Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
O estrago feito pela conta milionária do amigo-assessor-caixinha Fabrício Queiroz não está custando caro apenas a Jair Bolsonaro.
Sérgio Moro também começa a colher os frutos amargos do sumiço inexplicado de Fabrício e sua “história plausível” que não pode ser contada.
Até Merval Pereira, o incondicional defensor do ex-juiz, depois de admitir que o provável no caso fosse um esquema de “caixinha” montado com contribuições de servidores – onde um parlamentar costuma “cobrar um pedágio de seus funcionários” -, passa o “pito” no “Eliot Ness” de Curitiba, invocando Catão, o Moço, o romano que ficou famoso por sua intolerância com a falta de integridade moral.
Neste caso, porém, Catão não veio ao caso. Leia Merval, o surpreso:
O futuro ministro da Justiça Sérgio Moro, que terá a seu pedido, para melhor combater a corrupção, o Coaf como órgão subordinado, não deveria dizer que, para ele, a explicação do presidente eleito está dada. Não é razoável exigir que fizesse uma crítica ao presidente ou à sua família, mas não deveria banalizar o assunto.
Se tratar assim todos os indícios de lavagem de dinheiro que aparecerem na sua frente, terá mudado de atitude diante dessas irregularidades. Logo ele, um juiz rigoroso com os mínimos indícios, e que tem demonstrado que eles, quase sempre, levam a descobertas de esquemas de corrupção graves.
Bolsonaro se elegeu, entre outras coisas, por apresentar-se como um combatente contra a corrupção. O convite a Moro para integrar seu ministério teve o sentido de reafirmar simbolicamente essa luta, e por isso foi aprovado pela opinião pública.
Não se pode ser Catão com os outros sem ser Catão consigo mesmo.
O estrago feito pela conta milionária do amigo-assessor-caixinha Fabrício Queiroz não está custando caro apenas a Jair Bolsonaro.
Sérgio Moro também começa a colher os frutos amargos do sumiço inexplicado de Fabrício e sua “história plausível” que não pode ser contada.
Até Merval Pereira, o incondicional defensor do ex-juiz, depois de admitir que o provável no caso fosse um esquema de “caixinha” montado com contribuições de servidores – onde um parlamentar costuma “cobrar um pedágio de seus funcionários” -, passa o “pito” no “Eliot Ness” de Curitiba, invocando Catão, o Moço, o romano que ficou famoso por sua intolerância com a falta de integridade moral.
Neste caso, porém, Catão não veio ao caso. Leia Merval, o surpreso:
O futuro ministro da Justiça Sérgio Moro, que terá a seu pedido, para melhor combater a corrupção, o Coaf como órgão subordinado, não deveria dizer que, para ele, a explicação do presidente eleito está dada. Não é razoável exigir que fizesse uma crítica ao presidente ou à sua família, mas não deveria banalizar o assunto.
Se tratar assim todos os indícios de lavagem de dinheiro que aparecerem na sua frente, terá mudado de atitude diante dessas irregularidades. Logo ele, um juiz rigoroso com os mínimos indícios, e que tem demonstrado que eles, quase sempre, levam a descobertas de esquemas de corrupção graves.
Bolsonaro se elegeu, entre outras coisas, por apresentar-se como um combatente contra a corrupção. O convite a Moro para integrar seu ministério teve o sentido de reafirmar simbolicamente essa luta, e por isso foi aprovado pela opinião pública.
Não se pode ser Catão com os outros sem ser Catão consigo mesmo.
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