Por Juremir Machado da Silva, em seu blog:
A deputada Manuela d’Ávila (PCdoB) organizou uma mesa na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul sobre ódio na internet.
O evento fez parte do Humaniza Redes.
Convidou jornalistas: eu, Moisés Mendes (Zero Hora) e Luciano Potter (Rádio Gaúcha).
O chefe de gabinete do Ministro de Estado da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, Roberto Nascimento, nem chegou a falar.
Participou também o deputado Jorge Pozzobom (PSDB).
Manuela é vítima constante de ódio na rede.
Já teve “ativista virtual” desejando que seu bebê secasse na barriga dela.
Assim mesmo.
Jorge Pozzobom é outro que não escapa da barbárie virtual.
Um psicopata perguntou quem ele mataria primeiro, a filha ou o seu cachorro.
Na mesa, todos se manifestaram contra o ódio na internet.
Quando Potter estava falando, um homem o interrompeu. Segundo ele, faltava contraponto na mesa.
Ficamos perplexos. Deveria ter alguém na mesa que fosse a favor do ódio na internet?
O tempo fechou.
Um grupo, visivelmente organizado, começou a boicotar o evento.
Gritavam palavras de ordem do tipo “verde amarelo sem foice nem martelo”.
Algo assim.
Era uma armação para esculhambar a mesa organizada por Manuela.
Um sujeito, de boné do MST, berrava:
– Reaça tem que morrer.
Segundo Gregório Grisa, presente ao evento, era mais um infiltrado para melar a discussão. No facebook, Grisa contou o que ouviu: “Ao fim desci as escadas casualmente atrás deles, eram umas 15 pessoas, o jovem com boné do MST estava junto com o grupo nitidamente antiesquerdista. Quando chegamos no térreo eu o ouvi comentar:
- essa do boné sempre da certo, todos saem achando que sou do MST.”
Consta que a tropa de choque que boicotou e levou à interrupção do evento teria sido enviada por um deputado de direita.
Um novo inimigo de Manuela.
O ódio na internet é uma evidência.
No twitter, comentando esse rolo, um cara escreveu: “Passa mais hipoglós no seu rabo que tá pouco, seu subnitrato de bosta!!”
Leonardo Sakamoto, blogueiro da Folha de S. Paulo, e eu, sem qualquer contato, paramos de liberar comentários em nossos blogues.
Por quê?
Simples. Cansaço com ameaças, perseguições, calúnias e bullying.
Como ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo, também não somos obrigados a trabalhar contra nós mesmos.
Sou totalmente a favor de que falem mal de mim. De preferência, milhares de vezes por dia. Colaboro para isso. Escrevo. Com isso, alimento quem queira me combater. Mas não tenho mais disposição para fazer moderação de insultos sistemáticos.
Censura é uma política de Estado pela qual se fica impedido de publicar em qualquer lugar.
Não há isso no Brasil.
O resto é opção.
Sugiro a criação de blogues contra mim. Dezenas, milhares, milhões.
Por que alguns não fazem isso? Porque ninguém os leria.
Querem carona para aparecer.
Não dou mais carona.
Cansei da Síndrome de Estocolmo. Não trabalho para meu sequestrador. Não colaboro com o estuprador. Não sirvo ao amo.
A chantagem da internet é essa: a vítima, para não ser censor, teria de trabalhar para o seu algoz.
Não contem comigo.
O evento interrompido da deputada Manuela mostrou, em tempo real, a cara horrenda da extrema-direita.
Curiosamente com discursos contra o politicamente correto e em nome da liberdade de expressão.
O evento fez parte do Humaniza Redes.
Convidou jornalistas: eu, Moisés Mendes (Zero Hora) e Luciano Potter (Rádio Gaúcha).
O chefe de gabinete do Ministro de Estado da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, Roberto Nascimento, nem chegou a falar.
Participou também o deputado Jorge Pozzobom (PSDB).
Manuela é vítima constante de ódio na rede.
Já teve “ativista virtual” desejando que seu bebê secasse na barriga dela.
Assim mesmo.
Jorge Pozzobom é outro que não escapa da barbárie virtual.
Um psicopata perguntou quem ele mataria primeiro, a filha ou o seu cachorro.
Na mesa, todos se manifestaram contra o ódio na internet.
Quando Potter estava falando, um homem o interrompeu. Segundo ele, faltava contraponto na mesa.
Ficamos perplexos. Deveria ter alguém na mesa que fosse a favor do ódio na internet?
O tempo fechou.
Um grupo, visivelmente organizado, começou a boicotar o evento.
Gritavam palavras de ordem do tipo “verde amarelo sem foice nem martelo”.
Algo assim.
Era uma armação para esculhambar a mesa organizada por Manuela.
Um sujeito, de boné do MST, berrava:
– Reaça tem que morrer.
Segundo Gregório Grisa, presente ao evento, era mais um infiltrado para melar a discussão. No facebook, Grisa contou o que ouviu: “Ao fim desci as escadas casualmente atrás deles, eram umas 15 pessoas, o jovem com boné do MST estava junto com o grupo nitidamente antiesquerdista. Quando chegamos no térreo eu o ouvi comentar:
- essa do boné sempre da certo, todos saem achando que sou do MST.”
Consta que a tropa de choque que boicotou e levou à interrupção do evento teria sido enviada por um deputado de direita.
Um novo inimigo de Manuela.
O ódio na internet é uma evidência.
No twitter, comentando esse rolo, um cara escreveu: “Passa mais hipoglós no seu rabo que tá pouco, seu subnitrato de bosta!!”
Leonardo Sakamoto, blogueiro da Folha de S. Paulo, e eu, sem qualquer contato, paramos de liberar comentários em nossos blogues.
Por quê?
Simples. Cansaço com ameaças, perseguições, calúnias e bullying.
Como ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo, também não somos obrigados a trabalhar contra nós mesmos.
Sou totalmente a favor de que falem mal de mim. De preferência, milhares de vezes por dia. Colaboro para isso. Escrevo. Com isso, alimento quem queira me combater. Mas não tenho mais disposição para fazer moderação de insultos sistemáticos.
Censura é uma política de Estado pela qual se fica impedido de publicar em qualquer lugar.
Não há isso no Brasil.
O resto é opção.
Sugiro a criação de blogues contra mim. Dezenas, milhares, milhões.
Por que alguns não fazem isso? Porque ninguém os leria.
Querem carona para aparecer.
Não dou mais carona.
Cansei da Síndrome de Estocolmo. Não trabalho para meu sequestrador. Não colaboro com o estuprador. Não sirvo ao amo.
A chantagem da internet é essa: a vítima, para não ser censor, teria de trabalhar para o seu algoz.
Não contem comigo.
O evento interrompido da deputada Manuela mostrou, em tempo real, a cara horrenda da extrema-direita.
Curiosamente com discursos contra o politicamente correto e em nome da liberdade de expressão.
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