Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
O probo, o santo, o confiável, o incorruptível, o previsível, o mal menor.
Estes atributos que os marqueteiros tucanos pretendiam explorar na campanha presidencial de Geraldo Alckmin estão indo para o ralo com o rompimento da blindagem judicial de que o PSDB desfrutou durante as últimas décadas em São Paulo.
O desastre ético do ex-governador paulista, sua principal bandeira, acontece no pior momento, com a candidatura afundada entre 4% e 6% nas pesquisas, embolado com os nanicos, o que afugenta possíveis aliados e recursos.
Neste domingo, ainda não refeito das delações da Odebrecht e das contas suíças de Paulo Preto, o “suposto operador” tucano, nova bomba estourou no mal assombrado arraial tucano.
“Promotoria apura suposto caixa 2 de concessionária para campanha de Alckmin”, revela reportagem da Folha.
Segundo o jornal, a concessionária CCR, maior arrecadadora de pedágios em São Paulo, entregou R$ 5 milhões ao cunhado de Alckmin, Adhemar Ribeiro, na campanha de 2010, como consta do acordo de colaboração premiada feito pela empresa.
Na mesma campanha, a Odebrecht relatou em delações que destinou R$ 10,7 milhões ao mesmo portador.
A cada semana chegam novas más notícias ao QG de Alckmin, agora atacado por todos os lados, inclusive internamente pelo grupo do ex-afilhado João Doria, que revindica mais recursos para sua campanha de governador.
Alckmin, como presidente do partido, tem a chave do cofre, mas não é só a questão financeira que ameaça sua segunda candidatura presidencial.
Descontentes com os rumos da campanha, deputados das bancadas estadual e federal do PSDB já estão articulando abertamente para trocar Alckmin por Doria, que não ficaria chateado com a manobra.
Pesquisas foram encomendadas por dirigentes do partido com os nomes dos dois tucanos na lista presidencial para medir intenções de voto e rejeição.
Doria se lançou como presidenciável no ano passado empunhando a bandeira do anti-petismo, como já tinha feito na campanha municipal, em que se elegeu no primeiro turno.
Apanhado na Lava Jato e com novas denúncias pipocando, Alckmin ficou sem bandeira nenhuma, atrás de Jair Bolsonaro até nas pesquisas em São Paulo.
Se, na disputa de 2006 contra Lula, Geraldo Alckmin conseguiu ter menos votos no segundo turno do que no primeiro, um fato inédito em eleições presidenciais, desta vez corre o sério risco de morrer na praia antes do embate final, mesmo sem o PT na parada.
A única boa notícia da semana para o eterno governador do Tucanistão veio da Justiça, quando Gilmar Mendes, sempre ele, mandou soltar o “suposto operador” tucano Paulo Vieira de Souza, mais conhecido por Paulo Preto, acusado de manter R$ 121 milhões em quatro contas na Suíça.
Em troca da liberdade, Paulo Preto já avisou que não fará delação premiada e trocou de advogado. Tirou Daniel Biaski, um especialista em “colaborações”, e ficou com José Roberto Santoro, por coincidência também defensor de José Serra e Aloysio Nunes, outros tucanões enrolados na Lava Jato.
É muito improvável que o conjunto de delações e denúncias contra Alckmin levem a Justiça a impedir a sua candidatura em 2018, mas o estrago político já está feito.
Como a campanha deste ano será mais curta, o presidenciável tucano terá pouco tempo depois da Copa para reverter este jogo que lhe é até o momento cada vez mais desfavorável.
Sem aliados de peso, nem articulação política nacional, Alckmin não consegue sair de São Paulo, onde ainda enfrenta a guerra entre seus dois candidatos a governador, João Doria e Marcio França.
Suas esperanças se resumem a ser o único candidato ainda minimamente competitivo do establishment, mas isso não lhe assegura a passagem para o segundo turno, nem mesmo que consiga sobreviver até o final do primeiro.
E vida que segue.
