Por Bepe Damasco, em seu blog:
Artigo recente assinado pelo conceituado jornalista Luis Costa Pinto, além de confirmar que os golpistas são capazes de tudo no clima de anarquia institucional que reina na República pós-golpe, tem potencial para aumentar em doses cavalares a indignação das pessoas com um mínimo de senso de justiça e apreço à democracia.
Na escuridão do Jaburu, ou nos demais locais de Brasília onde acontecem encontros secretos e fora da agenda reunindo gente dos três poderes preocupada com o futuro de Temer depois que ele descer a rampa do Planalto, trama-se um estupro jurídico tão simples como aterrador.
A ideia, feita sob medida para livrar o pescoço de Temer da espada da justiça comum, na qual as chances de terminar seus dias na cadeia são grandes, é aprovar uma PEC estendendo o foro privilegiado para os ex-presidentes da República. Os destacados coveiros da democracia que protagonizam esse casuísmo sem vergonha já definiram até o período para o monstrengo vir ao mundo: no fim de 2018, logo depois das eleições. Isso, se elas ocorrerem.
Eis o passo a passo da conspirata: 1) Acelerar a condenação de Lula pelo TRF-4, para que ele não possa ser beneficiado pela mudança na lei; 2) Condenar também o quanto antes o ex-presidente Collor, para salvar as aparências e não fazer de Lula é a única vítima da exclusão; 3) Mesmo sem nenhuma denúncia aceita pela Justiça contra Dilma, para os arquitetos desse arranjo, tudo bem se ela vier a se beneficiar. Seria um efeito colateral absorvido em nome da causa maior de poupar Temer.
Mas, como diria o genial Garrincha, “faltou combinar com os russos”. E se Lula conseguir atravessar a tormenta, garantir o direito de disputar a eleição e vencê-la? Haveria, então, ambiente favorável na sociedade para prosperar proposta tão vil?
Claro que não. A euforia popular desencadeada pela vitória do maior líder de massas do país, embalada pela expectativa de revogação das medidas antipopulares e antinacionais de Temer, certamente frustraria os planos dos golpistas.
Por isso, trata-se de uma operação casada conduzida pelo estado-maior da quadrilha que assaltou o governo sem voto. Sem a inabilitação de Lula, nada feito. Neste caso, só restaria a Temer responder pelos seus crimes na 1ª instância da justiça. Daí para a cadeia seria um pulo.
A cada pesquisa apontando a liderança cada vez mais folgada de Lula, mais assombrados ficam os que sabem ser impossível derrotá-lo nas urnas. O projeto visando a salvação do pescoço de Temer, via extensão da prerrogativa de foro para ex-presidentes da República, é mais um obstáculo erguido pelos conservadores para impedir a eleição de Lula.
Resta saber se serão capazes de conter a roda da história movida pela maioria do povo brasileiro.
Artigo recente assinado pelo conceituado jornalista Luis Costa Pinto, além de confirmar que os golpistas são capazes de tudo no clima de anarquia institucional que reina na República pós-golpe, tem potencial para aumentar em doses cavalares a indignação das pessoas com um mínimo de senso de justiça e apreço à democracia.
Na escuridão do Jaburu, ou nos demais locais de Brasília onde acontecem encontros secretos e fora da agenda reunindo gente dos três poderes preocupada com o futuro de Temer depois que ele descer a rampa do Planalto, trama-se um estupro jurídico tão simples como aterrador.
A ideia, feita sob medida para livrar o pescoço de Temer da espada da justiça comum, na qual as chances de terminar seus dias na cadeia são grandes, é aprovar uma PEC estendendo o foro privilegiado para os ex-presidentes da República. Os destacados coveiros da democracia que protagonizam esse casuísmo sem vergonha já definiram até o período para o monstrengo vir ao mundo: no fim de 2018, logo depois das eleições. Isso, se elas ocorrerem.
Eis o passo a passo da conspirata: 1) Acelerar a condenação de Lula pelo TRF-4, para que ele não possa ser beneficiado pela mudança na lei; 2) Condenar também o quanto antes o ex-presidente Collor, para salvar as aparências e não fazer de Lula é a única vítima da exclusão; 3) Mesmo sem nenhuma denúncia aceita pela Justiça contra Dilma, para os arquitetos desse arranjo, tudo bem se ela vier a se beneficiar. Seria um efeito colateral absorvido em nome da causa maior de poupar Temer.
Mas, como diria o genial Garrincha, “faltou combinar com os russos”. E se Lula conseguir atravessar a tormenta, garantir o direito de disputar a eleição e vencê-la? Haveria, então, ambiente favorável na sociedade para prosperar proposta tão vil?
Claro que não. A euforia popular desencadeada pela vitória do maior líder de massas do país, embalada pela expectativa de revogação das medidas antipopulares e antinacionais de Temer, certamente frustraria os planos dos golpistas.
Por isso, trata-se de uma operação casada conduzida pelo estado-maior da quadrilha que assaltou o governo sem voto. Sem a inabilitação de Lula, nada feito. Neste caso, só restaria a Temer responder pelos seus crimes na 1ª instância da justiça. Daí para a cadeia seria um pulo.
A cada pesquisa apontando a liderança cada vez mais folgada de Lula, mais assombrados ficam os que sabem ser impossível derrotá-lo nas urnas. O projeto visando a salvação do pescoço de Temer, via extensão da prerrogativa de foro para ex-presidentes da República, é mais um obstáculo erguido pelos conservadores para impedir a eleição de Lula.
Resta saber se serão capazes de conter a roda da história movida pela maioria do povo brasileiro.
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