Editorial do site Vermelho:
Não é novidade que o imperialismo tem provocado grandes problemas, de forma sistemática, para muitos países e povos, mas, sem dúvida, em 2014 diversos acontecimentos deixaram ainda mais claro como os interesses políticos e econômicos de poucos podem causar danos devastadores aos povos e nações.
O caso mais emblemático talvez sejam os mais recentes ataques sofridos pelo povo palestino, deflagrados por Israel. As atitudes cotidianas do regime de Tel Aviv já se configuram como imensas violações dos direitos humanos: o bloqueio que dura alguns anos e impede que a população local receba alimentos, remédios e outros produtos de forma adequada; a ampliação dos assentamentos israelenses, em busca de mitigar o território e oprimir a população da Faixa de Gaza ou mesmo o tratamento corriqueiro dispensado aos palestinos, com truculência policial e humilhações.
Mesmo diante de tais ações condenáveis, Israel ainda encontrou espaço para protagonizar um dos maiores massacres da região. A morte de mais de dois mil palestinos, incluídas muitas crianças e mulheres, deixa clara a desfaçatez sionista e o real valor que dão aos seus objetivos expansionistas em detrimento da vida humana. Israel age com o apoio de seus padrinhos norte-americanos, o que permitiu, até então, a total ausência de uma séria investigação sobre as violações dos direitos humanos.
Se por um lado vimos neste ano que se encerra diversos parlamentos europeus (português, britânico e espanhol) e o governo sueco reconhecerem a Palestina como um Estado, por outro, a omissão da União Europeia e a postura de Washington têm permitido as injustiças praticadas contra os palestinos, em nome dos seus interesses nem sempre explicitados.
Em 2014, a África também esteve em destaque na cena internacional. A população do continente, mais uma vez negligenciada, sofre com mais umas das tantas mazelas que atingem a região. Mais de 17 mil pessoas já foram contaminadas pelo vírus ebola, das quais cerca de sete mil faleceram em decorrência das complicações provocadas pela doença. Embora possamos louvar o grande trabalho de ajuda que algumas entidades e países têm feito, como por exemplo as atividades desenvolvidas pelos médicos cubanos, é de estarrecer como os mesmos países que demonstram grande disposição na hora de influenciar ditaduras locais ou explorar recursos naturais, agora fingem não entender a gravidade da situação.
O ebola, embora extremante letal, é uma doença controlável com medidas sanitárias adequadas. A explosão desta epidemia ocorre por conta do colapso de sistemas de saúde sem estrutura, em países com recentes guerras civis, muitas das quais incentivadas por grandes potências internacionais, interessadas em desestabilizar governos e colocar no poder pessoas que tenham atitudes condizentes com os seus interesses, especialmente os econômicos.
Em 2014 pudemos ver várias outras expressões da postura atroz do imperialismo, como em suas facetas na Ucrânia e Síria. No caso ucraniano, milhares de pessoas perderam suas vidas. Todo o incidente começou em consequência de um golpe de Estado apoiado pelas potências ocidentais, contrárias ao posicionamento de proximidade com a Rússia adotado por Kiev naquele momento.
Na Síria, a pretexto de combater o grupo extremista autodenominado Estado Islâmico (EI), potências ocidentais, lideradas pelos EUA, têm imposto uma série de bombardeios nos territórios iraquiano e sírio, esquecendo-se, convenientemente, de que o surgimento dos grupos violentos deriva da postura bélica norte-americana durante a invasão no Iraque e do apoio a grupos opositores na Síria, com o intuito de ajudar a derrubar o governo de Bashar al-Assad.
Tais acontecimentos ao longo dos últimos doze meses apenas reforçam a necessidade de oposição às atitudes imperialistas das potências ocidentais. A luta e a resistência dos povos, ao lado da ação de organizações como o Conselho Mundial da Paz e o fortalecimento de blocos regionais, podem ser alternativas na busca pela diminuição ou quiçá pelo fim do intervencionismo e das agressões que afetam os povos. Não obstante o poderio bélico retratado em alguns dos exemplos supracitados, é importante não obscurecer que as questões econômicas também são utilizadas visando subjugar países aos interesses dos imperialistas.
