Editorial do site Vermelho:
A imagem hegemônica de um Brasil branco derrete e, cada vez mais, os brasileiros assumem sua própria autoimagem de mestiços ou negros, como mostram os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2014 divulgados na sexta-feira passada (13): 53% dos brasileiros se declararam pardos ou negros, e 45,5% se disseram brancos.
Este número cresce desde 2007 quando a PNAD registrou o reencontro dos brasileiros com sua própria autoimagem: naquele ano 50% se declararam pardos ou negros, superando pela primeira vez, num censo oficial realizado no período republicano, o número dos que se consideraram brancos, que foi ligeiramente inferior: 49,2%.
O show de horrores das estatísticas permanece e mostra a extrema desigualdade imposta aos negros e mestiços no Brasil: eles ocupam as piores posições em termos de renda, emprego, moradia, saúde, anos de estudo, violência etc...
Mesmo assim, o reconhecimento de sua cor pelos brasileiros tem um significado positivo. Os brasileiros vão se reencontrando com suas raízes, sua origem, sua história, e reafirmam sua enorme contribuição à civilização: a afirmação de que todos os homens são iguais.
O sonho racista da elite que tentou forjar uma autoimagem “branca”, “europeia”, vai sendo depositado na lata de lixo dos delírios de classe. E quem o rejeita é justamente aquela que o poeta chamou “esta gente bronzeada” que mostra o seu valor.
É significativo que o reencontro dos brasileiros com sua própria autoimagem ocorra nestes anos de afirmação da democracia no Brasil, período também em que a luta de classes se acentua. A melhora, embora pequena, da renda dos mais pobres (que são sobretudo pardos e negros), maior acesso à educação e às universidades, maior conhecimento da história do povo brasileiro, da escravidão e da África – tudo isso reforça a e valoriza a autoimagem dos brasileiros, que não é loura de olhos azuis como sonham os racistas.
O Brasil é negro e mestiço, seu povo resultou da intensa mistura de gentes que ocorreu por aqui e que, mesmo tendo sido extremamente violenta, formou nossa gente que aponta para o futuro da humanidade e da civilização: o reconhecimento radical da igualdade entre todos os seres humanos.
A imagem hegemônica de um Brasil branco derrete e, cada vez mais, os brasileiros assumem sua própria autoimagem de mestiços ou negros, como mostram os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2014 divulgados na sexta-feira passada (13): 53% dos brasileiros se declararam pardos ou negros, e 45,5% se disseram brancos.
Este número cresce desde 2007 quando a PNAD registrou o reencontro dos brasileiros com sua própria autoimagem: naquele ano 50% se declararam pardos ou negros, superando pela primeira vez, num censo oficial realizado no período republicano, o número dos que se consideraram brancos, que foi ligeiramente inferior: 49,2%.
O show de horrores das estatísticas permanece e mostra a extrema desigualdade imposta aos negros e mestiços no Brasil: eles ocupam as piores posições em termos de renda, emprego, moradia, saúde, anos de estudo, violência etc...
Mesmo assim, o reconhecimento de sua cor pelos brasileiros tem um significado positivo. Os brasileiros vão se reencontrando com suas raízes, sua origem, sua história, e reafirmam sua enorme contribuição à civilização: a afirmação de que todos os homens são iguais.
O sonho racista da elite que tentou forjar uma autoimagem “branca”, “europeia”, vai sendo depositado na lata de lixo dos delírios de classe. E quem o rejeita é justamente aquela que o poeta chamou “esta gente bronzeada” que mostra o seu valor.
É significativo que o reencontro dos brasileiros com sua própria autoimagem ocorra nestes anos de afirmação da democracia no Brasil, período também em que a luta de classes se acentua. A melhora, embora pequena, da renda dos mais pobres (que são sobretudo pardos e negros), maior acesso à educação e às universidades, maior conhecimento da história do povo brasileiro, da escravidão e da África – tudo isso reforça a e valoriza a autoimagem dos brasileiros, que não é loura de olhos azuis como sonham os racistas.
O Brasil é negro e mestiço, seu povo resultou da intensa mistura de gentes que ocorreu por aqui e que, mesmo tendo sido extremamente violenta, formou nossa gente que aponta para o futuro da humanidade e da civilização: o reconhecimento radical da igualdade entre todos os seres humanos.
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