Por Altamiro Borges
No ano passado, as multinacionais enviaram US$ 38,1 bilhões de dólares para suas matrizes, 25% a mais do que 2010. Essa notícia foi publicada no jornal O Globo, sem maior alarde, em matéria da repórter Gabriela Valente. A informação é gravíssima e mostra o grau preocupante da sangria de recursos do Brasil, aonde inexistem mecanismos mais rígidos de controle dos fluxos de capital.
“Em um ano marcado pela crise financeira internacional, a remessa de lucros de empresas estrangeiras instaladas no Brasil para o exterior quebrou todos os recordes e foi a maior em 64 anos... Essa despesa corresponde à maior parte do déficit das contas externas do país (que correspondem a nossas transações com o resto do mundo), que fecharam o ano passado no vermelho em US$52,6 bilhões”.
US$ 39,6 bilhões em 2012
Ainda segundo a reportagem, a expectativa é que esta sangria cresça ainda mais em 2012. A projeção do Banco Central é de que as multis remetam ao exterior US$ 39,6 bilhões neste ano. Por outro lado, em função do agravamento da crise mundial, a tendência é da redução dos investimentos estrangeiros, que há quatro anos cobrem os rombos das contas externas.
Os capitalistas estrangeiros e a sua mídia tratam essa distorção como natural. “É razoável as remessas de lucro crescerem, porque estamos falando de uma economia que cresce mais do que o resto do mundo”, justifica a economista-chefe do Banco RBS, Zeina Latif. Para Johnny Kneese, economista da corretora Levycam, o aumento recorde das remessas decorre do socorro às matrizes em crise nas potências capitalistas.
A gula do capital estrangeiro
Em síntese, o capital estrangeiro sangra o Brasil nas duas pontas para manter seus lucros no exterior. Ele ganha com a especulação financeira, aproveitando-se das altas taxas de juros do país, e ganha com os chamados investimentos diretos, via novas plantas ou fusões, com a remessa descontrolada dos lucros. Ele joga o ônus da crise mundial nas costas dos trabalhadores.
O governo Dilma, porém, parece não se preocupar e relativiza a grave sangria. “As remessas em função de crise, para enviar liquidez para matrizes, foram pontuais. As remessas tiveram o comportamento esperado. Não houve surpresa”, afirma Túlio Maciel, chefe do Departamento Econômico do Banco Central. Até quando essa política vai suportar o peso da grave crise internacional?
No ano passado, as multinacionais enviaram US$ 38,1 bilhões de dólares para suas matrizes, 25% a mais do que 2010. Essa notícia foi publicada no jornal O Globo, sem maior alarde, em matéria da repórter Gabriela Valente. A informação é gravíssima e mostra o grau preocupante da sangria de recursos do Brasil, aonde inexistem mecanismos mais rígidos de controle dos fluxos de capital.
“Em um ano marcado pela crise financeira internacional, a remessa de lucros de empresas estrangeiras instaladas no Brasil para o exterior quebrou todos os recordes e foi a maior em 64 anos... Essa despesa corresponde à maior parte do déficit das contas externas do país (que correspondem a nossas transações com o resto do mundo), que fecharam o ano passado no vermelho em US$52,6 bilhões”.
US$ 39,6 bilhões em 2012
Ainda segundo a reportagem, a expectativa é que esta sangria cresça ainda mais em 2012. A projeção do Banco Central é de que as multis remetam ao exterior US$ 39,6 bilhões neste ano. Por outro lado, em função do agravamento da crise mundial, a tendência é da redução dos investimentos estrangeiros, que há quatro anos cobrem os rombos das contas externas.
Os capitalistas estrangeiros e a sua mídia tratam essa distorção como natural. “É razoável as remessas de lucro crescerem, porque estamos falando de uma economia que cresce mais do que o resto do mundo”, justifica a economista-chefe do Banco RBS, Zeina Latif. Para Johnny Kneese, economista da corretora Levycam, o aumento recorde das remessas decorre do socorro às matrizes em crise nas potências capitalistas.
A gula do capital estrangeiro
Em síntese, o capital estrangeiro sangra o Brasil nas duas pontas para manter seus lucros no exterior. Ele ganha com a especulação financeira, aproveitando-se das altas taxas de juros do país, e ganha com os chamados investimentos diretos, via novas plantas ou fusões, com a remessa descontrolada dos lucros. Ele joga o ônus da crise mundial nas costas dos trabalhadores.
O governo Dilma, porém, parece não se preocupar e relativiza a grave sangria. “As remessas em função de crise, para enviar liquidez para matrizes, foram pontuais. As remessas tiveram o comportamento esperado. Não houve surpresa”, afirma Túlio Maciel, chefe do Departamento Econômico do Banco Central. Até quando essa política vai suportar o peso da grave crise internacional?
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