Por Joaquim Ernesto Palhares, no site Carta Maior:
Em poucos dias, estaremos em uma das eleições mais surrealistas da nossa história, com o principal candidato do povo atrás das grades, vítima de um golpe e de escancarada perseguição política; e com dois candidatos da direita que farão de tudo – apoiados pelo aparato midiático – para derrotar as candidaturas de esquerda.
Isolado pela Justiça e oculto pela imprensa, Lula irá esgotar todas as possibilidades de ser candidato em outubro próximo. A estratégia coincide com o desejo da maioria da população como mostram as pesquisas. Alguns ainda esperam que a Corte Suprema possa, em última instância, autorizar a participação de Lula nas eleições, mesmo que ele tenha, posteriormente, que se defrontar com o exame, no Plenário, da impugnação que seguramente será apresentada.
Obviamente, existe jurisprudência que permite a participação de candidatos condenados em 2ª. instância nas eleições. A questão, porém, é que não estamos vivendo em uma democracia. E fora do Estado Democrático de Direito, a vontade do povo não é levada em consideração, ainda mais quando o povo não está nas ruas.
Participar das eleições é a primeira batalha que se encerra ao término do 1º. Turno das eleições, quando saberemos qual candidato da direita – Geraldo Alckmin ou Jair Bolsonaro – estará no 2º. Turno. Não nos esqueçamos que ao condomínio golpista (Globo, Judiciário, empresários, parlamentares, Forças Armadas e PM) somam-se o crime organizado e as milícias, vide o assassinato da deputada Marielle Franco, do PSOL.
O desafio é imenso e corremos contra o tempo.
A campanha eleitoral terá pouco mais de vinte dias. A TV ainda será o principal meio de divulgação das ideias dos candidatos. PT, MDB e PSDB contam com 34% do tempo de TV e rádio da campanha eleitoral, Jair Bolsonaro, Marina Silva e Ciro Gomes com 4,2%. Ao PT serão dados 11,5 minutos dos 95 de propaganda eleitoral diária.
Porém, esse tempo será destinado não apenas à campanha de Lula ou do candidato por ele ungido, mas ao enfrentamento da artilharia pesada que virá, não tenhamos dúvidas, do Judiciário, com denúncias e factoides que demandarão reação imediata de todos os democratas.
O principal problema é que nós, da Mídia Alternativa, falamos para o mesmo público e para alguns democratas dispersos. Na prática, nossa internet é uma Ethernet. Urge, portanto, formarmos uma REDE DA LEGALIDADE VIRTUAL, colaborativa, com a participação ativa de militantes e democratas.
A Rede da Legalidade, única alternativa em 1961, até agora não foi recriada na dimensão necessária, mesmo quando Dilma esteve seriamente ameaçada. Composta por milhões de facebooks, twitters e outras mídias, é possível alimentá-la com informações e contrainformações, divulgando notícias e denunciando a atuação dos vendilhões da pátria.
Precisamos estruturar esse espaço virtual, com suficiente capacidade de combate, para darmos respostas rápidas às mentiras, fake news, denúncias eleitoreiras e, sobretudo, à rede de Bolsonaro que só contará com a Internet para se comunicar, já que, sem alianças, a ele restam minguados segundos na TV.
A construção de uma rede com capacidade de mobilização e disseminação de conteúdo (textos, vídeos, memes etc.) produzidos por militantes, preferencialmente, a partir de uma linha editoral prévia, precisaria ser criada urgentemente e distribuída pela atual rede de imprensa alternativa.
Para isso funcionar é fundamental a concordância e apoio dos candidatos do PSOL e PCdoB, mesmo que, sem a formação de uma frente de esquerda, até porque estamos falando de um problema comum a todos.
Não podemos permanecer de braços cruzados. A guerra que estamos enfrentando transcende os partidos. Sozinha, a Mídia Alternativa não dará conta da missão que detém nesse momento. Nós precisamos da colaboração de todos, até porque, as pessoas querem se engajar e precisam de orientação nesse momento.
Não se trata apenas de vencer as eleições, mas de impedir a vitória do fascismo hoje representado tanto por Jair Bolsonaro quanto por Geraldo Alckmin. Não tenhamos dúvidas: a população está assustada e a melhor forma de lidar com o medo é a luta.
Aproveitamos para lembrar que sua parceria é vital à continuidade das nossas atividades. Com apenas R$1,00 por dia (R$30,00/mês), se puder DOE MAIS, você garante a permanência da Carta Maior no ar. Clique aqui e confira opções de doação.
A hora é agora.
Por uma Rede da Legalidade Virtual, já!
