Por Emir Sader, no site Carta Maior:
Washington Luís, político de origem carioca, cooptado pelas elites paulistas – exatamente como o FHC –, se havia notabilizado por, além de dar continuidade ao domínio das elites primário-exportadoras, por duas de suas afirmações: “A questão social é questão de polícia” e “Governar é construir estradas” – para facilitar as exportações.
Nada mais contrastante do que o governo que o Getúlio iniciava, com a reivindicação pelo Estado dos direitos sociais dos trabalhadores e pela interpelação dos brasileiros como “Trabalhadores do Brasil”.
Até hoje a elite paulista – do Estadão aos tucanos –, não digeriu aquela derrota. Continua a fazer a apologia de Washington Luís, colocando seu nome em tudo quanto é lugar público – de estradas a avenidas. Enquanto que o Getúlio, o maior estadista brasileiro do século XX, não tem nenhum lugar público com seu nome em São Paulo. Lula constatou isso, ao inaugurar um auditório no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, com o nome do Getúlio.
O paradoxo não poderia ser maior: FHC, ao instaurar seu programa neoliberal de governo, disse: “Vou virar a pagina do getulismo”. Ele sabia que a centralidade do mercado que seu governo buscava, só poderia ser feita contra o Estado construído por Getúlio, que afirmava os direitos sociais, fazia do Estado uma alavanca para o crescimento econômico, incentivava a industrialização, reconhecia o direito à sindicalização dos trabalhadores, lançava as bases do nacionalismo e do Estado nacional.
Até hoje se pode dizer que essa é uma linha demarcatória das forcas políticas e das ideologias no pais: quem está pela continuidade do ideário getulista se situa à esquerda; quem está contra ele, é a direita brasileira.
Hoje é o dia que as elites paulistas usam para comemorar a memória de um dos seus ícones fundamentais – o outro é Borba Gato e os bandeirantes. Porque em um dia como hoje as elites paulistas tentaram conter e reverter as transformações que Getúlio começava a implementar no Brasil.
Washington Luís, político de origem carioca, cooptado pelas elites paulistas – exatamente como o FHC –, se havia notabilizado por, além de dar continuidade ao domínio das elites primário-exportadoras, por duas de suas afirmações: “A questão social é questão de polícia” e “Governar é construir estradas” – para facilitar as exportações.
Nada mais contrastante do que o governo que o Getúlio iniciava, com a reivindicação pelo Estado dos direitos sociais dos trabalhadores e pela interpelação dos brasileiros como “Trabalhadores do Brasil”.
Até hoje a elite paulista – do Estadão aos tucanos –, não digeriu aquela derrota. Continua a fazer a apologia de Washington Luís, colocando seu nome em tudo quanto é lugar público – de estradas a avenidas. Enquanto que o Getúlio, o maior estadista brasileiro do século XX, não tem nenhum lugar público com seu nome em São Paulo. Lula constatou isso, ao inaugurar um auditório no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, com o nome do Getúlio.
O paradoxo não poderia ser maior: FHC, ao instaurar seu programa neoliberal de governo, disse: “Vou virar a pagina do getulismo”. Ele sabia que a centralidade do mercado que seu governo buscava, só poderia ser feita contra o Estado construído por Getúlio, que afirmava os direitos sociais, fazia do Estado uma alavanca para o crescimento econômico, incentivava a industrialização, reconhecia o direito à sindicalização dos trabalhadores, lançava as bases do nacionalismo e do Estado nacional.
Até hoje se pode dizer que essa é uma linha demarcatória das forcas políticas e das ideologias no pais: quem está pela continuidade do ideário getulista se situa à esquerda; quem está contra ele, é a direita brasileira.
0 comentários:
Postar um comentário