Do site do Coletivo Intervozes:
A Folha de S.Paulo publicou nesta quinta-feira (19/11), em sua coluna “Painel”, uma nota em que insinua a existência de irregularidades no fato de um projeto do Intervozes ter sido um dos vencedores do Prêmio de Mídia Livre, concedido pelo Ministério da Cultura, já que o atual secretário executivo da pasta, João Brant, é associado da organização.
Como a Folha não respeitou o princípio básico do jornalismo de ouvir as partes citadas antes da publicação de uma matéria, cabe-nos fazer alguns esclarecimentos públicos:
1- O secretário executivo João Brant está afastado do Intervozes, por vontade própria, desde 2013. Esta informação é pública e está disponível em nosso site. Por conta disso, não participa dos espaços de organização muito menos de tomada de decisão do coletivo. Tampouco teve qualquer contato com a entidade ao longo do processo de elaboração e seleção do projeto que foi apresentado pelo Intervozes ao edital dos Pontos de Mídia Livre.
2- É política do Intervozes afastar temporariamente de seus quadros associados que ocupem cargos de confiança em órgãos cuja atividade esteja no campo de atuação da organização. Como este é o caso do Ministério da Cultura, caso João Brant não estivesse afastado desde 2013 do Intervozes, teria sido a partir do momento em que tomou a decisão de ocupar tal cargo no MinC. Consideramos esta uma prática fundamental para manter a autonomia do coletivo em relação ao poder público.
3- O Observatório do Direito à Comunicação, projeto premiado no último edital de mídia livre do Ministério, existe desde 2007 e, ao contrário do que erroneamente afirma a Folha, participou da edição do edital de 2009 – portanto, em outro governo e outra gestão da pasta da Cultura – e, na ocasião, também foi selecionado. A qualidade e a relevância do conteúdo jornalístico publicado pelo Observatório ao longo dos últimos oito anos são os únicos fatores que o levaram a receber o prêmio em questão. Em 2010, o Intervozes, também ao contrário do que diz o jornal, participou do edital de Pontões de Mídia Livre.
4- O Intervozes é uma associação civil sem fins lucrativos que, em seus doze anos de atuação, nacional e internacional, em defesa da liberdade de expressão e do direito à comunicação, jamais foi alvo de qualquer denúncia de favorecimento ou foco de práticas que pudessem representar conflitos de interesse. Prezamos pela transparência das ações do poder público assim como conduzimos nossa atuação em estrito respeito ao interesse público. Lamentamos que a idoneidade de nossa entidade seja questionada desta forma pela Folha de S.Paulo, cujos interesses para publicar tal ilação desconhecemos em todos os aspectos.
São Paulo, 19 de novembro de 2015.
Como a Folha não respeitou o princípio básico do jornalismo de ouvir as partes citadas antes da publicação de uma matéria, cabe-nos fazer alguns esclarecimentos públicos:
1- O secretário executivo João Brant está afastado do Intervozes, por vontade própria, desde 2013. Esta informação é pública e está disponível em nosso site. Por conta disso, não participa dos espaços de organização muito menos de tomada de decisão do coletivo. Tampouco teve qualquer contato com a entidade ao longo do processo de elaboração e seleção do projeto que foi apresentado pelo Intervozes ao edital dos Pontos de Mídia Livre.
2- É política do Intervozes afastar temporariamente de seus quadros associados que ocupem cargos de confiança em órgãos cuja atividade esteja no campo de atuação da organização. Como este é o caso do Ministério da Cultura, caso João Brant não estivesse afastado desde 2013 do Intervozes, teria sido a partir do momento em que tomou a decisão de ocupar tal cargo no MinC. Consideramos esta uma prática fundamental para manter a autonomia do coletivo em relação ao poder público.
3- O Observatório do Direito à Comunicação, projeto premiado no último edital de mídia livre do Ministério, existe desde 2007 e, ao contrário do que erroneamente afirma a Folha, participou da edição do edital de 2009 – portanto, em outro governo e outra gestão da pasta da Cultura – e, na ocasião, também foi selecionado. A qualidade e a relevância do conteúdo jornalístico publicado pelo Observatório ao longo dos últimos oito anos são os únicos fatores que o levaram a receber o prêmio em questão. Em 2010, o Intervozes, também ao contrário do que diz o jornal, participou do edital de Pontões de Mídia Livre.
4- O Intervozes é uma associação civil sem fins lucrativos que, em seus doze anos de atuação, nacional e internacional, em defesa da liberdade de expressão e do direito à comunicação, jamais foi alvo de qualquer denúncia de favorecimento ou foco de práticas que pudessem representar conflitos de interesse. Prezamos pela transparência das ações do poder público assim como conduzimos nossa atuação em estrito respeito ao interesse público. Lamentamos que a idoneidade de nossa entidade seja questionada desta forma pela Folha de S.Paulo, cujos interesses para publicar tal ilação desconhecemos em todos os aspectos.
São Paulo, 19 de novembro de 2015.
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