* Joaquim Ernesto Palhares é diretor da Carta Maior.
Em poucos dias, estaremos em uma das eleições mais surrealistas da nossa história, com o principal candidato do povo atrás das grades, vítima de um golpe e de escancarada perseguição política; e com dois candidatos da direita que farão de tudo – apoiados pelo aparato midiático – para derrotar as candidaturas de esquerda.
Isolado pela Justiça e oculto pela imprensa, Lula irá esgotar todas as possibilidades de ser candidato em outubro próximo. A estratégia coincide com o desejo da maioria da população como mostram as pesquisas. Alguns ainda esperam que a Corte Suprema possa, em última instância, autorizar a participação de Lula nas eleições, mesmo que ele tenha, posteriormente, que se defrontar com o exame, no Plenário, da impugnação que seguramente será apresentada.
Obviamente, existe jurisprudência que permite a participação de candidatos condenados em 2ª. instância nas eleições. A questão, porém, é que não estamos vivendo em uma democracia. E fora do Estado Democrático de Direito, a vontade do povo não é levada em consideração, ainda mais quando o povo não está nas ruas.
Participar das eleições é a primeira batalha que se encerra ao término do 1º. Turno das eleições, quando saberemos qual candidato da direita – Geraldo Alckmin ou Jair Bolsonaro – estará no 2º. Turno. Não nos esqueçamos que ao condomínio golpista (Globo, Judiciário, empresários, parlamentares, Forças Armadas e PM) somam-se o crime organizado e as milícias, vide o assassinato da deputada Marielle Franco, do PSOL.
O desafio é imenso e corremos contra o tempo.
A campanha eleitoral terá pouco mais de vinte dias. A TV ainda será o principal meio de divulgação das ideias dos candidatos. PT, MDB e PSDB contam com 34% do tempo de TV e rádio da campanha eleitoral, Jair Bolsonaro, Marina Silva e Ciro Gomes com 4,2%. Ao PT serão dados 11,5 minutos dos 95 de propaganda eleitoral diária.
Porém, esse tempo será destinado não apenas à campanha de Lula ou do candidato por ele ungido, mas ao enfrentamento da artilharia pesada que virá, não tenhamos dúvidas, do Judiciário, com denúncias e factoides que demandarão reação imediata de todos os democratas.
O principal problema é que nós, da Mídia Alternativa, falamos para o mesmo público e para alguns democratas dispersos. Na prática, nossa internet é uma Ethernet. Urge, portanto, formarmos uma REDE DA LEGALIDADE VIRTUAL, colaborativa, com a participação ativa de militantes e democratas.
A Rede da Legalidade, única alternativa em 1961, até agora não foi recriada na dimensão necessária, mesmo quando Dilma esteve seriamente ameaçada. Composta por milhões de facebooks, twitters e outras mídias, é possível alimentá-la com informações e contrainformações, divulgando notícias e denunciando a atuação dos vendilhões da pátria.
Precisamos estruturar esse espaço virtual, com suficiente capacidade de combate, para darmos respostas rápidas às mentiras, fake news, denúncias eleitoreiras e, sobretudo, à rede de Bolsonaro que só contará com a Internet para se comunicar, já que, sem alianças, a ele restam minguados segundos na TV.
A construção de uma rede com capacidade de mobilização e disseminação de conteúdo (textos, vídeos, memes etc.) produzidos por militantes, preferencialmente, a partir de uma linha editoral prévia, precisaria ser criada urgentemente e distribuída pela atual rede de imprensa alternativa.
Para isso funcionar é fundamental a concordância e apoio dos candidatos do PSOL e PCdoB, mesmo que, sem a formação de uma frente de esquerda, até porque estamos falando de um problema comum a todos.
Não podemos permanecer de braços cruzados. A guerra que estamos enfrentando transcende os partidos. Sozinha, a Mídia Alternativa não dará conta da missão que detém nesse momento. Nós precisamos da colaboração de todos, até porque, as pessoas querem se engajar e precisam de orientação nesse momento.
Não se trata apenas de vencer as eleições, mas de impedir a vitória do fascismo hoje representado tanto por Jair Bolsonaro quanto por Geraldo Alckmin. Não tenhamos dúvidas: a população está assustada e a melhor forma de lidar com o medo é a luta.
Aproveitamos para lembrar que sua parceria é vital à continuidade das nossas atividades. Com apenas R$1,00 por dia (R$30,00/mês), se puder DOE MAIS, você garante a permanência da Carta Maior no ar. Clique aqui e confira opções de doação.
A hora é agora.
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* Joaquim Ernesto Palhares é diretor da Carta Maior.
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