A decisão do Superior Tribunal Federal (STF) rechaçando o pedido de habeas corpus apresentado pelos advogados de Lula o impede definitivamente de concorrer à presidência e permite a sua detenção, que foi decretada com impressionante celeridade pelo juiz Sérgio Moro.
O que antes requeria a intervenção das Forças Armadas hoje se pode fazer com novos protagonistas, convenientemente doutrinados e treinados pelas diversas agências do governo dos Estados Unidos com seus programas de “boas práticas”. Eles selecionam juízes, promotores, legisladores e jornalistas e oferecem cursos especializados sobre os temas de sua incumbência.
Um desses juízes é precisamente Moro, que condenou Lula sem prova alguma, o que significa que aprendeu muito bem as lições que recebeu no país do Norte. O brasileiro é talvez o mais famoso dos muitos juízes e promotores latino-americanos que participam nestes cursos de “boas práticas”. Em seu caso, assistiu ao programa para instrução de advogados oferecido pela Harvard Law School e também um workshop sobre lavagem de dinheiro organizado pelo Departamento de Estado, apesar de que nos Estados Unidos há quatro estados – Delaware, Nevada, Wyoming e Dakota do Sul – onde se lava dinheiro de forma aberta e descarada.
Moro aprendeu que é uma “boa prática” condenar um acusado ainda quando não há evidências do delito. O mesmo havia acontecido com a quadrilha que tomou conta do Congresso brasileiro, que condenou Dilma Rousseff sem prova alguma, por corrução, para logo destitui-la em um processo escandaloso, com os legisladores do país chafurdando felizes na cloaca mais malcheirosa da política internacional.
Mas não basta ter juízes e promotores para concretizar os planos desestabilizadores do império. Também é preciso incorporar ao projeto alguns jornalistas que saibam aplicar a arte da mentira sistemática, da desinformação, da fabricação de consensos, da manipulação da opinião pública, do uso das chamadas “pós-verdades”. Além de saber blindar midiaticamente os governantes e políticos amigos, ao mesmo tempo em que sabe linchar os indesejáveis.
Não é casual que as opiniões vertidas pelas oligarquias midiáticas sejam insolitamente tomadas como “provas” por esses juízes ou promotores, cujos cérebros foram meticulosamente lavados nos Estados Unidos. O ex-presidente Rafael Correa sempre lembra qual foi o principal obstáculo para todos os seus projetos de governo: os meios de comunicação, controlados a vontade pela oligarquia financeira e seus aliados. No caso argentino, a blindagem dos governantes e políticos amigos é impressionante. Por exemplo, o escândalo dos Panamá Papers desapareceu por completo dos noticiários, como também aconteceu com o incêndio intencional de Iron Mountain, onde der bombeiros perderam a vida e documentos de suma importância, e que complicariam a vida de muita gente poderosa, se reduziram a cinzas. No Brasil, o principal impulsor da campanha a favor da condenação de Lula e da destituição de Dilma foi a Rede Globo, que o fez abertamente, violando as regras de uma nobre profissão, como fazem quase todos os meios que, como ela defendem hegemonias nos demais países da América Latina. Em ver se jornalismo, o que se faz nesses meios é pura propaganda política, com raras e honrosas exceções. São meios interessados em promover determinados interesses econômicos e políticos, além de encobrir os delitos de seus aliados.
Mas não basta com juízes e jornalistas corruptos: é preciso contar também contar com legisladores inescrupulosos dispostos ao que seja “se o preço é o correto”. Com eles, o imperialismo incorporou aos seus dispositivos de dominação o mal chamado “golpe brando”, que não passa de uma estratégia de destituição de governos progressistas –inclusive aqueles que somente se atreveram a desobedecer às ordens da Casa Branca –, o que, depois, provoca um verdadeiro banho de sangue nos países. Para quem tenha dúvidas, basta observar o ocorre em Honduras, o que vem acontecendo no Paraguai, e no Brasil, com o Rio de Janeiro sob intervenção militar, com vítimas como Marielle Franco, assassinada em um crime escandaloso, que não foi possível ocultar, embora tenha sido seguido por outro assassinato que foi sim ignorado pelos meios e pelas autoridades: o de outro vereador, Paulo Henrique Dourado, integrante da Câmara Municipal de Magé, na Baixada Fluminense. Sua execução aconteceu apenas uma semana depois da de Marielle.
Ao pisotear os preceitos constitucionais, o Superior Tribunal Federal deslegitima a democracia e joga o Brasil nos braços da violência. Demonstra que, de agora em diante, o povo terá que pensar em outras estratégias de conquista do poder, porque a via da democracia parece desembocar fatalmente na vingança reacionária com a bênção do império. Não há muitos dispostos a tolerar este resultado.