Estes atributos que os marqueteiros tucanos pretendiam explorar na campanha presidencial de Geraldo Alckmin estão indo para o ralo com o rompimento da blindagem judicial de que o PSDB desfrutou durante as últimas décadas em São Paulo.
O desastre ético do ex-governador paulista, sua principal bandeira, acontece no pior momento, com a candidatura afundada entre 4% e 6% nas pesquisas, embolado com os nanicos, o que afugenta possíveis aliados e recursos.
Neste domingo, ainda não refeito das delações da Odebrecht e das contas suíças de Paulo Preto, o “suposto operador” tucano, nova bomba estourou no mal assombrado arraial tucano.
“Promotoria apura suposto caixa 2 de concessionária para campanha de Alckmin”, revela reportagem da Folha.
Segundo o jornal, a concessionária CCR, maior arrecadadora de pedágios em São Paulo, entregou R$ 5 milhões ao cunhado de Alckmin, Adhemar Ribeiro, na campanha de 2010, como consta do acordo de colaboração premiada feito pela empresa.
Na mesma campanha, a Odebrecht relatou em delações que destinou R$ 10,7 milhões ao mesmo portador.
A cada semana chegam novas más notícias ao QG de Alckmin, agora atacado por todos os lados, inclusive internamente pelo grupo do ex-afilhado João Doria, que revindica mais recursos para sua campanha de governador.
Alckmin, como presidente do partido, tem a chave do cofre, mas não é só a questão financeira que ameaça sua segunda candidatura presidencial.
Descontentes com os rumos da campanha, deputados das bancadas estadual e federal do PSDB já estão articulando abertamente para trocar Alckmin por Doria, que não ficaria chateado com a manobra.
Pesquisas foram encomendadas por dirigentes do partido com os nomes dos dois tucanos na lista presidencial para medir intenções de voto e rejeição.
Doria se lançou como presidenciável no ano passado empunhando a bandeira do anti-petismo, como já tinha feito na campanha municipal, em que se elegeu no primeiro turno.
Apanhado na Lava Jato e com novas denúncias pipocando, Alckmin ficou sem bandeira nenhuma, atrás de Jair Bolsonaro até nas pesquisas em São Paulo.
Se, na disputa de 2006 contra Lula, Geraldo Alckmin conseguiu ter menos votos no segundo turno do que no primeiro, um fato inédito em eleições presidenciais, desta vez corre o sério risco de morrer na praia antes do embate final, mesmo sem o PT na parada.
A única boa notícia da semana para o eterno governador do Tucanistão veio da Justiça, quando Gilmar Mendes, sempre ele, mandou soltar o “suposto operador” tucano Paulo Vieira de Souza, mais conhecido por Paulo Preto, acusado de manter R$ 121 milhões em quatro contas na Suíça.
Em troca da liberdade, Paulo Preto já avisou que não fará delação premiada e trocou de advogado. Tirou Daniel Biaski, um especialista em “colaborações”, e ficou com José Roberto Santoro, por coincidência também defensor de José Serra e Aloysio Nunes, outros tucanões enrolados na Lava Jato.
É muito improvável que o conjunto de delações e denúncias contra Alckmin levem a Justiça a impedir a sua candidatura em 2018, mas o estrago político já está feito.
Como a campanha deste ano será mais curta, o presidenciável tucano terá pouco tempo depois da Copa para reverter este jogo que lhe é até o momento cada vez mais desfavorável.
Sem aliados de peso, nem articulação política nacional, Alckmin não consegue sair de São Paulo, onde ainda enfrenta a guerra entre seus dois candidatos a governador, João Doria e Marcio França.
Suas esperanças se resumem a ser o único candidato ainda minimamente competitivo do establishment, mas isso não lhe assegura a passagem para o segundo turno, nem mesmo que consiga sobreviver até o final do primeiro.
E vida que segue.
1 comentários:
Sr.Ricardo Kotscho. Me fala ai. E o Aécio? Como anda o processo dele? E os procuradores, não estão atento as acusações contra o Aécio?
Por favor atualize seus leitores, sobre a situação desta ilustre persona.
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