Editorial do jornal Brasil de Fato:
Na segunda (14), os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, anunciaram, em coletiva no Palácio do Planalto, um pacote de nove medidas que prometem equilibrar a economia brasileira no próximo ano.
A proposta, que ainda depende de aprovação no Congresso, é clara. Reduzir gastos e aumentar as receitas. Serão R$ 26 bilhões cortados do orçamento de 2016 que, na prática, significam congelamento do salário de todo o funcionalismo público federal, suspensão dos concursos públicos, cortes radicais na saúde, educação e na previdência, além de sérias ameaças ao salário mínimo e aos projetos sociais, como o Minha Casa, Minha Vida.
O pacote anunciado por Levy e Barbosa aponta para mais uma guinada à direita do governo. Ou seja, como forma de recuperar a credibilidade dos investidores internacionais, são retirados direitos da classe trabalhadora. Com essas medidas, fica óbvio para quem está sendo jogada a conta da crise.
Os lucros ficam para os banqueiros, latifundiários e rentistas. Além de controlarem o sistema político brasileiro, sobretudo via os financiamentos das campanhas eleitorais, contam com atuação certeira da grande mídia. Esta tem feito o seu papel alimentando o golpismo e chantageando descaradamente a presidenta. O recado é objetivo: ou Dilma assume um programa de arrocho brutal ou o fim próximo será o impeachment. A elite não mais tolera o discurso “crescimento com distribuição de renda” e faz de tudo para a manutenção de seus privilégios.
Dentre as medidas propostas, a que atinge menos os pobres e mais os ricos é a retomada da cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), com possibilidade de aumento de receitas com projeção de R$ 32 bilhões de arrecadação.
O fato é que o neodesenvolvimentismo já chegou ao teto. E a classe trabalhadora, quando vai dar seu ultimato ao governo Dilma? Ainda há tempo de a presidenta repudiar a opção neoliberal?
A única saída é convocar o povo brasileiro a apoiar uma política que abaixe os juros e jogue o peso da dívida para os mais ricos. Dilma tem que assumir o compromisso com a classe trabalhadora e fortalecer as táticas que têm sido implementadas pelos movimentos sociais.
É hora de se livrar de vez dos ranços da ditadura militar impregnados no Congresso Nacional. Os que vivem do trabalho precisam seguir pressionando pela convocação de uma Assembleia Constituinte Exclusiva e Soberana para reconstruir o sistema político brasileiro e democratizar os meios de comunicação. Porque da democracia a classe trabalhadora não abre mão.
O povo brasileiro, presidenta, é quem é seu verdadeiro aliado. E tem faltado motivos para apoiá-la. A retórica dos ganhos obtidos nos últimos doze anos não é suficiente para garantir apoio popular. O segredo é mais direitos, mais políticas sociais e menos neoliberalismo. E somente o povo ao seu lado é que fará com que permaneça na presidência até 2018 sem ser um fantoche descartável nas mãos da burguesia brasileira.
Na segunda (14), os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, anunciaram, em coletiva no Palácio do Planalto, um pacote de nove medidas que prometem equilibrar a economia brasileira no próximo ano.
A proposta, que ainda depende de aprovação no Congresso, é clara. Reduzir gastos e aumentar as receitas. Serão R$ 26 bilhões cortados do orçamento de 2016 que, na prática, significam congelamento do salário de todo o funcionalismo público federal, suspensão dos concursos públicos, cortes radicais na saúde, educação e na previdência, além de sérias ameaças ao salário mínimo e aos projetos sociais, como o Minha Casa, Minha Vida.
O pacote anunciado por Levy e Barbosa aponta para mais uma guinada à direita do governo. Ou seja, como forma de recuperar a credibilidade dos investidores internacionais, são retirados direitos da classe trabalhadora. Com essas medidas, fica óbvio para quem está sendo jogada a conta da crise.
Os lucros ficam para os banqueiros, latifundiários e rentistas. Além de controlarem o sistema político brasileiro, sobretudo via os financiamentos das campanhas eleitorais, contam com atuação certeira da grande mídia. Esta tem feito o seu papel alimentando o golpismo e chantageando descaradamente a presidenta. O recado é objetivo: ou Dilma assume um programa de arrocho brutal ou o fim próximo será o impeachment. A elite não mais tolera o discurso “crescimento com distribuição de renda” e faz de tudo para a manutenção de seus privilégios.
Dentre as medidas propostas, a que atinge menos os pobres e mais os ricos é a retomada da cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), com possibilidade de aumento de receitas com projeção de R$ 32 bilhões de arrecadação.
O fato é que o neodesenvolvimentismo já chegou ao teto. E a classe trabalhadora, quando vai dar seu ultimato ao governo Dilma? Ainda há tempo de a presidenta repudiar a opção neoliberal?
A única saída é convocar o povo brasileiro a apoiar uma política que abaixe os juros e jogue o peso da dívida para os mais ricos. Dilma tem que assumir o compromisso com a classe trabalhadora e fortalecer as táticas que têm sido implementadas pelos movimentos sociais.
É hora de se livrar de vez dos ranços da ditadura militar impregnados no Congresso Nacional. Os que vivem do trabalho precisam seguir pressionando pela convocação de uma Assembleia Constituinte Exclusiva e Soberana para reconstruir o sistema político brasileiro e democratizar os meios de comunicação. Porque da democracia a classe trabalhadora não abre mão.
O povo brasileiro, presidenta, é quem é seu verdadeiro aliado. E tem faltado motivos para apoiá-la. A retórica dos ganhos obtidos nos últimos doze anos não é suficiente para garantir apoio popular. O segredo é mais direitos, mais políticas sociais e menos neoliberalismo. E somente o povo ao seu lado é que fará com que permaneça na presidência até 2018 sem ser um fantoche descartável nas mãos da burguesia brasileira.
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