Pouco importa o que Lula vá responder à juíza e aos procuradores no interrogatório a que será submetido na tarde desta quarta-feira em Curitiba.
A sua nova condenação no caso do sítio de Atibaia já está decretada há muito tempo, bem antes de Sergio Moro se tornar ministro de Jair Bolsonaro.
A Justiça apenas cumpre mais um ritual da Operação Lava Jato, criada exatamente para tirar Lula da vida política brasileira, de preferência para sempre, como já anunciou o presidente eleito.
No dia 21 de outubro, uma semana antes do segundo turno da eleição presidencial, em transmissão ao vivo do seu bunker da Barra da Tijuca para seus seguidores reunidos na avenida Paulista, Bolsonaro decretou:
“Senhor Lula da Silva, se você estava esperando o Haddad ser presidente para assinar o decreto de indulto, vou te dizer uma coisa: você vai apodrecer na cadeia”.
A essa altura, Moro já tinha sido convidado para o ministério do novo governo e só esperou a eleição passar para pedir férias e deixar em seu lugar a substituta Gabriela Hardt, que faz parte da sua equipe.
Mais dia, menos dia, caberá à juíza apenas homologar a condenação de Lula a mais não sei quantos anos de prisão em regime fechado.
Colocando-se acima do Poder Judiciário, o presidente eleito já determinou que o ex-presidente não sairá mais vivo da cadeia.
Nos últimos dias, o Jornal Nacional caprichou na cobertura dos interrogatórios de delatores para preparar o clima da nova condenação, como foi feito no caso do triplex do Guarujá.
Tudo segue o mesmo roteiro, cronometrado cientificamente, para alcançar o resultado desejado, que já estava escrito nas estrelas.
Ainda bem que no Código Penal, se ainda estiver em vigor, não existe prisão perpétua nem pena de morte.
Mas nunca se sabe o dia de amanhã quando a nova ordem estiver instalada no poder…
Vida que segue.
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