Por Altamiro Borges
As cenas do tiroteio na Catedral Metropolitana de Campinas, no interior de São Paulo, seguem gerando angústia e indagações na sociedade. O que explicaria uma ação tão bárbara, que resultou na morte de cinco pessoas inocentes que tinham acabado de assistir a uma missa? O que teria levado o analista de sistema Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos, a disparar duas armas de fogo e depois se suicidar? Segundo o delegado José Henrique Ventura, não há registro de antecedentes criminais do rapaz de classe média, morador de um condomínio fechado na vizinha Valinhos. “Uma pessoa fora de qualquer suspeita em circunstâncias normais", afirmou estarrecido o policial.
O triste episódio ainda exigirá investigação e dará muita audiência aos programas sensacionalistas e policialescos de rádio e tevê. Ele também podia servir a uma reflexão mais séria sobre a proposta de Jair Bolsonaro de liberação do porte de armas no Brasil. Durante a campanha presidencial, com seu discurso hidrófobo de incentivo ao ódio e à violência, ele prometeu revogar o Estatuto do Desarmamento, aprovado em dezembro de 2003. Esta norma legal, alvo da fúria da indústria de armamentos e das hordas fascistoides, limitou a posse e retirou das ruas milhares de armas. Até o início de 2014, quase 650 mil armas de fogo foram entregues voluntariamente pela população – o que certamente evitou outras tragédias como a de Campinas.
Apesar da onda conservadoras no país, a proposta de liberação das armas ainda esbarra na resistência da sociedade. Pesquisa Datafolha de outubro último mostra que 55% dos brasileiros defendem a proibição da venda de armas “por representar uma ameaça à vida dos outros”. Esse índice, porém, tem recuado – talvez em decorrência do aumento da audiência dos programas policialescos da tevê. Em novembro de 2013, 68% achavam que as armas deveriam ser proibidas e só 30% queriam armas liberadas. Foi nessa onda fascistizante que Jair Bolsonaro se elegeu; e nela que ele agora tentará revogar o Estatuto do Desarmamento. A tragédia da Catedral de Campinas devia servir de alerta aos eleitores menos tapados e imbecilizados pelas mídia!
As cenas do tiroteio na Catedral Metropolitana de Campinas, no interior de São Paulo, seguem gerando angústia e indagações na sociedade. O que explicaria uma ação tão bárbara, que resultou na morte de cinco pessoas inocentes que tinham acabado de assistir a uma missa? O que teria levado o analista de sistema Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos, a disparar duas armas de fogo e depois se suicidar? Segundo o delegado José Henrique Ventura, não há registro de antecedentes criminais do rapaz de classe média, morador de um condomínio fechado na vizinha Valinhos. “Uma pessoa fora de qualquer suspeita em circunstâncias normais", afirmou estarrecido o policial.
O triste episódio ainda exigirá investigação e dará muita audiência aos programas sensacionalistas e policialescos de rádio e tevê. Ele também podia servir a uma reflexão mais séria sobre a proposta de Jair Bolsonaro de liberação do porte de armas no Brasil. Durante a campanha presidencial, com seu discurso hidrófobo de incentivo ao ódio e à violência, ele prometeu revogar o Estatuto do Desarmamento, aprovado em dezembro de 2003. Esta norma legal, alvo da fúria da indústria de armamentos e das hordas fascistoides, limitou a posse e retirou das ruas milhares de armas. Até o início de 2014, quase 650 mil armas de fogo foram entregues voluntariamente pela população – o que certamente evitou outras tragédias como a de Campinas.
Apesar da onda conservadoras no país, a proposta de liberação das armas ainda esbarra na resistência da sociedade. Pesquisa Datafolha de outubro último mostra que 55% dos brasileiros defendem a proibição da venda de armas “por representar uma ameaça à vida dos outros”. Esse índice, porém, tem recuado – talvez em decorrência do aumento da audiência dos programas policialescos da tevê. Em novembro de 2013, 68% achavam que as armas deveriam ser proibidas e só 30% queriam armas liberadas. Foi nessa onda fascistizante que Jair Bolsonaro se elegeu; e nela que ele agora tentará revogar o Estatuto do Desarmamento. A tragédia da Catedral de Campinas devia servir de alerta aos eleitores menos tapados e imbecilizados pelas mídia!
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