O que antes requeria a intervenção das Forças Armadas hoje se pode fazer com novos protagonistas, convenientemente doutrinados e treinados pelas diversas agências do governo dos Estados Unidos com seus programas de “boas práticas”. Eles selecionam juízes, promotores, legisladores e jornalistas e oferecem cursos especializados sobre os temas de sua incumbência.
Um desses juízes é precisamente Moro, que condenou Lula sem prova alguma, o que significa que aprendeu muito bem as lições que recebeu no país do Norte. O brasileiro é talvez o mais famoso dos muitos juízes e promotores latino-americanos que participam nestes cursos de “boas práticas”. Em seu caso, assistiu ao programa para instrução de advogados oferecido pela Harvard Law School e também um workshop sobre lavagem de dinheiro organizado pelo Departamento de Estado, apesar de que nos Estados Unidos há quatro estados – Delaware, Nevada, Wyoming e Dakota do Sul – onde se lava dinheiro de forma aberta e descarada.
Moro aprendeu que é uma “boa prática” condenar um acusado ainda quando não há evidências do delito. O mesmo havia acontecido com a quadrilha que tomou conta do Congresso brasileiro, que condenou Dilma Rousseff sem prova alguma, por corrução, para logo destitui-la em um processo escandaloso, com os legisladores do país chafurdando felizes na cloaca mais malcheirosa da política internacional.
Mas não basta ter juízes e promotores para concretizar os planos desestabilizadores do império. Também é preciso incorporar ao projeto alguns jornalistas que saibam aplicar a arte da mentira sistemática, da desinformação, da fabricação de consensos, da manipulação da opinião pública, do uso das chamadas “pós-verdades”. Além de saber blindar midiaticamente os governantes e políticos amigos, ao mesmo tempo em que sabe linchar os indesejáveis.
Não é casual que as opiniões vertidas pelas oligarquias midiáticas sejam insolitamente tomadas como “provas” por esses juízes ou promotores, cujos cérebros foram meticulosamente lavados nos Estados Unidos. O ex-presidente Rafael Correa sempre lembra qual foi o principal obstáculo para todos os seus projetos de governo: os meios de comunicação, controlados a vontade pela oligarquia financeira e seus aliados. No caso argentino, a blindagem dos governantes e políticos amigos é impressionante. Por exemplo, o escândalo dos Panamá Papers desapareceu por completo dos noticiários, como também aconteceu com o incêndio intencional de Iron Mountain, onde der bombeiros perderam a vida e documentos de suma importância, e que complicariam a vida de muita gente poderosa, se reduziram a cinzas. No Brasil, o principal impulsor da campanha a favor da condenação de Lula e da destituição de Dilma foi a Rede Globo, que o fez abertamente, violando as regras de uma nobre profissão, como fazem quase todos os meios que, como ela defendem hegemonias nos demais países da América Latina. Em ver se jornalismo, o que se faz nesses meios é pura propaganda política, com raras e honrosas exceções. São meios interessados em promover determinados interesses econômicos e políticos, além de encobrir os delitos de seus aliados.
Mas não basta com juízes e jornalistas corruptos: é preciso contar também contar com legisladores inescrupulosos dispostos ao que seja “se o preço é o correto”. Com eles, o imperialismo incorporou aos seus dispositivos de dominação o mal chamado “golpe brando”, que não passa de uma estratégia de destituição de governos progressistas –inclusive aqueles que somente se atreveram a desobedecer às ordens da Casa Branca –, o que, depois, provoca um verdadeiro banho de sangue nos países. Para quem tenha dúvidas, basta observar o ocorre em Honduras, o que vem acontecendo no Paraguai, e no Brasil, com o Rio de Janeiro sob intervenção militar, com vítimas como Marielle Franco, assassinada em um crime escandaloso, que não foi possível ocultar, embora tenha sido seguido por outro assassinato que foi sim ignorado pelos meios e pelas autoridades: o de outro vereador, Paulo Henrique Dourado, integrante da Câmara Municipal de Magé, na Baixada Fluminense. Sua execução aconteceu apenas uma semana depois da de Marielle.
Ao pisotear os preceitos constitucionais, o Superior Tribunal Federal deslegitima a democracia e joga o Brasil nos braços da violência. Demonstra que, de agora em diante, o povo terá que pensar em outras estratégias de conquista do poder, porque a via da democracia parece desembocar fatalmente na vingança reacionária com a bênção do império. Não há muitos dispostos a tolerar este resultado.
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