Não é novidade que o imperialismo tem provocado grandes problemas, de forma sistemática, para muitos países e povos, mas, sem dúvida, em 2014 diversos acontecimentos deixaram ainda mais claro como os interesses políticos e econômicos de poucos podem causar danos devastadores aos povos e nações.
O caso mais emblemático talvez sejam os mais recentes ataques sofridos pelo povo palestino, deflagrados por Israel. As atitudes cotidianas do regime de Tel Aviv já se configuram como imensas violações dos direitos humanos: o bloqueio que dura alguns anos e impede que a população local receba alimentos, remédios e outros produtos de forma adequada; a ampliação dos assentamentos israelenses, em busca de mitigar o território e oprimir a população da Faixa de Gaza ou mesmo o tratamento corriqueiro dispensado aos palestinos, com truculência policial e humilhações.
Mesmo diante de tais ações condenáveis, Israel ainda encontrou espaço para protagonizar um dos maiores massacres da região. A morte de mais de dois mil palestinos, incluídas muitas crianças e mulheres, deixa clara a desfaçatez sionista e o real valor que dão aos seus objetivos expansionistas em detrimento da vida humana. Israel age com o apoio de seus padrinhos norte-americanos, o que permitiu, até então, a total ausência de uma séria investigação sobre as violações dos direitos humanos.
Se por um lado vimos neste ano que se encerra diversos parlamentos europeus (português, britânico e espanhol) e o governo sueco reconhecerem a Palestina como um Estado, por outro, a omissão da União Europeia e a postura de Washington têm permitido as injustiças praticadas contra os palestinos, em nome dos seus interesses nem sempre explicitados.
Em 2014, a África também esteve em destaque na cena internacional. A população do continente, mais uma vez negligenciada, sofre com mais umas das tantas mazelas que atingem a região. Mais de 17 mil pessoas já foram contaminadas pelo vírus ebola, das quais cerca de sete mil faleceram em decorrência das complicações provocadas pela doença. Embora possamos louvar o grande trabalho de ajuda que algumas entidades e países têm feito, como por exemplo as atividades desenvolvidas pelos médicos cubanos, é de estarrecer como os mesmos países que demonstram grande disposição na hora de influenciar ditaduras locais ou explorar recursos naturais, agora fingem não entender a gravidade da situação.
O ebola, embora extremante letal, é uma doença controlável com medidas sanitárias adequadas. A explosão desta epidemia ocorre por conta do colapso de sistemas de saúde sem estrutura, em países com recentes guerras civis, muitas das quais incentivadas por grandes potências internacionais, interessadas em desestabilizar governos e colocar no poder pessoas que tenham atitudes condizentes com os seus interesses, especialmente os econômicos.
Em 2014 pudemos ver várias outras expressões da postura atroz do imperialismo, como em suas facetas na Ucrânia e Síria. No caso ucraniano, milhares de pessoas perderam suas vidas. Todo o incidente começou em consequência de um golpe de Estado apoiado pelas potências ocidentais, contrárias ao posicionamento de proximidade com a Rússia adotado por Kiev naquele momento.
Na Síria, a pretexto de combater o grupo extremista autodenominado Estado Islâmico (EI), potências ocidentais, lideradas pelos EUA, têm imposto uma série de bombardeios nos territórios iraquiano e sírio, esquecendo-se, convenientemente, de que o surgimento dos grupos violentos deriva da postura bélica norte-americana durante a invasão no Iraque e do apoio a grupos opositores na Síria, com o intuito de ajudar a derrubar o governo de Bashar al-Assad.
Tais acontecimentos ao longo dos últimos doze meses apenas reforçam a necessidade de oposição às atitudes imperialistas das potências ocidentais. A luta e a resistência dos povos, ao lado da ação de organizações como o Conselho Mundial da Paz e o fortalecimento de blocos regionais, podem ser alternativas na busca pela diminuição ou quiçá pelo fim do intervencionismo e das agressões que afetam os povos. Não obstante o poderio bélico retratado em alguns dos exemplos supracitados, é importante não obscurecer que as questões econômicas também são utilizadas visando subjugar países aos interesses dos imperialistas.
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