Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:
Movimentos sociais, partidos, centrais sindicais, ministros, prefeitos, vereadores e deputados foram hoje (7) à sede do Instituto Lula, no Ipiranga, zona sul de São Paulo, para um "abraço" em repúdio ao atentado ocorrido na noite de 30 de julho, quando uma bomba foi arremessada em direção ao prédio. Militantes distribuíram flores brancas e vermelhas – uma delas foi parar no buraco provocado pelo artefato. "Não mexam com ele" foi a mensagem mais repetida, além das várias manifestações contra a violência.
Estavam lá três ministros (Aloizio Mercadante, Jaques Wagner e Edinho Silva), os presidentes nacionais do PT, Rui Falcão, e do PCdoB, Renato Rabelo, os prefeitos Luiz Marinho (São Bernardo do Campo) e Carlos Grana (Santo André), além do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ). Outros partidos estavam representados, como o PDT e o PCO. Um cartaz com a imagem de Leonel Brizola foi posta no portão, forrado com mensagens de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que segundo o instituto teve sua segurança pessoal reforçada.
Lula chegou pouco antes das 13h, ao lado de sua mulher, Marisa Letícia Lula da Silva, e passou por uma espécie de "corredor polonês" para conseguir entrar no instituto, escoltado pelo presidente da entidade, Paulo Okamotto. Foi recebido também por Clara Ant, Luiz Dulci e Paulo Vannuchi, diretores do instituto. Pouco depois, ele foi algumas vezes à janela, acima da garagem atingida pela bomba, e lançou flores aos manifestantes.
Não houve exatamente um "abraço". Parte das centenas de manifestantes se posicionou diante do instituto com faixas e bandeiras, gritando palavras de ordem e soltando fumaça vermelha. Muitos assinaram mensagens em uma cartolina. Alguns levaram cravos vermelhos. Pouco antes do meio-dia, horário marcado para o início do ato, uma caixa de som tocava o Hino da Independência. Foram feitas cópias de uma charge da cartunista Laerte, comparando o atentado e o episódio da bolinha de papel jogada em direção ao então candidato José Serra (PSDB), na eleição de 2010, e ironizando a repercussão na mídia. Durante alguns minutos, a rua onde fica o Instituto Lula ficou completamente interditada. Havia carros da Polícia Militar no local, mas não foram registrados incidentes.
Fascismo, golpismo
Para Lindbergh, grupos fascistas estão se organizando pelo país, com o silêncio da oposição. "Não vi o Aécio Neves (presidente do PSDB e senador) falando sobre isso", afirmou o senador.
O presidente do Instituto Lula informou que se reuniu com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e com o secretário estadual da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, para discutir o caso e o andamento das investigações. Okamotto acrescentou que a entidade quer um investigação paralela por parte da Polícia Federal.
Rui Falcão chamou de golpismo a manifestação de setores da oposição por novas eleições. "Tivemos uma eleição, a presidente foi eleita, não há nenhum motivo para isso. Todas essas coisas são insinuações com caráter antidemocrático", declarou. "Demoramos tanto para chegar na democracia, e agora alguns oportunistas, que só pensam em projetos pessoais, tentam interromper o processo democrático. Eleição, agora só em 2018."
O ministro das Comunicações, Edinho Silva, disse que o vice-presidente da República, Michel Temer, não deixará a coordenação política, como se especulou. "O Temer não vai sair, o Temer e fundamental para o governo. Fundamental", declarou Edinho, que ao lado de Mercadante e de Rui Falcão participou de reunião com Lula.
O secretário municipal de Relações Institucionais de São Paulo, o ex-ministro Alexandre Padilha, lembrou que houve recentemente outros dois atentados contra o PT, em Jundiaí, no interior, e no diretório do centro de São Paulo. "É importante encontrar os responsáveis para estancar a violência. Um homem protegido pelo Exército, pela Polícia Federal, não pode passar por isso", acrescentou, referindo-se à Lula. O secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, o ex-senador Eduardo Suplicy, também foi ao ato, juntamente com secretário-adjunto, Rogério Sottili.
"A crise política está em um patamar que é insustentável para o país", afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (CUT), Rafael Marques. "A ameaça que isto (apontando para a porta danificada pela bomba) significa é muito pesada. E não é isolado, Precisa ter resposta", disse o dirigente, para quem políticos com "interesses mesquinhos" alimentam uma disputa do "quanto pior, melhor".
"O nosso recado é: vamos pensar na sociedade brasileira, nos mais pobres, nos que trabalham e fazem o país andar para a frente. Alguns estão armando um cenário insuflado com uma série de artificialismos", criticou, acrescentando que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, neste momento, não demonstra um papel de estadista. "Está pondo gasolina no processo."
Ele destacou a reunião da próxima quinta-feira (13), quando a presidenta Dilma Rousseff receberá representantes dos movimentos sociais. "Queremos fazer uma mobilização pela diálogo e pelo entendimento."
Para o presidente da UGT, Ricardo Patah, a situação política só deverá ficar menos tensa quando houver indícios de melhoras na economia. Quando isso acontecer, acrescentou, quem passará a ser hostilizado serão os que apostam no "quanto pior, melhor". "Chegará a vez deles. Não vão conseguir contaminar o Brasil todo com essa odiosa hostilidade." Também estavam lá o presidente da CTB, Adilson Araújo, e o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, e dirigentes e militantes de entidade como Central de Movimentos Populares (CMP) e União Nacional dos Estudantes (UNE).
