Por Adilson Araújo, no site da CTB:
O melhor remédio para a crise econômica e política que vivemos é a aposta na geração de emprego e renda. O país precisa de uma agenda positiva orientada para a retomada do crescimento econômico e o desenvolvimento com democracia, soberania e valorização do trabalho. Não podemos ficar presos à lógica do ajuste fiscal. O governo deve estimular a ampliação dos investimentos para a concretização das grandes obras de infraestrutura e incremento dos programas sociais.
É necessário salientar que as dificuldades enfrentadas pela sociedade brasileira, em especial pelos trabalhadores, não são apenas de natureza econômica. O momento é conturbado. A direita não assimilou a derrota no último pleito presidencial e faz claros apelos ao golpismo. Destila ataques insanos à Petrobras e à engenharia nacional, contribuindo para a paralisação de importantes obras de infraestrutura, já afetadas pela politização da operação Lava Jato. Em consequência, centenas de milhares de assalariados correm o risco de perder o emprego.
Presidida por Eduardo Cunha, um político de direita acusado de receber propina de R$ 5 milhões por um delator da Operação Lava Jato, a Câmara Federal é hoje orientada por uma agenda reacionária, antidemocrática, antinacional e antipopular, contra a classe trabalhadora e o povo. Entre os retrocessos que encaminhou no Parlamento destacam-se a proposta de terceirização ilimitada, aprovada pelos deputados em primeiro turno, a institucionalização do financiamento privado das campanhas políticas (fonte maior da corrupção no país, da qual Cunha, por sinal, é um grande expoente) e a redução da maioridade penal.
Uma nova Conclat
Como representante de milhões de trabalhadores e trabalhadoras brasileiras, a CTB acredita que o enfrentamento da atual conjuntura vai exigir muita luta política. A pauta consagrada na Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, realizada em junho de 2010, aponta diretrizes definidas pelas centrais sindicais que respaldaram a ação unitária da classe trabalhadora nos últimos cinco anos. Penso que é chegada a hora de realizar uma nova conferência com o objetivo de retomar o fórum unitário das centrais e atualizar nossa agenda.
O propósito maior é fortalecer a unidade e a mobilização em torno da pauta trabalhista, que vem enfrentando sérios reveses no Congresso Nacional, refém de uma legislatura hostil aos interesses da classe trabalhadora. Em tais condições é imprescindível construir um movimento em defesa da democracia, da engenharia e da soberania nacional, dos direitos sociais. Sem sombra de dúvidas, este é o melhor caminho para defender a democracia, evitar o retrocesso político e social e avançar na direção das mudanças que o país precisa.
Cumpre reiterar também a luta por mudanças na política econômica, de forma a romper com as receitas recessivas impostas pelo capital financeiro. Nos últimos seis meses o país registrou o enfraquecimento da demanda por bens de consumo, aumento da inadimplência, desaceleração do mercado imobiliário, crescimento do desemprego e queda de 10% na renda do trabalhador. É preciso reverter este cenário crítico e reencontrar o caminho do desenvolvimento com valorização do trabalho, democracia e soberania.
* Adilson Araújo é presidente nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
É necessário salientar que as dificuldades enfrentadas pela sociedade brasileira, em especial pelos trabalhadores, não são apenas de natureza econômica. O momento é conturbado. A direita não assimilou a derrota no último pleito presidencial e faz claros apelos ao golpismo. Destila ataques insanos à Petrobras e à engenharia nacional, contribuindo para a paralisação de importantes obras de infraestrutura, já afetadas pela politização da operação Lava Jato. Em consequência, centenas de milhares de assalariados correm o risco de perder o emprego.
Presidida por Eduardo Cunha, um político de direita acusado de receber propina de R$ 5 milhões por um delator da Operação Lava Jato, a Câmara Federal é hoje orientada por uma agenda reacionária, antidemocrática, antinacional e antipopular, contra a classe trabalhadora e o povo. Entre os retrocessos que encaminhou no Parlamento destacam-se a proposta de terceirização ilimitada, aprovada pelos deputados em primeiro turno, a institucionalização do financiamento privado das campanhas políticas (fonte maior da corrupção no país, da qual Cunha, por sinal, é um grande expoente) e a redução da maioridade penal.
Uma nova Conclat
Como representante de milhões de trabalhadores e trabalhadoras brasileiras, a CTB acredita que o enfrentamento da atual conjuntura vai exigir muita luta política. A pauta consagrada na Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, realizada em junho de 2010, aponta diretrizes definidas pelas centrais sindicais que respaldaram a ação unitária da classe trabalhadora nos últimos cinco anos. Penso que é chegada a hora de realizar uma nova conferência com o objetivo de retomar o fórum unitário das centrais e atualizar nossa agenda.
O propósito maior é fortalecer a unidade e a mobilização em torno da pauta trabalhista, que vem enfrentando sérios reveses no Congresso Nacional, refém de uma legislatura hostil aos interesses da classe trabalhadora. Em tais condições é imprescindível construir um movimento em defesa da democracia, da engenharia e da soberania nacional, dos direitos sociais. Sem sombra de dúvidas, este é o melhor caminho para defender a democracia, evitar o retrocesso político e social e avançar na direção das mudanças que o país precisa.
Cumpre reiterar também a luta por mudanças na política econômica, de forma a romper com as receitas recessivas impostas pelo capital financeiro. Nos últimos seis meses o país registrou o enfraquecimento da demanda por bens de consumo, aumento da inadimplência, desaceleração do mercado imobiliário, crescimento do desemprego e queda de 10% na renda do trabalhador. É preciso reverter este cenário crítico e reencontrar o caminho do desenvolvimento com valorização do trabalho, democracia e soberania.
* Adilson Araújo é presidente nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
1 comentários:
Porque o verdadeiro combate a corrupção é novidade por aqui. Foi apenas a partir do governo Lula com a criação da Controladoria Geral da União que as coisas começaram a mudar. Essa é a verdade. Somado à criação da CGU e ao fato de a Polícia Federal ter multiplicado seu efetivo a partir de 2003.
O combate à corrupção tem sido implacável, tanto que o número de operações da PF e as demissões de servidores envolvidos em ilícitos se tornaram regra e não exceção.
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