Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
Ao responder à pergunta que fiz no título da coluna "Pesquisas avaliam Eleição X Copa: quem ganhará?", sobre a possível influência da Copa no Brasil na campanha presidencial, escrevi aqui, na terça-feira, dia 15: "Na minha modesta avaliação, pelo que ouço por aí, apesar de toda a torcida em contrário, nenhum candidato ganhou ou perdeu muito com a Copa no Brasil e tudo deve continuar mais ou menos como estava antes da bola rolar no Mundial. Se as pesquisas apontarem um empate em 0 a 0, a vantagem será de Dilma, que está na liderança com larga vantagem sobre os dois principais concorrentes".
Ao analisar a nova pesquisa Datafolha divulgada na noite de quinta-feira, Mauro Paulino e Alessandro Janoni, diretores do instituto, dão o título "Governo e oposição saem da Copa numa situação de zero a zero", na página A8 da "Folha", e concluem: "Praticamente estáveis, os candidatos veem novamente a taxa de indecisos crescer. O saldo do evento na corrida presidencial pode ser considerado um empate sem gols entre governo e oposição". Beleza.
Não sou especialista em pesquisas (este é o ofício da minha mulher, a Mara, uma das fundadoras do Datafolha), mas de vez em quando acerto nas previsões usando apenas a intuição de repórter. Fico feliz, é claro, por ter escrito dois dias antes o mesmo comentário que os dois analistas publicam nesta sexta-feira.
Se o cenário para o primeiro turno praticamente não se alterou com a Copa, com leves oscilações dos três candidatos dentro da margem de erro (Dilma foi de 38 para 36%, Aécio manteve-se em 20% e Eduardo caiu de 9 para 8%), a grande novidade ficou para a projeção do segundo turno da campanha presidencial, que a esta altura parece ser inevitável.
Pela primeira vez, Dilma (44%) e Aécio (40%), aparecem em empate técnico, com a petista em queda e o tucano subindo, o que promete fortes emoções na disputa presidencial nestes dois meses e meio que faltam para a eleição.
A avaliação positiva da presidente também caiu, de 35 para 32% de ótimo e bom, enquanto subiu a negativa, de 26 para 29% de ruim e péssimo, a pior desde a posse de Dilma. A rejeição à presidente, o índice dos que não votariam nela de jeito nenhum, chegou a 35% (Aécio tem 17% e Eduardo apenas 12%).
Todos estes números devem acender holofotes amarelos na campanha de Dilma pela reeleição, ainda mais que índices negativos na economia não param de pipocar todos os dias. A geração de novos empregos foi a pior para um mês de junho nos últimos 16 anos e a prévia do PIB registra uma retração de 0,18%.
Após 12 anos de poder, o PT enfrenta seu maior desafio eleitoral, com os ventos soprando a favor dos candidatos de oposição, ao contrário do que aconteceu nas últimas três disputas presidenciais.
Com 16 pontos à frente de Aécio e 28 de vantagem sobre Eduardo, três vezes o tempo do tucano na televisão e cinco vezes mais do que o candidato do PSB (a propaganda no rádio e na TV só começa a 19 de agosto), Dilma larga na frente nesta fase decisiva da companha, mas não me arrisco a fazer previsões sobre as próximas pesquisas, ainda mais que 27% do eleitorado ainda não tem candidato.
Ao responder à pergunta que fiz no título da coluna "Pesquisas avaliam Eleição X Copa: quem ganhará?", sobre a possível influência da Copa no Brasil na campanha presidencial, escrevi aqui, na terça-feira, dia 15: "Na minha modesta avaliação, pelo que ouço por aí, apesar de toda a torcida em contrário, nenhum candidato ganhou ou perdeu muito com a Copa no Brasil e tudo deve continuar mais ou menos como estava antes da bola rolar no Mundial. Se as pesquisas apontarem um empate em 0 a 0, a vantagem será de Dilma, que está na liderança com larga vantagem sobre os dois principais concorrentes".
Ao analisar a nova pesquisa Datafolha divulgada na noite de quinta-feira, Mauro Paulino e Alessandro Janoni, diretores do instituto, dão o título "Governo e oposição saem da Copa numa situação de zero a zero", na página A8 da "Folha", e concluem: "Praticamente estáveis, os candidatos veem novamente a taxa de indecisos crescer. O saldo do evento na corrida presidencial pode ser considerado um empate sem gols entre governo e oposição". Beleza.
Não sou especialista em pesquisas (este é o ofício da minha mulher, a Mara, uma das fundadoras do Datafolha), mas de vez em quando acerto nas previsões usando apenas a intuição de repórter. Fico feliz, é claro, por ter escrito dois dias antes o mesmo comentário que os dois analistas publicam nesta sexta-feira.
Se o cenário para o primeiro turno praticamente não se alterou com a Copa, com leves oscilações dos três candidatos dentro da margem de erro (Dilma foi de 38 para 36%, Aécio manteve-se em 20% e Eduardo caiu de 9 para 8%), a grande novidade ficou para a projeção do segundo turno da campanha presidencial, que a esta altura parece ser inevitável.
Pela primeira vez, Dilma (44%) e Aécio (40%), aparecem em empate técnico, com a petista em queda e o tucano subindo, o que promete fortes emoções na disputa presidencial nestes dois meses e meio que faltam para a eleição.
A avaliação positiva da presidente também caiu, de 35 para 32% de ótimo e bom, enquanto subiu a negativa, de 26 para 29% de ruim e péssimo, a pior desde a posse de Dilma. A rejeição à presidente, o índice dos que não votariam nela de jeito nenhum, chegou a 35% (Aécio tem 17% e Eduardo apenas 12%).
Todos estes números devem acender holofotes amarelos na campanha de Dilma pela reeleição, ainda mais que índices negativos na economia não param de pipocar todos os dias. A geração de novos empregos foi a pior para um mês de junho nos últimos 16 anos e a prévia do PIB registra uma retração de 0,18%.
Após 12 anos de poder, o PT enfrenta seu maior desafio eleitoral, com os ventos soprando a favor dos candidatos de oposição, ao contrário do que aconteceu nas últimas três disputas presidenciais.
Com 16 pontos à frente de Aécio e 28 de vantagem sobre Eduardo, três vezes o tempo do tucano na televisão e cinco vezes mais do que o candidato do PSB (a propaganda no rádio e na TV só começa a 19 de agosto), Dilma larga na frente nesta fase decisiva da companha, mas não me arrisco a fazer previsões sobre as próximas pesquisas, ainda mais que 27% do eleitorado ainda não tem candidato.
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