Foto: Ricardo Stuckert |
O Tribunal Nacional de Justiça do Equador aprovou nesta terça-feira (3) o pedido da Procuradoria Geral do país para ordenar a extradição e prisão preventiva do ex-presidente Rafael Correa.
Correa, que vive na Bélgica, é acusado de ser o mentor do sequestro do ex-deputado Fernando Balda em 2012, na Colômbia.
O processo contra o ex-presidente do Equador é mais um controverso episódio do Judiciário contra figuras de esquerda da América Latina nos últimos 10 anos. Além da prisão do ex-presidente Lula em abril deste ano, golpes foram articulados para destituir os ex-presidentes de Honduras, Manuel Zelaya, em 2009, Fernando Lugo, do Paraguai, em 2012, e Dilma Rousseff, no Brasil, em 2016.
Também foram decretadas ordens de prisão contra Cristina Kirchner, ex-presidente da Argentina, em 2017, por supostamente acobertar um atentado de 2004 contra uma instituição judaica, em Buenos Aires, e, em junho deste ano, contra o ex-presidente de El Salvador, Mauricio Funes, acusado de corrupção.
No caso de Correa, a juíza de Garantias Penais da Corte Nacional de Justiça Daniella Camacho determinou a prisão porque ele teria descumprido a ordem cautelar de se apresentar a cada quinze dias na Seção Penal do Tribunal, em Quito.
Pelo Twitter, Correa disse que a ordem é um “grave atropelo da justiça” e de seus direitos. “Tentarão nos humilhar e nos provocar sofrimento, mas uma monstruosidade assim jamais irá prosperar em um Estado de Direito como a Bélgica”.
A defesa do ex-presidente recorrerá da decisão.
Balda é ex-membro da Aliança País, partido de Correa, e atual opositor do ex-presidente. Ele também fez parte da defesa do então ministro da Defesa da Colômbia de 2007 e atual presidente, Juan Manuel Santos, processado no Equador pelo bombardeio ao país vizinho que terminou com a morte do líder das Farc, Raúl Reyes.
O ex-deputado recebeu asilo na Colômbia após ser processado por injúria no Equador por acusar Correa de espionar políticos e jornalistas. Chegou a ser deportado devido à decisão judicial do Equador e condenado a dois anos de prisão em 2012.
Na manhã desta quarta-feira, o ex-presidente Lula enviou uma mensagem de solidariedade a Rafael Correa:
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Correa, que vive na Bélgica, é acusado de ser o mentor do sequestro do ex-deputado Fernando Balda em 2012, na Colômbia.
O processo contra o ex-presidente do Equador é mais um controverso episódio do Judiciário contra figuras de esquerda da América Latina nos últimos 10 anos. Além da prisão do ex-presidente Lula em abril deste ano, golpes foram articulados para destituir os ex-presidentes de Honduras, Manuel Zelaya, em 2009, Fernando Lugo, do Paraguai, em 2012, e Dilma Rousseff, no Brasil, em 2016.
Também foram decretadas ordens de prisão contra Cristina Kirchner, ex-presidente da Argentina, em 2017, por supostamente acobertar um atentado de 2004 contra uma instituição judaica, em Buenos Aires, e, em junho deste ano, contra o ex-presidente de El Salvador, Mauricio Funes, acusado de corrupção.
No caso de Correa, a juíza de Garantias Penais da Corte Nacional de Justiça Daniella Camacho determinou a prisão porque ele teria descumprido a ordem cautelar de se apresentar a cada quinze dias na Seção Penal do Tribunal, em Quito.
Pelo Twitter, Correa disse que a ordem é um “grave atropelo da justiça” e de seus direitos. “Tentarão nos humilhar e nos provocar sofrimento, mas uma monstruosidade assim jamais irá prosperar em um Estado de Direito como a Bélgica”.
A defesa do ex-presidente recorrerá da decisão.
Balda é ex-membro da Aliança País, partido de Correa, e atual opositor do ex-presidente. Ele também fez parte da defesa do então ministro da Defesa da Colômbia de 2007 e atual presidente, Juan Manuel Santos, processado no Equador pelo bombardeio ao país vizinho que terminou com a morte do líder das Farc, Raúl Reyes.
O ex-deputado recebeu asilo na Colômbia após ser processado por injúria no Equador por acusar Correa de espionar políticos e jornalistas. Chegou a ser deportado devido à decisão judicial do Equador e condenado a dois anos de prisão em 2012.
Na manhã desta quarta-feira, o ex-presidente Lula enviou uma mensagem de solidariedade a Rafael Correa:
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Estimado companheiro Rafael Corrêa
Soube que você também, de forma tão absurda como fazem comigo, é vítima da judicialização da política, em que alguns juízes querem desqualificar-nos como dirigentes políticos, tirando dos nossos povos o direito de decidir sobre o destino de nossos países.
Envio-lhe a minha solidariedade, com a segurança de que a justiça finalmente triunfará e nossos povos decidirão democraticamente o futuro de nossos países e da América Latina.
Um grande abraço,
Lula
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