Estavam lá três ministros (Aloizio Mercadante, Jaques Wagner e Edinho Silva), os presidentes nacionais do PT, Rui Falcão, e do PCdoB, Renato Rabelo, os prefeitos Luiz Marinho (São Bernardo do Campo) e Carlos Grana (Santo André), além do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ). Outros partidos estavam representados, como o PDT e o PCO. Um cartaz com a imagem de Leonel Brizola foi posta no portão, forrado com mensagens de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que segundo o instituto teve sua segurança pessoal reforçada.
Lula chegou pouco antes das 13h, ao lado de sua mulher, Marisa Letícia Lula da Silva, e passou por uma espécie de "corredor polonês" para conseguir entrar no instituto, escoltado pelo presidente da entidade, Paulo Okamotto. Foi recebido também por Clara Ant, Luiz Dulci e Paulo Vannuchi, diretores do instituto. Pouco depois, ele foi algumas vezes à janela, acima da garagem atingida pela bomba, e lançou flores aos manifestantes.
Não houve exatamente um "abraço". Parte das centenas de manifestantes se posicionou diante do instituto com faixas e bandeiras, gritando palavras de ordem e soltando fumaça vermelha. Muitos assinaram mensagens em uma cartolina. Alguns levaram cravos vermelhos. Pouco antes do meio-dia, horário marcado para o início do ato, uma caixa de som tocava o Hino da Independência. Foram feitas cópias de uma charge da cartunista Laerte, comparando o atentado e o episódio da bolinha de papel jogada em direção ao então candidato José Serra (PSDB), na eleição de 2010, e ironizando a repercussão na mídia. Durante alguns minutos, a rua onde fica o Instituto Lula ficou completamente interditada. Havia carros da Polícia Militar no local, mas não foram registrados incidentes.
Fascismo, golpismo
Para Lindbergh, grupos fascistas estão se organizando pelo país, com o silêncio da oposição. "Não vi o Aécio Neves (presidente do PSDB e senador) falando sobre isso", afirmou o senador.
O presidente do Instituto Lula informou que se reuniu com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e com o secretário estadual da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, para discutir o caso e o andamento das investigações. Okamotto acrescentou que a entidade quer um investigação paralela por parte da Polícia Federal.
Rui Falcão chamou de golpismo a manifestação de setores da oposição por novas eleições. "Tivemos uma eleição, a presidente foi eleita, não há nenhum motivo para isso. Todas essas coisas são insinuações com caráter antidemocrático", declarou. "Demoramos tanto para chegar na democracia, e agora alguns oportunistas, que só pensam em projetos pessoais, tentam interromper o processo democrático. Eleição, agora só em 2018."
O ministro das Comunicações, Edinho Silva, disse que o vice-presidente da República, Michel Temer, não deixará a coordenação política, como se especulou. "O Temer não vai sair, o Temer e fundamental para o governo. Fundamental", declarou Edinho, que ao lado de Mercadante e de Rui Falcão participou de reunião com Lula.
O secretário municipal de Relações Institucionais de São Paulo, o ex-ministro Alexandre Padilha, lembrou que houve recentemente outros dois atentados contra o PT, em Jundiaí, no interior, e no diretório do centro de São Paulo. "É importante encontrar os responsáveis para estancar a violência. Um homem protegido pelo Exército, pela Polícia Federal, não pode passar por isso", acrescentou, referindo-se à Lula. O secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, o ex-senador Eduardo Suplicy, também foi ao ato, juntamente com secretário-adjunto, Rogério Sottili.
"A crise política está em um patamar que é insustentável para o país", afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (CUT), Rafael Marques. "A ameaça que isto (apontando para a porta danificada pela bomba) significa é muito pesada. E não é isolado, Precisa ter resposta", disse o dirigente, para quem políticos com "interesses mesquinhos" alimentam uma disputa do "quanto pior, melhor".
"O nosso recado é: vamos pensar na sociedade brasileira, nos mais pobres, nos que trabalham e fazem o país andar para a frente. Alguns estão armando um cenário insuflado com uma série de artificialismos", criticou, acrescentando que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, neste momento, não demonstra um papel de estadista. "Está pondo gasolina no processo."
Ele destacou a reunião da próxima quinta-feira (13), quando a presidenta Dilma Rousseff receberá representantes dos movimentos sociais. "Queremos fazer uma mobilização pela diálogo e pelo entendimento."
Para o presidente da UGT, Ricardo Patah, a situação política só deverá ficar menos tensa quando houver indícios de melhoras na economia. Quando isso acontecer, acrescentou, quem passará a ser hostilizado serão os que apostam no "quanto pior, melhor". "Chegará a vez deles. Não vão conseguir contaminar o Brasil todo com essa odiosa hostilidade." Também estavam lá o presidente da CTB, Adilson Araújo, e o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, e dirigentes e militantes de entidade como Central de Movimentos Populares (CMP) e União Nacional dos Estudantes (UNE).
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