Por Carlos Fernandes, no blog Diário do Centro do Mundo:
Assim é com o golpe que destituiu a presidenta Dilma Rousseff do poder através do maior consórcio de punguistas, estelionatários, vigaristas e corruptos que se tem notícia na história republicana do Brasil.
Pois bem, se ainda existia alguma dúvida que foi por interesses escusos e pelo poder econômico – e não por um bando de imbecis vestidos de verde e amarelo a idolatrar um pato – que uma presidenta honesta foi deposta, as vísceras do golpe foram manifestas. Mais uma vez.
Na série de vídeos divulgados da delação do doleiro Lúcio Funaro, o comparsa de quadrilheiros da estirpe de Eduardo Cunha, Moreira Franco e Michel Temer deixa claro como a compra de deputados foi primordial para a aprovação do impeachment.
Foi no balcão de negócios que se transformou um processo político inteiramente maculado pela grande imprensa, pelo poder judiciário e pelos setores financeiros nacionais e internacionais que incontestavelmente o destino da democracia brasileira estava sendo selado.
Cristalino está que por trás daquele fatídico dia em que deus, a família e a moral foram invocados para que a malta da Câmara dos Deputados votasse “sim”, estava acordada a mesma compra de parlamentares que permitiu a FHC aprovar a emenda constitucional da reeleição.
Dissecado de todas as maneiras o processo fraudulento que culminou na desmoralização do Brasil enquanto nação democrática, seria premente que o golpe sofrido pelo país em 2016 fosse sumária e inquestionavelmente anulado.
“Seria” se não tivéssemos um Supremo Tribunal Federal conivente com o achaque praticado pelos criminosos que ora ocupam os mais altos cargos da república.
Foi justamente pela inépcia, pela covardia e pela parcialidade do poder judiciário, tanto na figura da Procuradoria-Geral da República quanto do próprio STF, que chegamos ao absurdo do país inteiro ter sido lesado sob o aval e o abrigo dos estabelecidos guardiões da Constituição Federal.
Nessa esteira de ilegalidades que pôs e até agora mantém Michel Temer na Presidência da República, não se pode desconsiderar também o que poderíamos chamar de Acordo de Leniência entre os ladrões do golpe e a nossa tola e ridícula classe média brasileira.
Se não existe mais qualquer mobilização dos ditos indignados que povoaram com tanto afinco as ruas do país nos domingos ensolarados, é porque são tão hipócritas e corruptos quanto o próprio Temer.
A cada dia que passa, a permanência desse pária no cargo que a democracia jamais o outorgaria nos humilha e nos reduz.
Se ainda está lá, é porque em boa medida a humilhação e a redução cai bem para uma grande parcela da sociedade desse país.
Não que tenha sido qualquer novidade, mas num país onde ainda existe gente que se presta a acreditar que a terra é plana, algumas coisas precisam ser esfregadas na cara.
Assim é com o golpe que destituiu a presidenta Dilma Rousseff do poder através do maior consórcio de punguistas, estelionatários, vigaristas e corruptos que se tem notícia na história republicana do Brasil.
Pois bem, se ainda existia alguma dúvida que foi por interesses escusos e pelo poder econômico – e não por um bando de imbecis vestidos de verde e amarelo a idolatrar um pato – que uma presidenta honesta foi deposta, as vísceras do golpe foram manifestas. Mais uma vez.
Na série de vídeos divulgados da delação do doleiro Lúcio Funaro, o comparsa de quadrilheiros da estirpe de Eduardo Cunha, Moreira Franco e Michel Temer deixa claro como a compra de deputados foi primordial para a aprovação do impeachment.
Foi no balcão de negócios que se transformou um processo político inteiramente maculado pela grande imprensa, pelo poder judiciário e pelos setores financeiros nacionais e internacionais que incontestavelmente o destino da democracia brasileira estava sendo selado.
Cristalino está que por trás daquele fatídico dia em que deus, a família e a moral foram invocados para que a malta da Câmara dos Deputados votasse “sim”, estava acordada a mesma compra de parlamentares que permitiu a FHC aprovar a emenda constitucional da reeleição.
Dissecado de todas as maneiras o processo fraudulento que culminou na desmoralização do Brasil enquanto nação democrática, seria premente que o golpe sofrido pelo país em 2016 fosse sumária e inquestionavelmente anulado.
“Seria” se não tivéssemos um Supremo Tribunal Federal conivente com o achaque praticado pelos criminosos que ora ocupam os mais altos cargos da república.
Foi justamente pela inépcia, pela covardia e pela parcialidade do poder judiciário, tanto na figura da Procuradoria-Geral da República quanto do próprio STF, que chegamos ao absurdo do país inteiro ter sido lesado sob o aval e o abrigo dos estabelecidos guardiões da Constituição Federal.
Nessa esteira de ilegalidades que pôs e até agora mantém Michel Temer na Presidência da República, não se pode desconsiderar também o que poderíamos chamar de Acordo de Leniência entre os ladrões do golpe e a nossa tola e ridícula classe média brasileira.
Se não existe mais qualquer mobilização dos ditos indignados que povoaram com tanto afinco as ruas do país nos domingos ensolarados, é porque são tão hipócritas e corruptos quanto o próprio Temer.
A cada dia que passa, a permanência desse pária no cargo que a democracia jamais o outorgaria nos humilha e nos reduz.
Se ainda está lá, é porque em boa medida a humilhação e a redução cai bem para uma grande parcela da sociedade desse país.
0 comentários:
Postar um comentário