Por Altamiro Borges
A Folha de S.Paulo, que sempre teve o rabo preso com os patrões, está preocupada com as anunciadas reações à chamada reforma trabalhista, que entrará em vigor em 11 de novembro. As centrais sindicais prometem protestos em todos os Estados e a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) acaba de aprovar em seu congresso uma resolução orientando juízes, procuradores e advogados a se insurgirem contra as ilegalidades da “deforma”, que elimina 100 direitos previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Temendo a resistência, o jornal publicou neste sábado (14) editorial, intitulado “Guerrilha trabalhista”, em que ataca os que se contrapõem à regressão em curso. A famiglia Frias não tergiversa na defesa dos seus interesses de classe.
Em tom autoritário, próprio de um jornal que apoiou o golpe militar e o setor linha dura da ditadura, a Folha contesta a decisão da Anamatra. “Certas campanhas produzem mais confronto e tensão do que solução de conflitos, o que é especialmente reprovável entre profissionais da área do direito”, decreta o editorial. O maior temor do veículo patronal é com o aumento dos conflitos na Justiça do Trabalho. “O conjunto da obra pode se tornar, na prática, uma ofensiva para barrar nos tribunais o avanço da reforma – cujo objetivo central é fortalecer as negociações coletivas mediadas por sindicatos, que, assegurados os direitos fundamentais, devem prevalecer sobre ditames legislativos”.
Para a Folha, que militou abertamente em favor de todas as regressões patrocinadas pelo covil golpista de Michel Temer – apoiou as “reformas” trabalhista e previdenciária, a lei da terceirização selvagem e a lei que congela por 20 anos de gastos em educação e saúde –, a entidade nacional dos magistrados estaria cometendo um crime ao politizar o debate sobre a extinção da CLT. “Politizar um assunto jurídico, como parece fazer a Anamatra, pode ser tão contraproducente ou daninho, em termos institucionais, quanto judicializar a política”. Travestindo-se de moderninho, o jornal da famiglia Frias reafirma o seu apoio ao desmonte trabalhista:
“A reforma é sem dúvida meritória em seus propósitos. A inadequação dos arcaicos regulamentos do trabalho à realidade cada vez mais dinâmica das empresas tem prejudicado a eficiência e o crescimento da economia. O excesso de conflitos judiciais eleva ou torna incertos os custos de contratação, o que emperra o planejamento dos negócios... Clareza e simplicidade na legislação são demandas de interesse geral. Guerrilhas nos tribunais tão somente imporão obstáculos à geração de empregos e à atividade produtiva, além de sobrecarregar ainda mais o Judiciário”.
Os jornalistas da Folha, com seus salários arrochados, vítimas do assédio moral e subcontratados como PJs – como pessoas jurídicas sem direitos trabalhistas –, conhecem bem as práticas modernas e as boas intenções da famiglia Frias. Até aqueles puxa-sacos, que ainda chamam o patrão de companheiro, conhecem o rabo preso da Folha.
A Folha de S.Paulo, que sempre teve o rabo preso com os patrões, está preocupada com as anunciadas reações à chamada reforma trabalhista, que entrará em vigor em 11 de novembro. As centrais sindicais prometem protestos em todos os Estados e a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) acaba de aprovar em seu congresso uma resolução orientando juízes, procuradores e advogados a se insurgirem contra as ilegalidades da “deforma”, que elimina 100 direitos previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Temendo a resistência, o jornal publicou neste sábado (14) editorial, intitulado “Guerrilha trabalhista”, em que ataca os que se contrapõem à regressão em curso. A famiglia Frias não tergiversa na defesa dos seus interesses de classe.
Em tom autoritário, próprio de um jornal que apoiou o golpe militar e o setor linha dura da ditadura, a Folha contesta a decisão da Anamatra. “Certas campanhas produzem mais confronto e tensão do que solução de conflitos, o que é especialmente reprovável entre profissionais da área do direito”, decreta o editorial. O maior temor do veículo patronal é com o aumento dos conflitos na Justiça do Trabalho. “O conjunto da obra pode se tornar, na prática, uma ofensiva para barrar nos tribunais o avanço da reforma – cujo objetivo central é fortalecer as negociações coletivas mediadas por sindicatos, que, assegurados os direitos fundamentais, devem prevalecer sobre ditames legislativos”.
Para a Folha, que militou abertamente em favor de todas as regressões patrocinadas pelo covil golpista de Michel Temer – apoiou as “reformas” trabalhista e previdenciária, a lei da terceirização selvagem e a lei que congela por 20 anos de gastos em educação e saúde –, a entidade nacional dos magistrados estaria cometendo um crime ao politizar o debate sobre a extinção da CLT. “Politizar um assunto jurídico, como parece fazer a Anamatra, pode ser tão contraproducente ou daninho, em termos institucionais, quanto judicializar a política”. Travestindo-se de moderninho, o jornal da famiglia Frias reafirma o seu apoio ao desmonte trabalhista:
“A reforma é sem dúvida meritória em seus propósitos. A inadequação dos arcaicos regulamentos do trabalho à realidade cada vez mais dinâmica das empresas tem prejudicado a eficiência e o crescimento da economia. O excesso de conflitos judiciais eleva ou torna incertos os custos de contratação, o que emperra o planejamento dos negócios... Clareza e simplicidade na legislação são demandas de interesse geral. Guerrilhas nos tribunais tão somente imporão obstáculos à geração de empregos e à atividade produtiva, além de sobrecarregar ainda mais o Judiciário”.
Os jornalistas da Folha, com seus salários arrochados, vítimas do assédio moral e subcontratados como PJs – como pessoas jurídicas sem direitos trabalhistas –, conhecem bem as práticas modernas e as boas intenções da famiglia Frias. Até aqueles puxa-sacos, que ainda chamam o patrão de companheiro, conhecem o rabo preso da Folha.
0 comentários:
Postar um comentário