Por Renato Rovai, em seu blog:
O governador Alckmin está seguindo à risca a sua política à la Big Stick. Fala com suavidade para a mídia, mas bota a policia com cassetes e escopetas na rua pra “dialogar” com os movimentos.
Alckmin não está sendo original. O Big Stick foi criado por Roosevelt. Ele defendia que o EUA só deveriam dialogar com a América Latina mostrando força. Ou seja, na base do porrete.
O governador paulista vem obtendo sucesso há muito tempo usando essa tática com os movimentos sociais, mas parece ter encontrado agora um adversário perigoso e que pode levá-lo a uma derrota histórica.
Ontem estive na escola Fernão Dias, que conheço há uns 20 anos. Ela foi a primeira a ser ocupada em São Paulo por estudantes que são contra o plano de fechamento de escolas que Alckmin pretende implementar sem ter discutido com ninguém, professores, pais, alunos, especialistas em educação e qualquer outro segundo da sociedade.
Haviam uns 20 carros de polícia por lá e uns 150 a 200 policiais cercando o local. Dentro do colégio, no máximo 20 garotas e garotos, sendo que apenas um deles parece ter 18 anos. Todos os outros menores de idade.
Me impressionou ver uma menina ruiva de uns 14 anos que parecia ser uma das líderes do movimento. Segundo depoimento de quem estava acampado por lá em solidariedade, ela já tinha conseguido driblar a barreira policial por duas vezes, tendo saído e entrado da escola.
Fiquei imaginando o que aconteceria com ela se fosse agredida por um daqueles policiais bem nutridos, fortes e ameaçadores que estavam por lá. Ela provavelmente desmontaria.
Hoje já são sete escolas ocupadas. Essas histórias estão correndo o estado. Em Osasco, Diadema, Santo André, na Zona Sul, na Leste etc. garotas e garotos estão se mobilizando.
E a polícia e suas tropas de choque estão sendo acionadas para barrá-los na sua legítima ação de protestar contra uma das mais absurdas ações de todos os tempos que um governador de São Paulo tenta patrocinar com seu jeito meigo de mudar o nome das coisas, o fechamento de escolas.
A potência desse movimento é algo que supera o Big Stick de Alckmin. Se ele vier a mostrar força com esses garotos, terá milhares e milhares de pessoas nas ruas e nas escolas em solidariedade a eles e contra ele. O tamanho da desproporção da violência é algo que não deixa espaço a dúvidas.
Mas ao mesmo tempo se Alckmin vier a ficar quieto fazendo de conta que não é com ele, o movimento pode ir ganhado força aos poucos e em breve serão 100 escolas ocupadas.
Ou o governador recua enquanto é cedo ou viverá dias de Beto Richa.
Essa meninada conseguiu colocar o supostamente imbatível Alckmin nas cordas. Se ele pagar pra ver, vai perder.
O governador Alckmin está seguindo à risca a sua política à la Big Stick. Fala com suavidade para a mídia, mas bota a policia com cassetes e escopetas na rua pra “dialogar” com os movimentos.
Alckmin não está sendo original. O Big Stick foi criado por Roosevelt. Ele defendia que o EUA só deveriam dialogar com a América Latina mostrando força. Ou seja, na base do porrete.
O governador paulista vem obtendo sucesso há muito tempo usando essa tática com os movimentos sociais, mas parece ter encontrado agora um adversário perigoso e que pode levá-lo a uma derrota histórica.
Ontem estive na escola Fernão Dias, que conheço há uns 20 anos. Ela foi a primeira a ser ocupada em São Paulo por estudantes que são contra o plano de fechamento de escolas que Alckmin pretende implementar sem ter discutido com ninguém, professores, pais, alunos, especialistas em educação e qualquer outro segundo da sociedade.
Haviam uns 20 carros de polícia por lá e uns 150 a 200 policiais cercando o local. Dentro do colégio, no máximo 20 garotas e garotos, sendo que apenas um deles parece ter 18 anos. Todos os outros menores de idade.
Me impressionou ver uma menina ruiva de uns 14 anos que parecia ser uma das líderes do movimento. Segundo depoimento de quem estava acampado por lá em solidariedade, ela já tinha conseguido driblar a barreira policial por duas vezes, tendo saído e entrado da escola.
Fiquei imaginando o que aconteceria com ela se fosse agredida por um daqueles policiais bem nutridos, fortes e ameaçadores que estavam por lá. Ela provavelmente desmontaria.
Hoje já são sete escolas ocupadas. Essas histórias estão correndo o estado. Em Osasco, Diadema, Santo André, na Zona Sul, na Leste etc. garotas e garotos estão se mobilizando.
E a polícia e suas tropas de choque estão sendo acionadas para barrá-los na sua legítima ação de protestar contra uma das mais absurdas ações de todos os tempos que um governador de São Paulo tenta patrocinar com seu jeito meigo de mudar o nome das coisas, o fechamento de escolas.
A potência desse movimento é algo que supera o Big Stick de Alckmin. Se ele vier a mostrar força com esses garotos, terá milhares e milhares de pessoas nas ruas e nas escolas em solidariedade a eles e contra ele. O tamanho da desproporção da violência é algo que não deixa espaço a dúvidas.
Mas ao mesmo tempo se Alckmin vier a ficar quieto fazendo de conta que não é com ele, o movimento pode ir ganhado força aos poucos e em breve serão 100 escolas ocupadas.
Ou o governador recua enquanto é cedo ou viverá dias de Beto Richa.
Essa meninada conseguiu colocar o supostamente imbatível Alckmin nas cordas. Se ele pagar pra ver, vai perder.
1 comentários:
Esta historia de fechar escolas é para negociar os terrenos para especulação imobiliária! Me engana que eu gosto!
Postar um comentário