Por Jessy Dayane, no jornal Brasil de Fato:
Quando me recordo de dezembro de 2018, penso que chegamos ao final de 2019 melhor do que imaginávamos, já que, mesmo acumulando derrotas, tivemos algumas importantes vitórias. No final do ano passado, o natal era uma zona de tensão nas famílias que se dividiram nas eleições. Na militância de esquerda, havia uma preparação para atuar num cenário de mais prisões arbitrárias, da manutenção da prisão política Lula. Seria preciso enfrentar um ano sem mobilização e com muito mais criminalização e isolamento da esquerda em relação à classe trabalhadora, diante de um governo composto por uma fração neofascista.
O fato é que tivemos um ano de muita eficiência do programa econômico neoliberal do governo, que tem unidade nas classes dominantes, a exemplo da aprovação da reforma da previdência. O aumento do tempo de contribuição e da idade mínima para a aposentadoria, assim como o fim da aposentadoria por idade, representa uma política desastrosa para a vida dos mais pobres, que além de trabalhar muito, deverão se aposentar sem o valor integral. Outro ponto dramático é o avanço das privatizações e a entrega da nossa soberania. Também tivemos o avanço da reforma trabalhista, com altos índices de desemprego e aumento brutal da informalidade.
Por outro lado, os grandes ataques às universidades públicas brasileiras geraram uma onda de oposição em reação aos cortes na educação. Essa importante mobilização representou um respiro na primeira metade do ano, pois teve a capacidade de ampliar um pouco mais o diálogo da esquerda com a sociedade brasileira, uma tarefa fundamental para um período de defensiva. Além disso, após milhares tomarem as ruas do país, o ministro da educação foi pressionado a devolver todo recurso que havia sido cortado, ao passo que as universidades rejeitaram majoritariamente ao programa “Future-se”, representando uma derrota para o governo.
Outro elemento importante a se considerar foi a veloz queda de aprovação do governo Bolsonaro. O desgaste do governo foi aumentando gradativamente diante da piora das condições de vida das classes populares somado aos escândalos políticos e desastres ambientais. Em um ano tivemos queimadas devastadoras na Amazônia, capazes de impactar o céu paulista e provocar reação negativa em todo o mundo, além do óleo no litoral nordestino. Ainda durante 2019, os escândalos que ligam a família Bolsonaro ao assassinato de Marielle e as declarações de Eduardo Bolsonaro ameaçando um novo AI-5, geraram uma reação negativa dos setores democráticos da sociedade.
Por fim, chegamos ao final de 2019 com Lula livre, que representa uma vitória para os setores populares e permite à esquerda cumprir duas importantes tarefas no próximo período: a ampliação do diálogo com o conjunto da classe trabalhadora e a unidade em torno das batalhas econômicas e políticas que virão. É tempo de descanso, de passar o natal em família, com os amigos e virar o ano com a chama da esperança acesa. Foi um ano de muito ataque, de muita resistência, mas terminamos de pé. Cabe a nós, preparar nossas forças para intensificar o trabalho de base e fortalecer a resistência em 2020.
Quando me recordo de dezembro de 2018, penso que chegamos ao final de 2019 melhor do que imaginávamos, já que, mesmo acumulando derrotas, tivemos algumas importantes vitórias. No final do ano passado, o natal era uma zona de tensão nas famílias que se dividiram nas eleições. Na militância de esquerda, havia uma preparação para atuar num cenário de mais prisões arbitrárias, da manutenção da prisão política Lula. Seria preciso enfrentar um ano sem mobilização e com muito mais criminalização e isolamento da esquerda em relação à classe trabalhadora, diante de um governo composto por uma fração neofascista.
O fato é que tivemos um ano de muita eficiência do programa econômico neoliberal do governo, que tem unidade nas classes dominantes, a exemplo da aprovação da reforma da previdência. O aumento do tempo de contribuição e da idade mínima para a aposentadoria, assim como o fim da aposentadoria por idade, representa uma política desastrosa para a vida dos mais pobres, que além de trabalhar muito, deverão se aposentar sem o valor integral. Outro ponto dramático é o avanço das privatizações e a entrega da nossa soberania. Também tivemos o avanço da reforma trabalhista, com altos índices de desemprego e aumento brutal da informalidade.
Por outro lado, os grandes ataques às universidades públicas brasileiras geraram uma onda de oposição em reação aos cortes na educação. Essa importante mobilização representou um respiro na primeira metade do ano, pois teve a capacidade de ampliar um pouco mais o diálogo da esquerda com a sociedade brasileira, uma tarefa fundamental para um período de defensiva. Além disso, após milhares tomarem as ruas do país, o ministro da educação foi pressionado a devolver todo recurso que havia sido cortado, ao passo que as universidades rejeitaram majoritariamente ao programa “Future-se”, representando uma derrota para o governo.
Outro elemento importante a se considerar foi a veloz queda de aprovação do governo Bolsonaro. O desgaste do governo foi aumentando gradativamente diante da piora das condições de vida das classes populares somado aos escândalos políticos e desastres ambientais. Em um ano tivemos queimadas devastadoras na Amazônia, capazes de impactar o céu paulista e provocar reação negativa em todo o mundo, além do óleo no litoral nordestino. Ainda durante 2019, os escândalos que ligam a família Bolsonaro ao assassinato de Marielle e as declarações de Eduardo Bolsonaro ameaçando um novo AI-5, geraram uma reação negativa dos setores democráticos da sociedade.
Por fim, chegamos ao final de 2019 com Lula livre, que representa uma vitória para os setores populares e permite à esquerda cumprir duas importantes tarefas no próximo período: a ampliação do diálogo com o conjunto da classe trabalhadora e a unidade em torno das batalhas econômicas e políticas que virão. É tempo de descanso, de passar o natal em família, com os amigos e virar o ano com a chama da esperança acesa. Foi um ano de muito ataque, de muita resistência, mas terminamos de pé. Cabe a nós, preparar nossas forças para intensificar o trabalho de base e fortalecer a resistência em 2020.
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