, num latifúndio urbano (1 milhão de m²) antes reduzido à especulação imobiliária. seria, por si mesmo, um escândalo.
Mas há agravantes. Naji Nahas, que reivindica a “propriedade” do latifúndio, é um especulador condenado, num país em que a justiça tradicionalmente fecha os olhos (e a política institucional corteja…) os corruptores e criminosos de colarinho branco.
Mais: havia uma trégua em curso, acertada por todas as partes, e uma decisão da Justiça Federal mandando suspender a mal-chamada “reintegração de posse”. O caso ganhou notoriedade nacional e internacional há pouca semanas. Cansados de tantas arbitrariedades, alguns membros da ocupação vestiram-se de uniformes de resistência improvisados, numa encenação artística do que pode vir ser o contra-poder popular.
O governo de Geraldo Alckmin, ligado ao fundamentalismo cristão de direita, e o Tribunal de Justiça de São Paulo, conhecido por seus laços com o que há de mais feudal e escravocrata na oligarquia paulista, não toleraram a hipótese de diálogo, muito menos a irreverência das imagens. Num país em que a oposição tradicional parece paralisada, Alckmin pretende, ao que tudo indica, ocupar o espaço da violência contra os pobres insubmissos e da submissão do Estado aos interesses do capital que se liga a oligarquia.
É provável que tenha se mobilizado por isso. Certamente, não ignorava o acordo firmado, há poucos dias, entre os movimentos de sem-teto e a Justiça Federal. Quis mostrar que não o respeita; que seu projeto político inclui até mesmo passar por cima das negociações que buscam a conciliação social, quando esta não serve à oligarquia financeira.
Não se sabe, a esta altura (19h30 de domingo, 22/1) quantas foram as vítimas pessoais desta deriva ultra-conservadora do governador de São Paulo. Mas já é possível enxergar que entre as vítimas está a democracia.
Será preciso, nas próximas horas, processar todos os dados. Mas ao que tudo indica, acaba de ocorrer, em São José dos Campos, um massacre e algo mais. O desalojamento de centenas de famílias, que constituíram um bairro vivo, num latifúndio urbano (1 milhão de m²) antes reduzido à especulação imobiliária. seria, por si mesmo, um escândalo.
Mas há agravantes. Naji Nahas, que reivindica a “propriedade” do latifúndio, é um especulador condenado, num país em que a justiça tradicionalmente fecha os olhos (e a política institucional corteja…) os corruptores e criminosos de colarinho branco.
Mais: havia uma trégua em curso, acertada por todas as partes, e uma decisão da Justiça Federal mandando suspender a mal-chamada “reintegração de posse”. O caso ganhou notoriedade nacional e internacional há pouca semanas. Cansados de tantas arbitrariedades, alguns membros da ocupação vestiram-se de uniformes de resistência improvisados, numa encenação artística do que pode vir ser o contra-poder popular.
O governo de Geraldo Alckmin, ligado ao fundamentalismo cristão de direita, e o Tribunal de Justiça de São Paulo, conhecido por seus laços com o que há de mais feudal e escravocrata na oligarquia paulista, não toleraram a hipótese de diálogo, muito menos a irreverência das imagens. Num país em que a oposição tradicional parece paralisada, Alckmin pretende, ao que tudo indica, ocupar o espaço da violência contra os pobres insubmissos e da submissão do Estado aos interesses do capital que se liga a oligarquia.
É provável que tenha se mobilizado por isso. Certamente, não ignorava o acordo firmado, há poucos dias, entre os movimentos de sem-teto e a Justiça Federal. Quis mostrar que não o respeita; que seu projeto político inclui até mesmo passar por cima das negociações que buscam a conciliação social, quando esta não serve à oligarquia financeira.
Não se sabe, a esta altura (19h30 de domingo, 22/1) quantas foram as vítimas pessoais desta deriva ultra-conservadora do governador de São Paulo. Mas já é possível enxergar que entre as vítimas está a democracia.
6 comentários:
Enquanto isso, uma só pessoa possui mais de 6 milhões de hectares de terras. É o Brasil de muitas terras e de pouquissmos donos. Familias felizes em suas terras, crianças brincando são expulsas em direção a criminalidade, serão alojadas em algum estádio arrumado pelo prefeito tucano de São José
Sobre o cara que é dono de milhões de hectares
http://www.josecarloslima23.blogspot.com
Enquanto o pau come solto em Pinheirinho, o STF de Marco Aurélio Mello está preocupado em chamar o COAF às falas por causa da revelação das facaltruas de magistrados
Enquanto isso o STF, fazendo dobradinha com a máfia, chamará o COAF às falas ainda este ano, foi o que revelou Marco Aurélio Mello no Roda Viva
Enquanto isso um ex-servidor da ditadura, Ernane Galveas, diz que governo gastou para baixar a inflação quando na verdade a inflação foi provocada pelo pig, ou seja, o pig deu bilhões de prejuizos a todos nós com a sua campanha da cultura inflacionária.
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/combate-a-inflacao-custou-r-122-bi-diz-galveas
Onde está a Presidenta da República, a Ministra dos Direitos Humanos, o Ministro da Justiça, a Casa Civíl??????????
Nesta segunda-feira brava, de injustiças...
Esta música do Criolo Doido diz tudo:
"Não existe amor em SP"
http://www.youtube.com/watch?v=sacL8AnMOAY
A reintegração já havia sido suspensa por determinação da justiça federal, certo? Isso significa que tanto alkmin quanto a pm agiram contra a lei, isto é a subversão da ordem. Onde estão as forças armadas pra enquadrar esses meliantes na lei? Por que ainda não entraram em Pinheirinho, esmagaram a pm e não foram atrás desse marginal do alkmin? O que estão esperando? Esses sim, são os verdadeiros subversivos, pois estão passando por cima da lei. Afinal, as Forças Armadas não existem para manter a ordem interna e defender a Nação de ataques externos? O que estão esperando? Um genocidio?
CARO ALTAMIRO SE FOR VERDADE A NOTICIA ABAIXO É PRECISO UMA INTERVENÇÃO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO:
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São José dos Campos (SP), Aristeu César Pinto Neto, disse nesta segunda-feira que houve mortos na operação de reintegração de posse do terreno conhecido como Pinheirinho, na periferia da cidade. De acordo com ele, crianças estão entre as vítimas.
“O que se viu aqui é a violência do Estado típica do autoritarismo brasileiro, que resolve problemas sociais com a força da polícia. Ou seja, não os resolve. Nós vimos isso o dia inteiro. Há mortes, inclusive de crianças. Nós estamos fazendo um levantamento no Instituto Médico Legal (IML), e tomando as providências para responsabilizar os governantes que fizeram essa barbárie”, disse, em entrevista à TV Brasil.,
PSDB mostra a tua cara!
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