Os (as) brasileiros (as) querem a democracia e rejeitam a ditadura. O instituto Datafolha divulgou, nesta sexta-feira (19) o resultado de uma pesquisa em que 50% das pessoas acham que o Brasil vive o risco de uma ditadura – para 31% existe “muita chance”, e 19% acham que há “pouca chance”.
Este resultado é coerente com o de outra pesquisa, divulgada no início deste mês, segundo a qual 69% pensam que a democracia é a melhor forma de governo para o país.
A percepção de perigo, de ditadura à vista, dialoga diretamente com números da pesquisa que apesar de indicarem não se tratar de uma maioria revelam que há uma massa de opinião preocupante. Para 32% a ditadura militar legou mais realizações positivas do que negativas; e 14% entende que é correto torturar para obter informações de presos.
A consciência de que um governo de conteúdo ditatorial poderá se instaurar em nosso país deriva do fato de que, como diz a sabedoria popular, a cauda do diabo é por demais comprida para que fique oculta. Por mais, que, agora, Bolsonaro se apresente como se fora um cordato beato, vai ficando claro para muita gente que seu programa de arrancar do povo o pouco que lhe resta de direitos, só é possível, por meio de governo autoritário.
É viva ainda entre os (as) brasileiros (as) a memória da ditadura militar de 1964, e mais de 51% do povo a desaprova - para eles, o legado deixado por aquele regime discricionário foi mais negativo do que positivo, diz a pesquisa.
O caráter democrático da maioria dos brasileiros se manifesta nas respostas a outras questões que apontam o vigor deste sentimento entre nosso povo.
Por exemplo, 80% são contra toda forma de tortura a prisioneiros; 72% não aceitam a censura a jornais, rádios e TV; 72% não aceitam a proibição de greves; 71% não aceitam que o governo possa fechar o Congresso Nacional; 65% não aceitam a prisão de suspeitos sem autorização da Justiça; 61% são contra a extinção de algum partido político; 52% rejeitam que o governo possa controlar o conteúdo nas redes sociais; 51% rejeitam a intervenção em sindicatos.
Estes resultados indicam a adesão a valores civilizatórios e avançados que há entre a população.
Eles precisam ser confirmados no pleito de 28 de outubro, com a escolha decidida do rumo brasileiro na rota da democracia, e pela derrota da ameaça antidemocrática, fascista, representada pelo candidato da extrema-direita, Jair Bolsonaro - derrotá-lo com a eleição de Fernando Haddad e Manuela d´Ávila para a presidência da República.
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